Tradicional mês dedicado às noivas, maio ganha um brilho especial com o casamento do Príncipe Harry com a atriz americana Meghan Markle programado para este sábado (19) no Castelo de Windsor, propriedade da Família Real nos arredores de Londres. O evento, que promete se transformar em um acontecimento global, reacende o desejo de muitas mulheres de ter uma cerimônia digna de princesa no dia do sim. Algumas ficam tão nervosas que engordam demais e correm o risco de não entrar no vestido de noiva escolhido. Mas há ainda outro transtorno que cerca os casamentos.

No filme “Noiva em fuga”, a atriz Julia Roberts interpreta Maggie, uma mulher jovem que foge do casamento na hora do altar. Embora seja uma ficção, o medo do casamento é algo real e tem até nome: gamofobia, do grego (gamo=casamento e phobos=medo). Embora haja pouca produção científica sobre a gamofobia, os sintomas são parecidos com os de outras fobias, como medo excessivo, irracional, permanente e incontrolável do casamento.

Para Denise Miranda de Figueiredo, especialista em terapia de casal e cofundadora do Instituto do Casal, é preciso saber diferenciar o medo do compromisso e o medo do casamento, porque nem sempre são a mesma coisa. “Algumas pessoas têm medo de se casar, mas podem se comprometer por longos anos com um (uma) parceiro (a), sem chegar a dividir o mesmo teto ou a ter filhos, por exemplo. A gamofobia é diferente, porque na maioria dos casos, a pessoa tem o medo especifico do casamento”, explica Denise.

“Esse medo gera sintomas físicos, como tremores, sudorese excessiva, enjoo, falta de ar, tontura, aumento da frequência cardíaca, típicos de uma crise de ansiedade. Entre os sintomas psicológicos, podemos citar o sentimento de pavor ao pensar no casamento, evitação de situações que lembrem casamento ou de pessoas que queiram falar sobre o assunto, ansiedade incontrolável, pensamentos distorcidos e negativos sobre o casamentoe sensação de perda de controle”, diz Denise.

De onde vem esse medo?

De acordo com Marina Simas de Lima, especialista em terapia de casal e cofundadora do Instituto do Casal, o medo patológico do casamento, ou como é chamado gamafobia, geralmente está ligado às experiências vividas e à construção de crenças negativas que acabam sustentando e ampliando esse medo.

“A gamofobia pode estar relacionada com o medo de perder a autonomia, a liberdade, sua individualidade, dificultando ou muitas vezes impossibilitando viver um relacionamento. Salvador Minuchin, um grande especialista em terapia de casal e família, já dizia na década de 80 que para a formação de um casal é necessário que as pessoas abram mão de partes de sua individualidade para experimentarem o pertencimento”, explica Marina.  Para as psicólogas, nem todo mundo que permanece solteiro o faz por medo do compromisso, por isso não é possível generalizar.

Para os casos que envolvem experiências traumáticas e crenças negativas, é preciso investir em psicoterapia. Hoje, há muitas linhas de terapia que conseguem atuar no sistema de crenças para reprogramá-las. Se a pessoa já tem um compromisso de longa data, mas tem medo de se casar, a terapia de casal pode contribuir para elucidar as causas do medo e ajudar o casal a fazer uma escolha. “O medo é um sentimento de proteção da vida. Por outro lado, o casamento oferece a celebração da vida e sua continuidade. Assim, o autoconhecimento e o entendimento de onde vem o medo tornam-se fundamentais para superá-lo e para viver uma vida amorosa mais equilibrada e feliz”, concluem Denise e Marina.

Como controlar o estresse e não temer a balança

A época de organização do casamento costuma ser de muita ansiedade e estresse, o que faz com que o ganho de peso seja uma queixa comum entre noivas e noivos. Apesar de parecer ser um pouco difícil, é possível manter a forma durante o planejamento do casamento. Confira algumas dicas:

1. Cuidado com as degustações: uma degustação é uma refeição extra no dia e, geralmente, é servida pelo menos dois itens de cada do menu (um para o noivo, outro para a noiva). Porém, pode ser interessante para o casal dividir um único item, pois isso evita ingerir calorias em excesso.

2. Tenha uma dieta equilibrada: a rotina corrida e o estresse da organização podem fazer com o que casal acabe optando mais por alimentos industrializados, pois eles são mais rápidos de preparar. Infelizmente, este tipo de alimento costuma ter muitas calorias, levando ao ganho de peso. Por isso, planeje-se e busque sempre optar por uma alimentação mais natural e saudável.

3. Faça exercícios físicos: são eles que irão ajudar a eliminar aquelas gordurinhas extras que estão incomodando, fazendo o casal chegar ao dia do casamento com um belo visual. Além disso, a prática regular de exercícios físicos ajuda no controle do estresse e da ansiedade, proporcionando mais qualidade de vida e boas noites de sono.

4. Tente meditar ou fazer exercícios de relaxamento: ansiedade e estresse podem realmente se tornar problemas de saúde crônicos, levando a dores de cabeça, insônia, problemas de estômago, dentre outros. Neste momento, fazer alguns exercícios de relaxamento ou meditar pode ajudar a retomar o controle da situação. Se os sintomas continuarem, pode ser preciso buscar ajuda médica.

5. Tente manter uma rotina equilibrada: a organização de um casamento pode pressionar muito o casal, principalmente se ele não começar a reservar um tempo para passar juntos sem, necessariamente, discutir sobre o evento. Buscar uma rotina equilibrada pode ser bem importante para o casal chegar ao dia do casamento mais relaxado e sintonizado.

6. Peça ajuda: o maior erro de muitos casais é achar que podem fazer tudo sozinhos. Porém, a pressão da organização do casamento pode ser muita e, nessas horas, é importante pedir ajuda, seja para uma assessoria cerimonial, seja para alguém próximo. Isso ajudará a aliviar um pouco do estresse e tornar a preparação para o evento mais divertida e leve.

Da Redação, com Assessorias

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