O dia 15 de setembro é dedicado também à musicoterapia, uma forma de reabilitação que pode ser especialmente útil para aqueles que têm dificuldade para se expressar em palavras, por isso, é bastante indicada para pessoas com distúrbios de comunicação e problemas neurológicos, sendo hoje uma das terapias integrativas e complementares praticada no Sistema Único de Saúde (SUS).

A reabilitação neurológica tem alcançado novos horizontes com a incorporação da musicoterapia como uma abordagem promissora e inovadora. Pesquisas recentes têm demonstrado que a música possui um impacto significativo na recuperação de pacientes com distúrbios neurológicos, como distúrbios de desenvolvimento infantil, autismo, acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson, dentre outras patologias e lesões cerebrais traumáticas.

Segundo Mercier L. J. e col. no artigo “Effects of music therapy on mood, pain, and satisfaction in the neurologic inpatient setting” de 2023 publicado na revista Disability and Rehabilitation, há evidências que tratamentos de reabilitação que utilizam a musicoterapia neurológica sugerem melhora no humor e na dor após uma única sessão de terapia.

Os benefícios, além da terapia de neurorreabilitação padrão, incluem melhorias na regulação emocional, controle da dor, autopercepcão, prazer e conexão social. Ou seja, a musicoterapia oferece uma via alternativa para estimular áreas do cérebro comprometidas envolvendo aspectos físicos e cognitivos, tais como: coordenação motora, a fala e a memória, aprendizagem, entre outros.

musicoterapia destaca-se pela sua capacidade única de engajar o cérebro de maneira holística. Ao utilizar estímulos musicais, como ritmo, melodia e harmonia, os musicoterapeutas podem direcionar a atividade cerebral para áreas afetadas por lesões neurológicas. Isso resulta em melhorias na mobilidade, na comunicação e na função cognitiva.

“À medida que a pesquisa continua a explorar os mecanismos subjacentes aos benefícios da musicoterapia, abre-se o caminho para um futuro promissor, no qual essa prática inovadora poderá desempenhar um papel fundamental na maximização da recuperação neurológica e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes”, explica Rita de Cássia dos Reis Moura, coordenadora da Pós-graduação em Musicoterapia da Faculdade Santa Marcelina. 

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