Durante o lançamento da campanha de 2025, no início do mês, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a segurança e a eficácia das doses utilizadas no país para o controle de doenças preveníveis pela vacinação.
Quero relembrar aos pais e mães que eles só não tiveram paralisia infantil, só não tiveram meningite, só não tiveram doenças extremamente graves porque, um dia, seu pai e sua mãe enfrentaram situações muito mais difíceis do que hoje para te vacinar – numa época em que as vacinas não estavam todos os dias nas unidades básicas de saúde e, muitas vezes, só chegavam no dia da campanha nacional daquela doença”, disse o ministro.
Segundo o Ministério da Saúde, foram disponibilizadas mais de 6,8 milhões de doses, além do repasse de R$ 150 milhões às gestões de saúde locais, para organização das ações nos territórios durante a nova Campanha Nacional de Multivacinação.
A mobilização vai até 31 de outubro, com o dia D de mobilização programado para o sábado, dia 18 de outubro, com horário especial de funcionamento dos postos de saúde de todo o país.
Todos os dias são dias de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas o 18 de outubro será uma oportunidade estratégica para mobilizarmos, juntamente com estados e municípios, as localidades com maior concentração de crianças, garantindo que todas sejam protegidas durante o Dia D”, finalizou Padilha.
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No Estado do Rio de Janeiro, mais de 1.500 salas de imunização nos 92 municípios estão com os estoques reforçados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ). Durante a campanha, todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação 2025 estarão disponíveis, incluindo imunizantes contra poliomielite e covid-19, contemplando os esquemas vacinais de crianças e adolescentes.
Serão ao menos 17 vacinas disponíveis nos postos, que abrem normalmente das 8h às 17h: BCG, Hepatite B, Penta (DTP/Hib/HB), Poliomielite inativada, Rotavírus, Pneumocócica 10 valente (conjugada), Meningocócica C (conjugada), Meningocócica ACWY (conjugada), Influenza, Covid-19, Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola), Varicela, Hepatite A, DTP, HPV, Dengue e dT (Tétano e Difteria).
Na cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio Janeiro (SMS) iniciou a campanha na manhã desta segunda-feira (06/10). O objetivo é estimular pais e responsáveis a atualizarem as cadernetas, de acordo com o calendário básico de vacinação preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.
A campanha de multivacinação é uma das ações mais importantes, pois protege as pessoas desde o nascimento e ao longo das idades mais vulneráveis a doenças graves, muitas vezes imprevisíveis, que podem ser fatais. Por isso, é fundamental que os pais estejam atentos neste mês de outubro e levem seus filhos para vacinar”, informou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Entre os imunizantes disponibilizados durante a campanha, estão as vacinas contra hepatite A, HPV, influenza, covid-19, BCG, hepatite B, pentavalente, tríplice viral, varicela, ACWY, pneumo 10, meningo C, DTP, febre amarela, rotavírus, entre outras. As vacinas estão disponíveis nas 239 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde).
São 16 vacinas do calendário nacional sendo aplicadas simultaneamente em 239 pontos diferentes de vacinação na rede. A recomendação é que todos os pais atualizem a caderneta de seus filhos, desde crianças de 6 meses até os adolescentes de 15 anos. Estimamos que 300 mil crianças na cidade do Rio de Janeiro vão precisar atualizar as vacinas nesta semana“, completou Soranz.
A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que pais e responsáveis levem a caderneta de vacinação da criança e do adolescente ou outro documento que comprove a situação vacinal, para que as equipes de saúde possam realizar a avaliação e, caso necessário, aplicar as doses que não foram administradas no período recomendado.
RJ também vacina jovens e adultos e recomenda busca ativa
Entre as prioridades da campanha no Estado do Rio, estão o resgate de não vacinados contra HPV, febre amarela e sarampo. Além das doses do grupo prioritário, os postos aplicarão vacinas contra a febre amarela em adultos que levarem as crianças para se vacinar e também de sarampo, em mais de 14 milhões de pessoas, dos 15 aos 59 anos. No caso da vacina contra o HPV, o objetivo é proteger meninos e meninas entre 15 e 19 anos que ainda não foram imunizados.
A gerente de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde, Keli Magno, disse que a campanha tem dois pontos importantes. O primeiro, é o resgate de crianças e adolescentes com o calendário em atraso. O segundo, a vacinação de adultos.
A equipe de vacinação dos postos deve ficar atenta para imunizar os menores de 15 anos, que são do grupo prioritário da campanha. Além de aplicar as doses contra o sarampo e a febre amarela em adultos. O estado do Rio de Janeiro é considerado corredor ecológico da febre amarela, em virtude de possuir áreas de mata, por isso a importância do reforço”, salientou Magno.
A Secretaria de Estado de Saúde reforçou junto aos municípios a importância de as coordenações de imunizações realizarem busca ativa e outras estratégias, como agendamento e vacinação fora das unidades, para aumentar a cobertura vacinal do estado.
A campanha é um importante evento que mobiliza toda a sociedade e os profissionais de saúde dos 92 municípios em nome da proteção e da vida, que é a vacina. Convoco os pais e os responsáveis a comparecer aos postos ao longo da campanha”, destacou a secretária de Estado de Saúde.
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O pequeno Theo, de dois anos, foi a primeira criança a ser vacinada durante a campanha no Super Centro de Vacinação, em Botafogo.
Ele tem intolerância à lactose e, por isso, nos recomendaram que viéssemos aqui para administrar a vacina. E justamente hoje é o dia da campanha de vacinação e ele foi o primeiro. Todo mês ele recebe suas vacinas religiosamente. Não deixamos faltar de jeito nenhum. As doenças estão por aí e os pais precisam estar atentos a isso. O importante é garantir que ele esteja bem. A saúde é fundamental!”, declarou Maria José, bisavó de Theo.
A psicanalista Luciana Oliveira levou seu filho Ravi, de um ano, para se vacinar contra a covid-19 na unidade e aproveitou para verificar se a caderneta de vacinação estava atualizada.
É fundamental sempre monitorar as vacinas. É muito importante para o meu filho ter essa proteção, para não ter uma piora do quadro, caso ele venha a ter alguma doença. Essa campanha de multivacinação é muito importante porque informa a população, as pessoas sabem que está ocorrendo, aí lembram de levar os filhos para se vacinar, então é imprescindível”, afirmou a mãe do Ravi.
Em caso de dúvidas, pais ou responsáveis devem procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência para informação, orientação e avaliação clínica da criança. Para encontrar a unidade de referência, basta acessar no site da SMS o link “Onde ser atendido”.
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Campanha é reforçada pelo app Meu SUS Digital
Para reforçar a campanha junto aos pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes, o Ministério da Saúde fará chamadas por meio do aplicativo Meu SUS Digital, com expectativas de alcance de 40 milhões de pessoas. A ferramenta é gratuita e está disponível para web e nas versões iOS e Android. Para acessar é necessário possuir conta Gov.br. No ambiente do aplicativo é possível acessar a Caderneta Digital de Saúde da Criança e também acompanhar a situação vacinal, com a previsão de próximas doses e atualização em tempo real.
Para o Ministério da Saúde, a campanha faz parte de um esforço nacional de recuperação vacinal com resultados já percebidos nos últimos anos. O órgão federal aponta que – de 2022 a 2024 – houve um crescimento de 17% na imunização de crianças menores de dois anos contra a pólio e expansão de 40% na vacinação da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).
Para a proteção contra o sarampo, que registra um crescimento de casos na América do Norte, região que concentra 99% dos sete mil registros das Américas, o Brasil vai reforçar a imunização contra a doença entre a população de todas as idades. As doses foram disponibilizadas para pessoas de 12 meses a 59 anos de idade.
Saiba como está a cobertura vacinal no Estado do Rio
De acordo com dados levantados pela Gerência de Imunizações, nos últimos anos, houve um aumento da cobertura vacinal no estado.
- Em 2023, os índices foram: Poliomielite (78,27%); BCG (88,82%); Tríplice Viral D1 (76,10%); Tríplice Viral D2 (60,68%); DTP R1 (64,66%); Penta (75,49%); Pneumocócica (78,66%) e Hepatite A (70,68%).
- Em 2024, os dados apresentaram esses números: Poliomielite (81,75%); BCG (92,30% ); Tríplice Viral D1 (87,24%); Tríplice Viral D2 (77,51%); DTP R1 (81,10%); Penta (80,99%); Pneumocócica (85,03 %) e Hepatite A (74,59%).
- Já em 2025, a vacinação se encontra atualmente com esses índices: Poliomielite (71,385); BCG ( 90,52%); Tríplice Viral D1 (88,12%);Tríplice Viral D2 (65,56%); DTP R1 (72,18%); Penta (72,51%); Pneumocócica (77,45%) e Hepatite A (67,62%).
Com informações da Agência Brasil, SES-RJ e SMS-Rio
