O Brasil registrou nesta quinta-feira (30) mais 1.129 mortes por Covid-19, atingindo um total de 91.263 óbitos em decorrência da doença provocada pelo novo coronavírus, informou o Ministério da Saúde. O país também registrou 57.837 novos casos de coronavírus – dentre os quais, a primeira-dama Michele Bolsonaro, de 38 anos – depois de ter atingido na véspera um novo recorde diário de infecções, com quase 70 mil casos, após a contabilização de dados atrasados de São Paulo.
A contagem desta quinta eleva o total de casos no Brasil a 2.610.102, de acordo com o ministério. Com taxa de letalidade de 3,5%, o país é o segundo mais afetado pela Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Apesar disso, em seu boletim diário desde que o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta deixou o cargo, o Ministério da Saúde prefere divulgar os números por uma visão mais “otimista” e foca somente no grupo de pacientes recuperados. Nesta quinta, eram 1.824.095, além de 694.744 pacientes em acompanhamento.
Número é superior à quantidade de casos ativos, ou seja, pessoas que estão em acompanhamento médico. Informações foram atualizadas às 18h30 desta sexta (31/7)
O Ministério da Saúde registrou nesta sexta-feira (31/7) o total de 1.844.051 pessoas curadas do coronavírus em todo o Brasil. No mundo todo, estima-se que cerca de 15,7 milhões de pessoas diagnosticadas com Covid-19 já se recuperaram. O número de pessoas curadas no Brasil é superior à quantidade de casos ativos (725.959), que são pacientes que estão em acompanhamento médico. O registro de pessoas curadas já representa mais da metade do total de casos acumulados (69,3%). As informações foram atualizadas às 18h30 e foram enviadas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
Primeira-dama contrai coronavírus e presidente diz que tem “mofo” no pulmão
A primeira-dama Michelle Bolsonaro teve exame positivo para covid-19. “Ela apresenta bom estado de saúde e seguirá todos os protocolos estabelecidos”, diz a nota da Secretaria Especial de Comunicação Social.
Michelle tem 38 anos e está sendo acompanhada pela equipe médica da Presidência. O presidente Jair Bolsonaro também já contraiu a doença. Ele anunciou o resultado positivo do teste no dia 7 de julho e permaneceu em isolamento no Palácio da Alvorada até o último sábado (25), quando informou que estava recuperado.
Também nesta quinta-feira, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, informou hoje que testou positivo para covid-19.
São Paulo é o Estado mais afetado pela Covid-19 no país, com 529.006 casos e 22.710 óbitos em função da doença. Ceará e Rio de Janeiro dividem o segundo lugar: o estado nordestino tem mais casos (171.468 infecções, 7.661 mortes), mas o Rio contabilizou mais óbitos (163.642 casos, 13.348 mortes).
O Amazonas se juntou nesta quinta ao grupo de Estados brasileiros com mais de 100 mil casos confirmados de Covid-19, no qual também já estavam Bahia, Pará, Minas Gerais, Maranhão e Distrito Federal.
O coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus paulista, João Gabbardo, disse na véspera que apesar do aumento no número de casos, as internações hospitalares por Covid-19 estão diminuindo no Estado em razão do diagnóstico precoce.
Tendência de alta na curva de novos casos
A curva de novos casos confirmados de coronavírus no Brasil reverteu a tendência de queda, e, desde a última semana, voltou a subir. Segundo autoridades do Ministério da Saúde, o aumento recente no número de casos reflete uma disparada da contagem nas regiões Sul e Centro-Oeste, que tem sido atribuída especialmente à chegada do inverno.
O ministério também vê um aumento no número de testes no país depois da orientação para que todos os pacientes procurem um médico após os primeiros sintomas. Até o momento, foram realizados cerca de 2,7 milhões de testes moleculares RT-PCR no país, considerando as redes pública e privada.
Um estudo do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, aponta que que o número de casos confirmados de covid-19 está em trajetória ascendente e a tendência é continuar assim.
Usando dados compilados a partir de estatísticas do Ministério da Saúde e baseados na média dos sete dias imediatamente anteriores, o método leva em conta a média dos sete dias anteriores, é usado para corrigir possíveis distorções na contabilização dos números.
Um levantamento realizado pela agência de notícias Reuters reforça essa tendência de alta. Quase 40 países, incluindo o Brasil, registraram recordes diários de infecções por coronavírus na semana passada, o dobro do verificado na semana anterior, segundo a Reuters.
Na última sexta-feira (24/07), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo registrou 284.196 novos casos em um único dia, um recorde. A alta foi puxada por Estados Unidos e Brasil, que responderam por quase a metade das novas infecções. A marca anterior era de 259.848 em 18 de julho.
O número de casos vem aumentando não apenas em países como Estados Unidos, Brasil e Índia, mas na Austrália, Japão, Hong Kong, Bolívia, Sudão, Etiópia, Bulgária, Bélgica, Uzbequistão e Israel, entre outros. No mundo, já são mais de 15,7 milhões de casos confirmados de covid-19 e 640 mil mortes.
Com Agências