O novo coronavirus causa infecções respiratórios em seres humanos e em animais, com sintomas clínicos similares ao de uma gripe, provocando febre, tosse e dificuldade para respirar. O número de mortes chegou a 170 e mais de 7 mil pessoas já foram infectadas. Na segunda-feira (27/01), a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a classificar como “elevado” o risco internacional de contaminação pelo novo coronavírus. De todas as mortes até o momento, a maior parte foi registrada na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro da contaminação. Ao menos 15 países em quatro continentes já confirmaram casos ‘importados’ da doença.

Ainda sem a previsão de uma medicação específica, o médico infectologista do Hapvida, Fernando Chagas, faz um alerta para evitar a contaminação pelo vírus, caso seja confirmado em território brasileiro. “O grande segredo é ensinar a população a se prevenir, para eventual chegada da doença, para que possamos reduzir ao máximo a quantidade de casos e mortes causados pelo vírus. A lavagem das mãos tem um impacto muito grande na diminuição do risco de transmissão de doenças”, destacou.

De acordo com Fernando Chagas, a transmissão se dá por vias aéreas, por meio de gotículas. “Como essas gotículas são pesadas, ao tossir ou espirrar podem atingir até um metro e meio de distância. Mesmo assim o vírus fica sobre as superfícies e pode gerar a contaminação de quem tocar nessas superfícies”, disse.

O médico alerta ainda para o fato de não se saber sobre a capacidade de contágio do coronavírus. “O sarampo, por exemplo, tem uma capacidade de contágio muito alta, mais do que o H1N1, chegando até 20 vezes superior. O que nos tranquiliza é que temos vacinas contra esse vírus. No caso do coronavírus, ainda não temos essa informação. E ainda em relação à letalidade, que é a capacidade de gerar a morte, não sabemos exatamente o seu alcance”, observou.

Sintomas

Ainda segundo a especialista, o coronavírus provoca sintomas semelhantes ao de um resfriado comum, como infecção respiratória, febre (geralmente alta), tosse seca e falta de ar (dispneia).  em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia, síndrome respiratória aguda grave ou insuficiência renal.

“O problema é que ele pode ficar incubado de dois a 14 dias e, mesmo no período de incubação, em que não apresenta sinais, continua a ser altamente transmissível”, alerta Chieppe.

Por se tratar de sintomas muitas vezes característicos de outras doenças, é levado em consideração o contato com pessoas com suspeita ou confirmação da doença em até 14 dias antes ou contato com pessoas que estiveram na China ou região de surto 14 dias antes. Esse contato é feito por proximidade, de até dois metros dentro de local fechado, ou com secreções.

O infectologista destaca também sobre o período de incubação da doença. “O primeiro período a gente chama de incubação que é longo e pode demorar até 15 dias. Nesse estágio, a pessoa pode transmitir o vírus mesmo sem saber que está com ele. Depois disso, começam alguns sintomas que parecem com uma gripe comum como tosse, espirro, coriza, dor no corpo, dor muscular, febre intensa”, afirmou o infectologista.

Tratamento

Não existe um remédio disponível para combater o coronavírus de Wuhan. O tratamento recomendado é o de suporte dos sintomas da doença. Dr. Chagas diz ainda que os médicos e cientistas já conheciam o coronavírus por ser presente em animais como morcegos e algumas aves, revelando que já tinham sido registrados algumas epidemias pequenas em 2002, inclusive no Brasil.

“Dessa vez é diferente porque é um vírus que aparece com mutação, fazendo com que o risco de letalidade seja maior. Isso preocupa por ser um vírus de transmissão respiratória e aparentemente devastador”, destaca o médico.
Embora haja uma corrida no desenvolvimento de medicamentos para combater o coronavírus, ainda não há tratamentos específicos para a doença, nem vacina. Segundo o infectologista, quando um paciente é diagnosticado, são ministrados remédios apenas para amenizar os sintomas, como analgésicos, antitérmicos e antibióticos.
É indicado internação em casos consolidados de alveolar (pneumonia) no exame de imagem, ou, ainda, sinais de alteração do estado mental e insuficiência Respiratória Aguda”, reforça o diretor médico da Amparo Saúde, Renato Walch.

Como prevenir

A prevenção ainda é a melhor maneira de combater a doença. Charlles Heldan de Moura Castro, médico responsável técnico do Cura Lab, diz que existem ações preventivas diárias simples quem ajudam a impedir a propagação de vírus respiratórios,

“Quem esteve na China nas últimas duas semanas e teve febre, tosse ou dificuldade para respirar, deve procurar um atendimento médico”, diz Dr. Charlles Heldan de Moura Castro, médico responsável técnico do Cura Lab.

De acordo com o médico, os serviços de saúde deverão passar instruções sobre como se cuidar sem expor outras pessoas à doença. Charlles diz que se estiver doente, é preciso evitar o contato com outras pessoas, não sair e adiar viagens para reduzir a possibilidade de espalhar doenças para outras pessoas.

O médico ainda afirma que não há tratamento antiviral específico para o coronavírus (2019-nCoV). “O novo 2019-nCoV parece ser capaz de se espalhar de pessoa para pessoa, embora não esteja claro com qual facilidade. No momento, o maior risco de infecção é para pessoas em Wuhan (China) ou pessoas que viajaram para a região”, diz Charlles.

Em ação, hospitais e clínicas têm passado orientações e implantado cuidados especiais. É o caso da Amparo Saúde, que produziu um material de apoio para disponibilizar para toda equipe com detalhes específicos sobre o vírus, como: ficha de identificação, período de incubação, transmissão, exames que podem ajudar a identificar e pontos importantes de atenção, além disso uma relação de cuidados que o paciente deve tomar para evitar a contaminação.

Orientações para a população:

• · Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos e utilizar álcool gel frequentemente;

. Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias;

• Usar lenço descartável para higiene nasal e/ou tosse;

• Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar;

• Evitar compartilhar objetos de uso pessoal (talher, escova de dente, copo, …);

• Evitar ambientes fechados, não ventilados – procure deixar as janelas abertas para que haja circulação do ar;

· Evitar o contato com animais selvagens ou doentes, também transmissores da doença.

Orientações para médicos:

• Oferecer Máscara Cirúrgica para TODOS os pacientes com sintomas respiratórios (comuns);

• Acomodar paciente em lugar isolado;

• Paciente com máscara cirúrgica;

• Equipe (mínima) que realiza o atendimento com Epi padrão;

• Máscara N95 para quem for realizar procedimento com o paciente;

• Notificação imediata de casos suspeitos (que obedeçam aos critérios).

 

Como fazer um gel caseiro eficaz

As notícias sobre o Coronavírus aumentam a preocupação com a propagação de doenças causadas por vírus e o melhor caminho é aumentar a imunidade e prevenir para evitar o contágio. Muitas vezes receitas simples e caseiras podem fazer a diferença para ajudar nesse combate dentro e fora de casa.

As formas de contágio ainda estão sendo estudadas, mas se sabe que a transmissão pode ocorrer entre humanos de espirros, saliva, catarro, tosse, até um aperto de mão ou o contato com objetos infectados. Por isso, o melhor é manter as mãos sempre limpas, lavando com água e sabão e evitando tocar o rosto antes disso, mas nem sempre é possível ter uma pia ao alcance. Nesse caso, o álcool gel faz as vezes e higieniza, ajudando na prevenção.

O que nem todos sabem é que dá para fazer um álcool gel caseiro, tão eficaz quando o que vem pronto e ainda escolher a essência que mais agrada, além de aliar a aromaterapia no tratamento. O professor Daniel Alan Costa, naturopata e especialista pelo Albert Einstein, dá dicas e receitas para ajudar.

“Com álcool isopropílico 90% (quanto maior a porcentagem, maior a eficiência germicida), gel puro de Aloe Vera e óleos essenciais, ingredientes encontrados em farmácias, é possível obter uma receita poderosa para usar em todos os momentos. Depois é só misturar na proporção 2/3 de xícara de álcool isopropílico para 1/3 de xícara de Aloe vera em gel puro, e por fim adicionar dez gotas do óleo essencial escolhido. Os óleos de Tea Tree, Orégano e Tomilho são muito indicados por terem propriedades antibacteriana, antimicrobial, antisséptica, antiviral”, explica o professor.

Algumas das receitinhas de vovó para prevenir as doenças da época também ganham força nos conselhos passados em família. O que nem todos sabem é que as mudanças na alimentação para ajudar a prevenir e melhorar a imunidade já são práticas da Medicina Tradicional Chinesa há séculos. Daniel conta algumas dessas receitas que vão além da vitamina C, da laranja, da acerola e da cenoura, para aumentar a imunidade.

1 – Eucalipto – tem propriedades expectorantes, antisséptica e anti-inflamatória e por isso é recomendado para ajudar nas doenças respiratórias. Pode ser usado como chá de suas folhas ou como óleo essencial, diluído em óleo vegetal, para massagens ou para inalação.

2 – Rabanete – cheio de vitaminas, fibras, proteínas e muitas outras qualidades, também tem ação expectorante, propriedades calmantes, além de auxiliar na hidratação. Pode ser usado cru na salada ou no suco, diluído em água.

3 – Alho – é um ingrediente bom também para ser usado em saladas, picado. Pode ajudar a diluir o muco dos pulmões, além de ser rico em vitaminas e muito útil para prevenir gripes e resfriados, além de fortalecer o sistema imunológico.

4 – Alface – apesar de cada tipo possuir propriedades diferentes, todos ajudam no quesito imunidade. Um chá com folhas e talos pode trazer muitos benefícios por conter nutrientes importantes para a saúde, como o ácido fólico.

5 – Cogumelo Shitake – é um item importante por ser rico em lentinana, que é um poderoso componente para aumentar a imunidade, comprovado por pesquisas na Universidade da Flórida.

“Para reduzir o risco de contaminação, não só do Coronavírus, mas de qualquer tipo de vírus, são recomendadas medidas de higiene básicas como lavar as mãos e manter os ambientes ventilados. A alimentação é importante para fortalecer o sistema imunológico e o álcool gel um ótimo recurso para levar na bolsa e utilizar ao longo do dia. Medidas simples para evitar grandes transtornos e manter a saúde”, alerta o naturopata.

Kits para detecção rápida do coronavirus

Segundo a mídia norte-americana, laboratórios dos Estados Unidos já iniciaram testes de combate ao 2019-nCoV, como é chamado o coronavírus, e uma vacina está prevista para entrar em circulação no segundo semestre.

Para colaborar com pesquisadores e laboratórios para agilizar a identificação de pacientes infectados com o novo coronavírus, a Roche acaba de lançar no Brasil kits prontos para detecção rápida do coronavírus chinês. O LightMix® Modular é uma solução molecular RUO (research use only) pronta para uso, dedicada a pesquisadores e laboratórios, que permite a rápida detecção de vírus por qPCR (reação em cadeia da polimerase em tempo real).

Compostos por reagentes específicos para a detecção do subtipo chinês, os kits LightMix® Modular da Roche trazem qualidade e confiança, dando autonomia aos laboratórios para a realização de testes moleculares. Dadas as sequências limitadas de vírus disponíveis, três ensaios são usados para detectar o coronavírus 2019-CoV (gene E,RdRp e gene N), em linha com a recomendação da Organização Mundial da Saúde.

Além dos ensaios de qPCR, a Roche possui um painel de sequenciamento de nova geração (NGS), o VirCapSeq, que permite analisar e classificar com precisão e segurança 207 vírus, entre eles adenovírus (febre hemorrágica) e coronavírus.

Com Assessorias

 

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