O fígado é responsável por cumprir importantes funções: produzir as principais proteínas do organismo, armazenar e liberar glicose e neutralizar substâncias tóxicas absorvidas pelo intestino, promovendo uma verdadeira desintoxicação. Para mantê-lo em dia é preciso ficar alerta e perceber quando algo vai mal. Entre as principais doenças que podem acometê-lo estão as hepatites virais. No calendário de campanhas nacionais de conscientização, o mês de julho visa conscientizar e reduzir o número de pacientes com essas doenças.
No Brasil, cerca de 700 mil pessoas têm hepatite C, considerada a mais perigosa, mas a maioria delas não tem diagnóstico. Esta é a maior causa de cirrose, transplantes e câncer de fígado no mundo. Outras 750 mil têm hepatite B. Cerca de 155 mil foram diagnosticados entre 1999 e 2016 e há indícios de que ainda faltam 502 mil pessoas para serem diagnosticadas. Especialistas alertam que, devido à pandemia da Covid-19, houve redução drástica da testagem de hepatites virais no Brasil comprometendo o plano de eliminação da hepatite C até 2030.
As hepatites B e C são as mais frequentes e letais no Brasil. Por ser uma doença que não apresenta muitos sintomas, o paciente com hepatite acaba descobrindo a doença já em estágio avançado. Por aparecerem, na maioria das vezes, de forma silenciosa, as hepatites virais, em especial os tipos B e C, são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
São infecções que atingem o fígado e que, quando apresentam sinais, causam cansaço, febre, enjoo, dor abdominal, entre outros. O impacto dessas infecções acarreta, aproximadamente, 1,4 milhão de mortes por ano no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. A taxa de mortalidade anual das hepatites virais pode ser comparada ao HIV e à tuberculose.
Muitas pessoas desconhecem que a doença pode desencadear disfunções que afetam uma série de outros órgãos ou tecidos. Exemplo disso é o desenvolvimento de Diabetes do tipo 2 e do Linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer que se desenvolve nos linfonodos e está associado ao crescimento desordenado de células de defesa. As hepatites virais crônicas podem levar ao aparecimento de cirrose e câncer hepático e são uma das principais causas de transplante hepático no mundo.
Ministério promete fim da espera por medicamentos
No Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais (28 de julho), o Ministério da Saúde divulga dados inéditos de hepatites virais no país, com destaque para Hepatite C, que apresentou queda na taxa de mortalidade e no número de óbitos. A pasta anunciou que o país zera fila de tratamento de hepatites virais e garante estoque até 2021.
Foram distribuídos 54.710 tratamentos para hepatite C entre 2019 e junho de 2020. Como isso, ultrapassou-se a marca de mais de 125 mil pessoas tratadas com os novos antivirais de ação direta (DAA), que curam mais de 95% dessas infecções.
Foram adquiridos 50 mil tratamentos para hepatite C em março deste ano para garantir o abastecimento da rede por, no mínimo, um ano, bem como há estoques dos medicamentos para hepatite B que devem abastecer a rede até o primeiro trimestre de 2021.
Atualmente, o Brasil é signatário da Estratégia Global para eliminação das hepatites virais como problema de saúde pública até o ano de 2030. Para isso, algumas ações vêm sendo colocadas em prática.
O modelo de aquisição, programação e distribuição dos medicamentos foi reestruturado em agosto de 2019 e agora a pasta se prepara para reestruturar o modelo de dispensação. “O resultado é o fim da espera dos medicamentos pelos pacientes”, informou, em nota.
Alerta para importância da prevenção
O Ministério da Saúde alerta para a importância da prevenção no combate às hepatites no SUS com diagnóstico oportuno por meio de testes rápidos e tratamento. Os tipos mais comuns no Brasil são as hepatites A, B e C, sendo que as duas últimas costumam se manifestar sem sinais e sintomas, até atingir maior gravidade. Atualmente, o Brasil é signatário da Estratégia Global para eliminação das hepatites virais como problema de saúde pública até o ano de 2030.
Reforçando a estratégia de prevenção da hepatite A, neste ano o Ministério da Saúde distribuiu aos estados mais de 1,9 milhão de doses da vacina. Essa doença costuma ocorrer pela ingestão de alimentos mal lavados ou por más condições de saneamento. Portanto, as recomendações são: lavar bem os alimentos antes de consumi-los e evitar ingerir água sem filtrar ou ferver antes.
Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença benigna, contudo, o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade do paciente. A vacinação para hepatite A é garantida no SUS e o esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, prevê dose única da vacina, recomendada a aplicação em crianças entre os 15 meses de idade até cinco anos incompletos.
A hepatite B, na maioria dos casos, não tem cura. A doença costuma se manifestar sem sinais e sintomas, até atingir maior gravidade. A principal medida de prevenção é a vacina, altamente eficaz e disponível para todas as pessoas no SUS desde 2015. No acumulado de cobertura da vacina hepatite B, entre 1994 e 2019, cerca de 68% das pessoas acima dos 30 anos de idade não estão vacinadas contra a hepatite B no Brasil. Em 2020, o Ministério da Saúde já enviou aos estados mais de 7,2 milhões de doses da vacina contra a hepatite B.
O Ministério da Saúde estima que mais de 400 mil pessoas convivem com a hepatite C e ainda não sabem. Para a hepatite C ainda não existe vacina, mas tanto essa quanto a hepatite B podem ser prevenidas com cuidados simples e quando há o diagnóstico o paciente pode ser tratado no SUS. As duas doenças podem ser transmitidas por meio de relação sexual desprotegida. Portanto, usar camisinha é uma medida de prevenção. Além disso, podem ser transmitidas pelo contato com sangue contaminado durante procedimentos estéticos ou de saúde sem os devidos cuidados. Recomenda-se o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e de depilar, além de materiais de manicure e pedicure.
O Brasil está entre os países que trataram o maior número de pessoas para hepatite C nos últimos anos, dispondo de medicamentos modernos, seguros e eficazes que levam à cura da infecção em poucas semanas.
Controle de surtos de hepatites e menor taxa de casos em 2019
Nos últimos 20 anos foram registrados 673.389 casos de hepatites, ocasionadas pelos vírus A (25%), B (36,8%), C (37,6%) e D (0,6%). Em relação aos óbitos, no mesmo período (2000 a 2018), foram identificados no Brasil 74.864 mortes por causas básicas e associadas às hepatites virais. Destas, 1,6% (1.189) foi associada à hepatite viral A; 21,3% (15.912) à hepatite B; 76,02% (57.023) à hepatite C e 1,0% (740) à hepatite D.
No ano de 2009, no Brasil, a taxa de incidência de hepatite A era semelhante à taxa de hepatite C – 5,7 por 100 mil habitantes. Em 2019, a taxa de hepatite A apresentou importante queda, atingindo 0,4/100 mil habitantes, a menor já registrada em toda a série histórica, com o total de 891 casos registrados.
Já a hepatite C, embora represente o maior número de óbitos, vem apresentando queda no coeficiente de mortalidade e no número de óbitos, desde 2015. Em 2014, foram registrados 2.087 óbitos relacionados a hepatite C, já em 2018 foram 1.491 mortes, restando uma queda de 25% no número de óbitos por hepatite C, neste período.
Em 2019, o maior percentual de casos notificados de hepatite B ocorreu entre as pessoas de 60 anos ou mais (14,6%). O grupo etário acima de 60 anos ou mais foi o único que apresentou aumento nas taxas de detecção nos últimos dez anos com taxa passando de 6,1 casos para 7,3 a cada 100 mil habitantes. Em 2018 e 2019, a maior taxa de detecção da hepatite B foi observada em homens na faixa etária dos 50-54 anos, sendo de 16 casos por 100 mil habitantes em 2018 e 14,6 casos por 100 mil habitantes em 2019.
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Acesso a medicamentos
Pacientes em tratamento de hepatites virais terão acesso mais ágil aos medicamentos. Antes o processo para solicitação e retirada podia durar até 11 meses, em alguns lugares. O Ministério da Saúde, em alinhamento com estados e municípios, conseguiu reduzir este processo para no máximo um mês, a partir de uma reorganização na estrutura da assistência farmacêutica em que o paciente pode pegar o medicamento nos postos de saúde. Também abriu a possibilidade de tratar casos sem cirrose da hepatite C já na Atenção Primária. Os efeitos poderão ser observados a partir dos próximos meses, com o início das estruturações locais na rede.
O Ministério da Saúde também garantiu a testagem da população com o envio de 12,9 milhões de testes para hepatite C entre o ano passado e maio de 2020. Para o diagnóstico da hepatite B na rede pública, a pasta enviou outros 12,9 milhões de testes no mesmo período. Além disso, neste ano, a pasta já enviou aos estados mais de 6,6 milhões de doses da vacina contra a hepatite B e para prevenir a hepatite A distribuiu mais de 1,7 milhão de doses da vacina.
Para o secretário Arnaldo Correia, a pandemia tem afastado a população dos postos de saúde e ressaltou a importância de procurar uma unidade para a vacinação. “É fundamental manter a carteira de vacinação atualizada porque dessa forma conseguimos prevenir doenças e salvar vidas. As pessoas ficaram com medo, até mesmo no caso de verificar sintomas. Muitas vezes elas se sentem mal, mas ficam em casa. Ao sentir algum sintoma como alteração na cor da pele, distúrbios gastrointestinais, é necessário procurar um médico”, alertou.
Outra ação de destaque é a indicação de testagem universal da hepatite C para gestantes na revisão do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Transmissão Vertical da hepatite C, que está em análise na Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Esse tipo de transmissão pode ser eliminado com diagnóstico de todas as mulheres com a doença para o estabelecimento das medidas de prevenção adequadas.
Em junho deste ano, o Ministério da Saúde também enviou para toda a rede SUS recebeu documento contendo as orientações de fluxos a serem adotados pelas clínicas de diálise para microeliminação da hepatite C: triagem, diagnóstico, tratamento e monitoramento de pacientes submetidos à diálise. O documento foi discutido com a Sociedade Brasileira de Nefrologia e Hepatologia, parceira para a implementação da estratégia. O objetivo é reforçar as orientações aos profissionais de saúde para cuidados e prevenção da hepatite C nos serviços de diálise.
Também foi realizada atualização e divulgação da cartilha ABCDE de Hepatites virais por meio virtual – Distribuição virtual para todas as coordenações estaduais de Hepatites virais. Voltada aos Agentes Comunitários de Saúde, a cartilha faz parte das ações para qualificação de profissionais da APS sobre as hepatites virais.
Tipos de hepatite
A hepatite A é considerada uma infecção cuja contaminação ocorre, predominantemente, pela ingestão de alimentos mal lavados ou por más condições de saneamento. Esse tipo da doença tem potencial de causar surtos em espaços como escolas e creches, assim como em situações de emergência, como enchentes. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença benigna, contudo, o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade do paciente.
Já as infecções causadas pelos vírus do tipo B ou C frequentemente se tornam crônicas. Por muitas vezes não apresentar sintomas, o paciente acaba descobrindo a doença já em estágio avançado. Apesar de serem consideradas doenças sexualmente transmissíveis, as hepatites B e C também podem ser transmitidas pelo contato com sangue contaminado, que pode ocorrer durante procedimentos estéticos ou de saúde sem os devidos cuidados.
As formas de transmissão vão desde o compartilhamento de objetos perfurocortantes, como alicates de unha e agulhas, até procedimentos de hemodiálise e transfusão sanguínea. Por isso, a importância da adoção dos fluxos de triagem, parâmetros clínicos e laboratoriais para cuidados e prevenção da doença nestes serviços.
Por exemplo, homens ou mulheres de 40 anos ou mais, pessoas que compartilham objetos de manicure, lâminas de barbear e ainda aqueles que não usaram preservativos nas relações sexuais podem ter hepatite B ou C e não saber. Por isso, na dúvida, é fundamental realizar o teste rápido, que é disponibilizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado sai na hora.
A hepatite B também pode ser transmitida durante a gestação ou o parto. Porém, há formas de evitar essa transmissão. O SUS disponibiliza medicamentos que diminuem em mais 95% as possibilidades de transmissão do vírus para o bebê.
As principais hepatites são os tipos A, transmitidas por alimentos mal lavados, água ou fezes de pessoas infectadas; B e C, que são mais graves e transmitidas por transfusão de sangue ou compartilhamento de materiais cortantes infectados (ex: uso de drogas injetáveis) ou contato sexual, e D (delta) com transmissão semelhante às anteriores, mas que afeta apenas as pessoas que já têm hepatite B. Estas últimas também podem ser transmitidas de mãe para filho na gestação, parto ou amamentação.
A hepatite A tem curso agudo e geralmente é benigna nas crianças, podendo ser grave nos adultos. Recentemente, observamos um aumento no número de casos de hepatite A em homens que fazem sexo com homens. As hepatites B, C e D podem evoluir para a forma crônica e cursar de forma assintomática por muitos anos. Quando aparecem os sintomas, provavelmente já estão em forma avançada, por isso a necessidade do diagnóstico precoce”, afirma Hésio Vicente Juliano, cirurgião geral do Hospital Igesp e doutor em Ciências Médicas pela FMUSP – SP.
Sintomas e diagnóstico
A hepatite na forma aguda pode se manifestar com dor abdominal, náuseas e vômitos, olhos amarelados e urina escura. As enzimas hepáticas (TGO e TGP avaliadas por testes laboratoriais) encontram-se bastante aumentadas. Já as hepatites crônicas, em seus estágios avançados, cursam com cirrose e outros sinais de insuficiência hepática, como ascite e encefalopatia.
O diagnóstico das hepatites virais é feito por exames de sangue laboratoriais e, às vezes, são necessários exames de imagem adicionais para avaliar o estágio da doença. A prevenção das hepatites A e B já pode ser feita através de vacinação e a hepatite C já pode ser tratada com medicamentos orais de alta eficácia disponíveis no SUS.
Prevenção
Por aparecerem, na maioria das vezes, de forma silenciosa, as hepatites virais, em especial os tipos B e C, são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. São infecções que atingem o fígado e que, quando apresentam sinais, causam cansaço, febre, enjoo, dor abdominal, entre outros.
Os cuidados são importantes para prevenção, como não compartilhar objetos de higiene pessoal, usar preservativos nas relações sexuais, ter cuidados ao fazer procedimentos como piercings, tatuagens e uso de objetos cortantes em salões de beleza, sempre verificando se estão bem esterilizados.
As hepatites se caracterizam pela inflamação do fígado, que pode ser aguda ou crônica, sendo as mais comuns as hepatites provocadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do País) e o vírus da hepatite E, que é pouco presente no Brasil, sendo encontrado principalmente na África e na Ásia.
Do ponto de vista clínico, as hepatites podem ser assintomáticas e passar despercebidas ou apresentar sintomas gerais, como mal-estar, náuseas, cansaço físico e perda de apetite. Nos quadros mais clássicos ocorre fezes esbranquiçadas, urina escurecida e coloração amarelada (icterícia) da pele e dos olhos.
A recomendação é agir de forma preventiva, conhecendo as formas de transmissão dessas doenças e por meio da aplicação de vacinas que estão disponíveis para as hepatites A e B”, destaca Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury.
Como pega?
O vírus A é contraído pela ingestão de água e alimentos contaminados ou transmitido de uma pessoa infectada para outra, em decorrência da falta de cuidados básicos de higiene, uma vez que o vírus é excretado pelas fezes.
Já os vírus B e C são adquiridos pelo contato com secreções e sangue de indivíduos contaminados, como no caso de compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis, objetos de manicure ou transfusão de sangue contaminado. No caso da hepatite B, a principal forma de contaminação é pelo contato sexual, sendo ela considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
O médico explica que a hepatite A não provoca infecção crônica e que a doença se resolve em poucas semanas. Com as hepatites B e C a história é diferente: há a possibilidade da doença se tornar crônica, ou seja, a pessoa pode permanecer com o fígado continuamente inflamado, demandando tratamento medicamentoso para evitar a evolução para cirrose ou câncer hepático.
Como prevenir?
É importante adotar condutas responsáveis no dia a dia. No caso da hepatite A, a melhor maneira de evitar a doença é melhorando as condições de higiene e saneamento básico. Já nas hepatites B e C é recomendável evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como escova de dentes, utensílios de manicure e barbeadores de forma geral. Outras boas práticas são: se for fazer tatuagens e piercings, escolher lugares que utilizam materiais descartáveis e sejam bem recomendados no quesito higiene e, por fim, utilizar sempre camisinha durante as relações sexuais.
A vacina contra hepatite A faz parte do calendário infantil, com uma dose aos 15 meses de idade. A vacina contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinação da criança, do adolescente e do adulto e está disponível pelo SUS. Além disso, todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida.
Como saber se tenho hepatite?
O diagnóstico é feito a partir da realização de exames laboratoriais específicos para pesquisar no sangue a presença de marcadores (antígenos e anticorpos) contra os diferentes vírus que causam a inflamação no fígado. Nas infecções crônicas, devem ser realizados exames para a quantificação do vírus.
Como as infecções pelos vírus B e C podem ser silenciosas, é recomendado que todas as pessoas realizem testes para descobrir se são portadoras ou não, prevenindo assim a evolução e a disseminação da doença.
“Somente um especialista pode indicar o tratamento adequado para cada paciente. Mas, em linhas gerais, a hepatite A se resolve espontaneamente em algumas semanas, sem a necessidade de qualquer medicamento. Já as hepatites B e C, quando se tornam crônicas, necessitam de tratamentos específicos com medicamentos antivirais”, explica o Dr. Granato.
Live #NãoAmarele marca data
O Dia Mundial das Hepatites Virais (28 de julho) é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), que instituiu em 2010 a data como forma de incentivar uma série de metas e ações integradas de prevenção e controle para a diminuição no índice dessas doenças no Brasil.
Como parte das ações do Julho Amarelo, mês de combate às infecções por hepatites virais, acontece no dia 28 de julho, em comemoração ao Dia Mundial de Luta, a live #NaoAmarele, comandada pela jornalista Mariana Ferrão e o apresentador Ronnie Von, ao som de um dos principais nomes da música popular brasileira, Nando Reis.
O show, que será transmitido às 20 horas no canal do Youtube Hepatite C Fala com Você, tem como objetivo chamar a atenção para a importância da testagem das Hepatites B e C, doenças silenciosas que podem evoluir para cirrose e câncer de fígado, quando não diagnosticadas a tempo.
O Ministério da Saúde também tem realizado conferências virtuais webinares sobre o assunto. No dia 30 de julho, às 10h, o tema será “Atuação da enfermagem no contexto da eliminação das hepatites virais”. O encontro virtual vai destacar o protagonismo da enfermagem para a descentralização do cuidado e alcance das metas necessárias a eliminação das HV, como problema de saúde pública, até 2030.
Canal para tirar dúvidas sobre as hepatites
E para marcar essa data a SBH e o Ibrafig trazem uma novidade: um canal de comunicação em todo o Brasil para a população tirar suas dúvidas sobre as Hepatites Virais, principalmente a C, pelo 0800 882 8222 e também pelo whatsapp.
A iniciativa é da biofarmacêutica Gilead Sciences, que tem as hepatites como uma de suas principais áreas terapêuticas de pesquisa e desenvolvimento, em parceria com o Grupo de Apoio aos Portadores de Hepatite C da Baixada Santista (Grupo Esperança), o Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite e o Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), que faz parte da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Para saber mais sobre as Hepatites, acesse o portal ‘Hepatite C Fala com Você’ (www.hepatitecfalacomvoce.com.br), com explicações médicas e científicas sobre a doença, diagnóstico, tratamentos e doenças relacionadas.
As distribuições de medicamentos no SUS, bem como o número de pacientes efetivamente tratados para as hepatites B e C podem ser acompanhados por meio do Painel Informativo sobre tratamento das hepatites virais, lançado este ano e que confere maior transparência às informações.
PARA SABER MAIS SOBRE HEPATITES VIRAIS CONSULTE: SAÚDE DE A A Z
Com Assessorias