Em meio século, os idosos vão representar mais de um terço (36%) dos habitantes do Rio de Janeiro, contra os atuais 16%. A projeção de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a cidade terá 2 milhões de pessoas com mais de 60 anos em 2065 – atualmente são 1,1 milhão. O número de nonagenários deverá chegar a 145 mil.
Apontado pelo IBGE em 2011 como o bairro mais longevo do país, Copacabana apresenta o maior percentual da população com mais de 60 anos (33%) em relação ao total da região onde está localizado.  Em 2065, dois terços dos habitantes do bairro terão 60+, enquanto apenas 4,1% serão crianças e adolescentes.
Não é à toa que o recém-criado Movimento Longevidade Brasil escolheu Copacabana para comemorar o Dia Internacional do Idoso (1 de outubro). O bairro é o ponto de partida do projeto “Rio de todas as idades” A ação prevê atividades funcionais para a saúde do corpo e da mente, realizadas por equipes multissetoriais, para promover a socialização dos idosos com melhoria da qualidade de vida e integração de gerações.
longevidade
Entre as atividades previstas estão alongamento e caminhada; oficinas de massoterapia, psicomotricidade, yoga, pilates, musicoterapia; dança senior, dança circular, hip-hop, zumba, além de apresentações do projeto MusicalIdade (banda, animação e pernaltas), MisturIdade (percussão) e Ballet Intergeracional da Casa de Santana, projeto social Flor Generosa e do Grupo do Abraço. Haverá ainda oficinas do cérebro do método Supera.
Durante as atividades, serão transmitidas ainda informações sobre prevenção em saúde, medição de audição, pressão e controle de glicemia. O evento acontece das 9 às 14h na orla de Copacabana, da Rua Siqueira Campos ao Posto 5.

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Rio de todas as idades 
A ação deste domingo dá continuidade ao Movimento Longevidade Brasil, lançado em abril de 2017 na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), com o propósito de ampliar a visibilidade de iniciativas para a melhoria da qualidade de vida da população acima de 50 anos e sua integração social. A proposta é impulsionar a ‘Revolução da Longevidade’ em curso no país, com projetos de envelhecimento saudável, realizando um grande evento a cada semestre.
As ações integram uma série que pretende debater e apresentar soluções para a melhoria da qualidade de vida da população com mais de 50 anos, e de seus familiares. Os eventos devem se desdobrar em discussões de políticas públicas e iniciativas que possam ser desenvolvidas por entes públicos e privados, comprometidos com as novas demandas da sociedade na área da longevidade”, explica Carlota Esteves, que fundou e coordena o movimento.
De acordo com ela, os temas dos eventos serão sempre voltados à longevidade sob seus diferentes aspectos, com a participação de profissionais das mais diversas áreas do conhecimento, dispostos a colaborar e enriquecer o debate.
O Movimento Longevidade Brasil conta com a parceria de diversas entidades da sociedade civil, para articular iniciativas relacionadas ao envelhecimento ativo.  Entre os parceiros estão o Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC), a PUC-RIO 50+, o Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Instituto Longevidade Mongeral/Aegon, o Fórum de Desenvolvimento do Rio de Janeiro e os sites Curso da Vida e Mundo Prateado.
Com o tema Longevidade e Previdência Social, o seminário de lançamento do movimento, em abril, contou com a presença de especialistas, pesquisadores, agentes públicos, empresas e prestadores de serviços. Mais informações pelo email longevidadebrasil@gmail.com e no facebook @movimentolongevidadebrasil

Méier possui o maior número de idosos da cidade

As estimativas sobre número de idosos do Rio fazem parte de um estudo sobre a evolução das faixas etárias da população carioca que integra o Programa Visão Rio 500 — lançado pela Prefeitura do Rio em 2016 para discutir e elaborar estratégias de políticas públicas para a cidade nos próximos 50 anos.
Os pesquisadores constataram ainda que o bairro do Méier possui o maior número de idosos da cidade (85,3 por mil habitantes), seguido de Jacarepaguá (84), Campo Grande (72,1), Botafogo (66,7) e Madureira (64).
Na Zona Oeste, em Jacarepaguá, é onde vivem o maior número crianças e adolescentes — 105,2 por mil habitantes — e a Rocinha o maior percentual (26%) da população de jovens em relação a região onde está localizado, seguido de perto pela Maré (25%) e Complexo do Alemão (24%).
Fonte: Prefeitura e Movimento Longevidade Brasil, com Redação
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