Considerados os heróis da vida real durante a pandemia, os profissionais de saúde celebram a Semana da Enfermagem, iniciada em 12 de maio, Dia Internacional da Enfermagem. As atividades terminam neste sábado (20/5), Dia dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem. Essa data homenageia Ana Néri, pioneira da enfermagem no país, e será um dia especial para a jovem Mônica Rangel.
Quando ingressou no curso de Enfermagem no Senac do Rio de Janeiro, Mônica esperava realizar a vocação de trabalhar na área da saúde. Mas com formatura prevista para junho de 2020, não imaginava que iria estagiar em meio à deflagração da pandemia de Covid-19, onde a demanda por profissionais de saúde cresceu de modo exponencial.
“Comecei a estagiar quando a pandemia foi deflagrada. Foi um momento duro, pois ninguém sabia do que se tratava. Em alguns dias, cheguei a fazer mais de 200 exames PCR”, conta a técnica de enfermagem. Apesar dos enormes desafios, ela diz que “a oportunidade de ajudar as pessoas e participar de seu processo de cura é muito gratificante”.
Segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), até fevereiro de 2023, o Brasil tinha 690.917 enfermeiros cadastrados nos Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren). Desses, 169.536 estão no Estado em São Paulo.
E foi nesse momento crítico para todo o país que a técnica de enfermagem conheceu a Cooptec, a principal cooperativa de enfermagem do Rio de Janeiro. O universo do cooperativismo foi um outro horizonte que se abriu ao ingressar na cooperativa. Além de conseguir seu primeiro emprego, recebeu apoio técnico e psicológico para enfrentar uma extenuante rotina de trabalho.
Menos plantões para ter um salário minimamente digno
Em meio à luta pela implementação do piso salarial (R＄ 4.750 para enfermeiros; R＄ 3.325 para técnicos de enfermagem; R＄ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras), a vida de muitos desses profissionais tem sido impactada pelo cooperativismo. Para Mônica, o fato de esses profissionais estarem reunidos em forma de cooperativa faz diferença no que diz respeito à remuneração, as condições de trabalho e, até mesmo, a qualidade de vida.
Presidente da Cooptec, Renata Carneiro revela que a cooperativa consegue pagar um pouco mais do que a média do mercado e fornecer cesta básica para seus membros, os profissionais não precisam acumular tantos plantões para obter uma renda razoável.
“Hoje, para conseguir o valor proposto pelo piso salarial, muitos profissionais precisam acumular até três empregos. Desse modo, muitos emendam plantões e chegam a ficar até uma semana sem ver a sua família”, explicou Renata Carneiro.
A cooperativa reúne pessoal de todas as categorias de enfermagem e também cuidadores de pessoas. Com uma base permanente de pessoal e outra temporária ou contratual, a entidade conta hoje, com 153 cooperados que, em conjunto, são responsáveis por milhares de atendimentos mensais.
A Cooptec fornece profissionais para hospitais, clínicas, laboratórios, empresas de home-care, farmácias, cobertura de eventos, lares de idosos e atendimentos domiciliares. Seus cooperados são responsáveis, a cada mês, por uma média de 60 atendimentos domiciliares, 1.750 atendimentos hospitalares e quase 10 mil atendimentos laboratoriais.
Medidas de segurança durante a pandemia
No auge da pandemia, profissionais alocados nos laboratórios chegaram a realizar 200 atendimentos diários, em função da alta demanda. Contudo, a cooperativa forneceu aos seus profissionais equipamentos de proteção individual (EPIs) e realizou testes regulares, o que fez toda a diferença e garantiu a segurança nos momentos mais críticos da pandemia.
Outro diferencial da Cooptec é a capacitação permanente que oferece aos seus integrantes, que englobam profissionais de todas as categorias da enfermagem. “Já fiz vários cursos de capacitação e hoje atuo como secretária da cooperativa e participo das assembleias. No modelo cooperativista, participamos das decisões e isso faz uma diferença enorme no engajamento das equipes”, acrescentou Mônica Rangel.
A presidente da cooperativa diz que a entidade mantém uma política de aprendizado constante e aprimoramento do atendimento, que se estende até mesmo na orientação das famílias, no caso dos cuidadores de idosos. “Nós estamos sempre numa constante troca e nossos membros se sentem amparados. Seja no que diz respeito às questões da área de saúde, seja no âmbito do cooperativismo”, ressalta.
Semana da Enfermagem
Os profissionais da enfermagem, cujas contribuições são primordiais na área da saúde, são celebrados mundialmente no dia 12 de maio. A data é uma homenagem à inglesa Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna, que nasceu em 12 de maio de 1820 e morreu em 1910. Conhecida por seu trabalho pioneiro durante a Guerra da Crimeia, contribuiu para a melhoria das condições sanitárias nos hospitais militares britânicos.
No Brasil, o mês de maio também marca a celebração da Semana da Enfermagem. Em constante expansão, a profissão atrai cada vez mais profissionais, entre eles enfermeiros, técnicos e auxiliares. A carreira tem como escopo a assistência ao ser humano, em todos os ambientes, públicos ou privados, de modo deliberado e sistemático.
Sobre o Sescoop/RJ
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Rio de Janeiro (Sescoop/RJ) tem a finalidade de promover a autogestão e difundir a cultura cooperativista. Criado em 1999, a entidade integra o Sistema S brasileiro e compõe o Sistema OCB/RJ com o Sindicato e a Organização das Cooperativas do Estado do Rio de Janeiro (OCB/RJ).
O Sescoop/RJ acompanha de perto as cooperativas fluminenses, oferecendo soluções para a sustentabilidade do negócio, bem como formação profissional, promoção social e serviços aos cooperados e colaboradores. Mais informações no Link.
Com Assessorias
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