Poluição, estresse, mais consumo de alimentos industrializados são apenas alguns dos fatores que podem contribuir para o crescimento das alergias, que aumentam a cada ano em todo o mundo, por conta das mudanças climáticas, e costumam se agravar com a chegada do inverno.

No dia 8 de julho é considerado o Dia Mundial da Alergia, um conjunto de doenças que atinge cerca 30% da população brasileira, sendo 20% das crianças, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A data tem como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e do tratamento de alergias.

Conheça as alergias mais comuns

Asma

Entre 10% e 25% da população brasileira têm asma, doença responsável por 2.000 óbitos por ano, o que significa que três pessoas morrem por dia com a doença. Nos últimos 20 anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) apresentou 75% de redução em internações por asma – eram 400 mil e hoje são menos de 100 mil pessoas internadas por ano devido a doença. Os avanços no tratamento e a conscientização dos pacientes em seguir as orientações dos especialistas são indicados como os principais fatores para essa redução. O SUS atende cerca de 80% da população brasileira.

Alergia alimentar em crianças

No Brasil não há estatísticas oficiais, porém, a prevalência parece se assemelhar com a literatura internacional, que mostra cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar.

Alergia a medicamentos

Não há dados concretos no Brasil. Nos Estados Unidos entre 8% e 10% da população se refere alérgica à penicilina e, quando investigada completamente, nem 10% deles verdadeiramente são alérgicos (falso rótulo!). Acredita-se que a classe mais envolvida seja a de analgésicos e anti-inflamatórios, estimada em 0,5% a 1,0% da população adulta.

Dermatite Atópica (DA)

A dermatite atópica afeta até 20% das crianças e cerca de 3% dos adultos.  60% dos casos de DA ocorrem no primeiro ano de vida. A DA assume forma leve em 80% das crianças acometidas e em 70% dos casos há melhora gradual até o final da infância. Levantamentos apontam que metade das pessoas com dermatite atópica das formas mais severas sofre com ansiedade ou depressão. 55% apresentam problemas para dormir, muitos por causa da coceira.

Rinite Alérgica

Segundo a Organização Mundial de Alergia (WAO), cerca de 30% a 40% da população mundial sofrem dessa condição. Muitos não sabem, mas o Brasil está entre os países que apresentam as maiores taxas de prevalência de rinite alérgica no mundo. De acordo com dados do International Study of Asthma and Allergies (ISSAAC), a rinite compromete cerca de 26% das crianças e 30% dos adolescentes brasileiros.

Como evitar os ‘gatilhos’ das alergias

A médica pediatra Gabriela Marques destaca que evitar o contato com os gatilhos que desencadeiam as crises alérgicas é a melhor forma de prevenir as reações. As pessoas que têm alergia aos ácaros, por exemplo, devem evitar locais fechados e empoeirados e trocar as roupas de cama com maior frequência. Quem tem rinite alérgica não deve permanecer no mesmo ambiente quando há pessoas fumando. No caso de pessoas com reação alérgica grave já conhecida, vale colocar a informação no documento de identidade, caso tenha uma reação grave e não consiga se comunicar.

Uma das alergias mais comuns entre os brasileiros é a alergia na pele, que na maioria das vezes, é causada pelo uso de produtos cheios de agentes químicos nocivos, tanto de limpeza, como de cosméticos. Por serem usados de forma recorrente, as substâncias presentes em grande parte dos produtos disponíveis podem causar irritação, coceira, vermelhidão e descamação.

A pediatra explica que as peles mais sensíveis, como a dos bebês, estão mais sujeitas a penetração de substâncias irritantes, que podem ocasionar alergias e infecções. “Os ingredientes naturais têm menor risco de conter substâncias irritativas sendo mais indicados para peles sensíveis. É recomendado dar preferência para esses produtos tanto na lavagem das roupas, como na limpeza geral da casa e até na limpeza e higiene pessoal”, explica.

A médica indica que o ideal para evitar alergias é checar se os produtos são livres de corantes, fragrâncias artificiais e substâncias irritativas como álcool, compostos fenólicos e LSS (lauril sulfato de sódio). Já sobre a limpeza do chão e superfícies, principalmente para famílias que possuem bebês e pets que passam mais tempo em contato com o chão, é preciso se atentar à limpeza. “Como os bebês colocam as mãozinhas em contato direto com as superfícies e depois levam à boca é preciso cuidado redobrado. A melhor opção é evitar os produtos com fenóis, comum em desinfetantes, já que esses podem ser tóxicos”.

Produtos ecológicos prometem proteção para alergias

Além de não poluir o meio ambiente, produtos de limpeza com bases de ingredientes vegetais ajudam a evitar alergias nas crianças e nos adultos. A Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e da natureza, percebe essa demanda e busca dos alérgicos por produtos mais naturais. Hoje, 22% dos consumidores da Positiv.a compram os produtos ecológicos por terem algum tipo de alergia. Destes, 71% possuem alergia de pele (eczema ou urticária), 74%, alergia respiratória e 36%, alergia alimentar.

A natureza está cheia de poderosos ativos que limpam a casa e deixam a família em segurança. A casca da laranja, por exemplo, contém potentes ativos para limpeza – os terpenos, que também têm um cheirinho delicioso e natural, ainda neutralizam odores”, diz Marcella Zambardino, co-CEO da Positiv.a e especialista no desenvolvimento de produtos ecológicos.

Com Assessorias

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