A alimentação contribui muito para uma pele mais resistente aos efeitos do sol e pode auxiliar na prevenção do câncer de pele quando associada a hábitos de exposição segura. Antes de pegar sol e em caso de dúvida sobre problemas / manchas na pele é recomendável procurar um dermatologista”, afirma Anete Mecena.
Atenção redobrada com o aquecimento global

Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de tratamento curativo”, completa a médica. A prevenção e a atenção aos sinais da pele são fundamentais para preservar a saúde e a qualidade de vida.
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Mitos ainda atrasam o diagnóstico do câncer de pele
Apesar da alta incidência, a doença ainda é cercada por desinformação, o que dificulta a prevenção e faz com que muitos casos sejam diagnosticados em fases mais avançadas. Entre os mitos mais comuns está a ideia de que pessoas pretas e pardas não desenvolvem câncer de pele. De acordo com a oncologista Nadia Yumi Hatamoto, médica do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), isso não corresponde à realidade.
Embora tenham menor risco, pessoas pretas e pardas também podem apresentar a doença, incluindo o melanoma acral, que surge em regiões como palmas das mãos, plantas dos pés e unhas“, explica.
Outro equívoco frequente é associar o risco apenas à praia ou ao verão. Na prática, a maior parte da exposição solar acontece no dia a dia, em deslocamentos curtos, atividades profissionais e tarefas rotineiras ao ar livre.
Também não é verdade que o protetor solar aplicado apenas uma vez ao dia seja suficiente ou que apenas lesões dolorosas indiquem perigo. De acordo com a especialista, a maioria dos melanomas não dói e seu principal sinal de alerta é a mudança visual.
Conheça os principais grupos de risco
- Alguns grupos populacionais exigem atenção redobrada. Pessoas de pele clara, olhos claros e cabelos claros possuem menos melanina, que funciona como uma proteção natural contra a radiação ultravioleta.
- Trabalhadores que passam longos períodos sob o sol, como agricultores, pescadores, pedreiros, entregadores e profissionais do trânsito, acumulam exposição intensa ao longo da vida.
- Também fazem parte do grupo de maior risco pessoas com muitas pintas, histórico pessoal ou familiar de câncer de pele, indivíduos imunossuprimidos e aqueles que já utilizaram câmaras de bronzeamento artificial.
É preciso estar atento aos sinais
De acordo com a oncologista, existem diferentes tipos de câncer de pele, com comportamentos distintos. O carcinoma basocelular é o mais comum e geralmente cresce lentamente. O carcinoma espinocelular é mais agressivo e pode se espalhar, sobretudo em pessoas imunossuprimidas. Já o melanoma, embora menos frequente, é o mais letal devido à sua rápida capacidade de crescimento e disseminação.
O reconhecimento precoce das lesões é determinante para o sucesso do tratamento. No caso do melanoma, especialistas utilizam a regra do ABCDE, que avalia assimetria, bordas irregulares, cores variadas, diâmetro acima de 6 milímetros e evolução da lesão. Já outros tipos de câncer de pele apresentam sinais distintos, como feridas que não cicatrizam, lesões peroladas ou áreas ásperas com crostas persistentes.
Toda lesão nova, que muda ou que não cicatriza merece avaliação dermatológica”, alerta Dra. Nadia.
O impacto do diagnóstico precoce é direto no prognóstico. Lesões iniciais costumam ter altas taxas de cura e tratamentos menos invasivos. Em contrapartida, tumores avançados, especialmente o melanoma, apresentam maior risco de metástase e podem exigir terapias mais complexas.
Diferentes formas de tratamento
O tratamento depende do tipo e do estágio da doença. A cirurgia é a abordagem mais utilizada, podendo variar de uma excisão simples à cirurgia micrográfica de Mohs, indicada principalmente para áreas delicadas do rosto.
Em alguns casos, também são empregados tratamentos não cirúrgicos, como crioterapia, terapia fotodinâmica e medicamentos tópicos. Nos estágios avançados, a imunoterapia e as terapias-alvo têm transformado o cenário do melanoma, ampliando significativamente a sobrevida dos pacientes.
Com Assessorias






