O mês de setembro é conhecido pela campanha de conscientização sobre o câncer infantojuvenil, batizado de ‘Setembro Dourado’. O período procura jogar luz sobre a importância do diagnóstico precoce para aumento das chances de cura da doença por meio de conteúdo informativo e atenção para o período atual de isolamento social devido ao novo coronavírus.
Para isso, a campanha conta com ações educativas nas redes sociais e palestras para os profissionais da área. Essas ações também visam reivindicar os devidos investimentos na assistência a esses pacientes que “valem ouro”, por isso o dourado foi a cor selecionada.
O cenário da pandemia desperta cautela natural em pais de crianças sobre o momento ideal de visita ou retorno ao médico, no entanto, o comportamento compromete as chances de sobrevivência desses pacientes. Para a oncologista Monica Cypriano, diretora clínica do Hospital do GRAACC, o tratamento é urgente e não pode aguardar o fim da pandemia.
O abandono ou atraso das sessões durante o período da pandemia pode resultar em piora na sobrevida e no prognóstico do paciente, e qualquer mudança durante este período deve ser discutida com a equipe médica”, explica Dra. Monica.
De acordo com a médica, pacientes com câncer já têm uma vida com mais restrições por conta dos efeitos colaterais do tratamento e normalmente não costumam se expor a situações de risco. “Mas vale ressaltar que medidas de distanciamento social, higiene das mãos e uso de máscara têm um impacto positivo importante”, completa.
Mais chances de cura
O diagnóstico precoce do câncer infantil possibilita que mais de 70% dos casos sejam totalmente curados. Sabe-se que as chances de cura são potencializadas quando fatores como o diagnóstico precoce e tratamento especializado são iniciados.
O GRAACC atua para garantir aos seus pacientes o direito de alcançar todas as chances de reestabelecimento da saúde, com qualidade de vida, dentro dos mais avançados padrões de excelência em tratamentos e atendimento humanizado”, ressalta a médica.
Cuidados independentes do novo coronavírus
Com ou sem pandemia, as crianças em tratamento quimioterápico já seguiam orientações semelhantes às que são impostas neste momento, como evitar aglomerações, intensificar medidas de higiene (lavar as mãos cuidadosamente), evitar beijos, abraços e aglomerações.
Essas orientações valem, também, para as que terminaram o tratamento oncológico há até seis meses, pois ainda são consideradas imunodeprimidas”, esclarece a oncologista.
Qualidade de vida no isolamento domiciliar
Durante o isolamento social, muitas famílias passaram a ter uma convivência mais próxima. A proximidade é benéfica, pois ajuda a distrair a cabeça dos pequenos.
O ideal é estabelecer uma rotina para os pequenos, inclusive para que entendam que não estão de férias e que cada pessoa precisa fazer sua parte para passar por esse momento difícil”, afirma a Dra. Monica Cypriano.
Sintomas que despertam atenção
Alguns sintomas podem ser são confundidos com adoecimentos comuns da infância. Por isso, fique de olho no seu pequeno!
- Dores nos ossos, principalmente nas pernas, com ou sem inchaço.
- Palidez inexplicada.
- Fraqueza constante.
- Aumento progressivo dos gânglios linfáticos.
- Manchas roxas e caroços pelo corpo, não relacionados a traumas.
- Dores de cabeça, acompanhadas de vômitos.
- Perda de peso.
- Aumento ou inchaço na barriga.
- Febre ou suores constantes e prolongados.
- Distúrbios visuais e reflexos nos olhos.
Webinar – Dia 23/09 às 19h, a Dra. Monica Cypriano irá ministrar o webinar com o tema “E se for câncer infantil? Os sinais da doença e as chances de cura” para médicos e outros interessados. Para fazer a inscrição e participar do webinar, basta acessar o link bit.ly/2webinargraacc