Com o anúncio de 3.735 novos pacientes diagnosticados com covid-19 entre quarta e quinta-feira, o Brasil superou a Itália em número de casos confirmados em um intervalo de 24 horas. Segundo números da OMS (Organização Mundial de Saúde), o país europeu registrou nesta quinta 3.370 novos casos da doença. Considerados os óbitos confirmados em 24 horas, nunca estivemos tão próximos das taxas do país que, em março, foi o epicentro da doença no mundo: ontem, foram 437 mortes lá contra 407 aqui — maior número registrado no Brasil desde o início da pandemia.

O estado de São Paulo registrou, nesta quinta-feira (23) o recorde no número de mortes causadas pela covid-19 em 24 horas: 211, um salto de 414% em relação aos 41 óbitos computados ontem (22). O estado contabiliza, agora, 1.345 mortes por coronavírus. De acordo com o governo, a alta se deve a um atraso, por parte das prefeituras, no registro das mortes no sistema do Centro de Vigilância Sanitária durante o último feriado prolongado. As notificações atrasadas acabaram entrando no sistema nas últimas 24 horas, e elevaram o número.

De 1º de abril até hoje, o número de óbitos nas cidades do interior, litoral e demais municípios da Grande São Paulo cresceu 21 vezes, saltando de um acumulado de 20 mortes até 1º de abril, para 433 óbitos até hoje. Na capital, no mesmo período, a concentração dos óbitos, em relação ao resto do estado, caiu de 87% para 67%. Segundo dados do governo estadual, 114 cidades paulistas já registraram ao menos uma morte causada pela covid-19. O estado registrou, até hoje, 16.740 casos confirmados da doença, distribuídos em 256 municípios.

A taxa de ocupação dos leitos para atendimentos em UTI no estado de São Paulo, destinados para o tratamento da covid-19, está em 55,3%, segundo o governo do estado. Na Grande São Paulo, no entanto, a taxa é de 74%.

Rio já registra 530 mortes

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou hoje (23) que há 6.172 casos confirmados e 530 mortes por causa do novo coronavírus, sendo 40 a mais nas últimas 24 horas. Há ainda 206 óbitos em investigação. A capital fluminense registra 322 mortes.

Os municípios da região metropolitana também concentram os maiores números de mortos pela doença. Duque de Caxias contabiliza 40 óbitos, Nova Iguaçu, 19, Niterói, 16, São Gonçalo, 14 e Mesquita, 9.

A cidade do Rio soma 4.027 casos confirmados de covid-19. Outros sete municípios registram mais de 100 casos: Nova Iguaçu (264), Duque de Caxias (243), Niterói (239), Volta Redonda (181), São Gonçalo (144), São João de Meriti (116) e Belford Roxo (104).

O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse hoje (23) que, apesar do alto número de casos, o pico da epidemia do novo coronavírus no estado deve ocorrer na primeira quinzena de maio. Lima participa de uma videoconferência realizada pela comissão externa da Câmara dos Deputados para acompanhar as ações de combate ao coronavírus no país. O estado já registrou

Com 2.479 casos de covid-19 e mais de 200 óbitos, o Estado do Amazonas deve enfrentar o pico da epidemia na primeira quinzena de maio.

Durante a participação, Lima ressaltou que cerca de 90% dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) dedicados a pacientes com o vírus estão ocupados, e disse que o estado precisa com urgência da ajuda do governo federal e da iniciativa privada para a compra de respiradores, equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras, e também de profissionais de saúde para atender à população.

O estado também enfrenta problemas em razão de um surto da gripe H1N1 em decorrência do período de chuvas.

Além da capital, Manaus, o estado registra casos de covid-19 em mais de 30 cidades.

 

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