Como se não bastassem as incertezas em relação ao possível avanço da variante ômicron e seus impactos nas festas de fim de ano e ao surto de Influenza que atinge especialmente a capital e a Região Metropolitana, cariocas e fluminenses ainda precisam conviver com a falta de informações sobre a pandemia por conta do “apagão de dados” do Ministério da Saúde (MS), decorrente do suposto “ataque hacker” realizado aos sistemas da pasta na semana passada.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro está sem números atualizados de casos e mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), uma complicação presente na maior parte dos casos de Influenza e de Covid-19. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou nesta sexta-feira (17) que, nesta semana, não haverá atualização do Mapa de Risco da Covid-19 devido à instabilidade nos sistemas de informações do MS, principal fonte de dados sobre casos e óbitos provocados pela doença. O levantamento é divulgado sempre às sextas-feiras.

“Embora os dados não tenham sido atualizados, a SES acompanha um conjunto de indicadores precoces, como atendimento em UPAS, solicitações de leito para Covid-19 e o número de pessoas na fila de espera, que não dependem das plataformas do MS”, diz a nota oficial da Secretaria.

Apesar de reconhecer o problema, a SES diz que o cenário epidemiológico do Estado do Rio de Janeiro segue estável. Os resultados de RT-PCR para SARS-CoV-2, no período de 21 de novembro a 12 de dezembro, realizados pelo laboratório da Fiocruz, apresentaram taxa de positividade de 0,46% (169/36.644).

Essas amostras são coletadas em municípios das regiões metropolitana I e II. Já as análises processadas no Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen), em amostras coletadas em municípios das demais regiões do estado, geraram taxa de positividade de 2,6% (525/19.813).

ConecteSUS fora do ar após exigência de passaporte da vacina

A derrubada das plataformas do MS ocorreu em meio à discussão sobre a exigência do comprovante de vacinação e afetou a emissão do comprovante de imunização contra o coronavírus por meio do aplicativo ConecteSUS, que permanecia indisponível até a noite de quinta-feira (16/12).

O comprovante foi alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a obrigatoriedade do documento para quem chega ao país.

153 mortes em 24 horas em todo o Brasil

O número de infectados pelo novo coronavírus, em 24 horas, chegou a 3.323, totalizando 22,212 milhões de casos desde o início da pandemia de covid-19. As informações estão na atualização diária do Ministério da Saúde deste sábado (18). O balanço consolida informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Há 118.924 pessoas em acompanhamento por equipes de saúde. Em 24 horas, foram confirmadas 153 mortes. No total, a covid-19 causou a morte de 617.754 pessoas, no Brasil. Ainda há 2.726 falecimentos em investigação. A quantidade de pessoas que se recuperaram da doença chegou a 21,47 milhões.

balanco_da_covid-19_de_18_de_dezembro_de_2021

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (155.001), Rio de Janeiro (69.338), Minas Gerais (56.552), Paraná (40.855) e Rio Grande do Sul (36.354).

Algumas unidades da federação não atualizaram os dados neste sábado: Bahia, Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul apresentam informações do dia 9 deste mês; Mato Grosso e Distrito Federal têm dados de sexta (17).

Fake news sobre certificados de vacinação

Na quarta-feira (15), o Ministério da Saúde desmentiu e-mails com mensagens falsas informando que emite certificados de vacinação digitais para serem baixados por meio de um link. “Fique atento: a pasta não envia esse tipo de comprovante via e-mail. O Certificado Nacional de Vacinação só é disponibilizado, pelo Ministério da Saúde, por meio do aplicativo Conecte SUS“, informou.

Ainda de acordo com a nota, o Ministério tem se esforçado para retomar o serviço. “A pasta trabalha diuturnamente para restabelecer o serviço pelo aplicativo o mais rápido possível”.

O texto reforça que os canais do Ministério da Saúde, como redes sociais e portal, são as únicas fontes oficiais de informação. E alerta ainda para o cuidado com e-mails falsos.

“Evite clicar em links desconhecidos e sempre observe o conteúdo das mensagens. Assim como a mensagem atribuída ao Ministério, esses textos geralmente contêm erros gramaticais e informações desencontradas”, diz a nota.

Dúvidas podem ser esclarecidas na Ouvidora, no telefone 136.

Com Agência Brasil, Ministério da Saúde e SES-RJ

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!
Shares:

Related Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *