Após meses de tratamento de uma infecção bacteriana, Anitta apareceu em público com uma nova aparência que vem chamando a atenção de seus seguidores. Com nariz mais fino, olhos puxados e expressão renovada, o novo rosto da cantora de 32 anos pode ser resultado de mais um dos mais de 50 procedimentos estéticos que ela já fez, entre cirurgias plásticas e outras intervenções menos invasivas.
Para Anitta, fazer um novo procedimento estético “é como mudar o cabelo”. “Acho que a gente muda de opinião às vezes, sabe? Nem sempre a gente está pensando exatamente a mesma coisa. Somos todos humanos. A gente troca de roupa, troca de namorado, enfim”, filosofou.
O recente visual da cantora Anitta tem causado muitos comentários nas redes sociais, inclusive ao comparar seu ‘novo rosto’ com o da amiga e também cantora Juliette. E reacendeu nas redes sociais uma discussão urgente sobre os excessos nos procedimentos estéticos e seus impactos não apenas físicos, mas também emocionais. O assunto, que rapidamente viralizou, divide opiniões sobre até que ponto a estética pode apagar a identidade de uma pessoa.
Acredito profundamente na beleza que respeita a anatomia, o tempo e a história de cada um. Estética não deve servir para apagar quem somos, mas para revelar o que temos de mais verdadeiro”, diz a Juliana Moreira Chramosta, cirurgiã bucomaxilofacial, que tem mais de duas décadas dedicadas ao cuidado de pacientes com alterações ósseas faciais, disfunções mandibulares e comprometimentos que afetam a estética e a funcionalidade do rosto.
Ela conta ser muito procurada por pacientes em seu consultório, carregando mais do que marcas no rosto. “Elas chegam com arrependimentos, inseguranças e um sentimento de não se reconhecerem mais no espelho. O rosto, que deveria expressar sua essência, acabou se tornando um molde genérico, resultado de intervenções estéticas em excesso“. Segundo a médica, esse fenômeno, infelizmente cada vez mais comum, tem nome: desarmonização facial.
Segundo a médica, especialista em implantodontia e procedimentos estéticos e reconstrutivos de alta complexidade. Ao contrário do que se propõe a estética facial responsável, a desarmonização surge quando o cuidado se transforma em exagero.
É quando a busca por lábios mais volumosos, maçãs do rosto mais marcadas ou mandíbulas mais definidas ultrapassa o limite do bom senso, da técnica e singularidade de cada pessoa. O que começa como uma tentativa de melhorar um detalhe pode se tornar uma sucessão de procedimentos que distorcem traços naturais e tiram a leveza da expressão”.
Confira o artigo abaixo:
Palavra de Especialista
Quando o excesso apaga a identidade, um alerta sobre a “demonização facial”
Por Juliana Moreira Chramosta*
Esse cenário não nasce do nada. Somos impactados todos os dias por padrões irreais, filtros que apagam rugas e afinam narizes, imagens repetidas de um rosto ideal que, na prática, não existe. Muitos profissionais, por falta de formação específica ou por ceder à pressão do mercado, acabam aplicando técnicas sem critério, sem planejamento, sem escuta. E o resultado, em vez de beleza, é desfiguração, física e emocional.
A chamada “demonização facial”, termo popularizado para descrever rostos que perderam sua identidade devido ao excesso de procedimentos, é um reflexo direto desse desequilíbrio. Não se trata apenas de estética, mas de saúde, de respeito ao paciente e de ética profissional.
Preenchimentos mal indicados, toxina botulínica aplicada sem análise adequada, fios em excesso: tudo isso pode gerar complicações como nódulos, assimetrias, inchaços crônicos e até necrose. Mas, além disso, pode destruir a autoestima de quem acreditou estar se cuidando.
Em mais de duas décadas de atuação, vi de perto as transformações positivas que a estética bem aplicada pode gerar, e não apenas no rosto, mas na vida das pessoas. Acredito profundamente na beleza que respeita a anatomia, o tempo e a história de cada um. Estética não deve servir para apagar quem somos, mas para revelar o que temos de mais verdadeiro.
Que a beleza continue sendo sinônimo de cuidado, autoestima e bem-estar, nunca de arrependimento!
Juliana Moreira Chramosta é cirurgiã bucomaxilofacial, especialista em implantodontia. Formada pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e com residência em Campinas (SP). Atende no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, leciona no Instituto Odontológico das Américas (IOA), em São Paulo.
Cantora nega lifting facial malsucedido nos EUA
Em junho, Anitta cancelou uma apresentação no São João de Campina Grande, na Paraíba, e confirmou estar enfrentando uma infecção bacteriana grave, negando que o problema tenha sido desencadeado por um um lifting facial malsucedido feito nos Estados Unidos. O procedimento teria dado errado, levando a cantora a ter que usar um dreno no rosto entre os cuidados intensivos, além de assinar um termo de responsabilidade para conseguir deixar o país e retornar ao Brasil.
“A infecção bacteriana que motivou o cancelamento do show em Campina Grande não tem relação alguma com complicações cirúrgicas. A cantora realizou um procedimento estético (como é de seu costume), sem qualquer intercorrência ou necessidades”, disse a assessoria da cantora. Segundo o comunicado, ela teve alta médica normalmente e retornou ao Brasil dentro do prazo estipulado por sua equipe médica. E já havia retomado as atividades profisionais.
“O quadro foi identificado, já está sendo tratado e apresentando melhora gradativa”, completa o comunicado. Em um áudio enviado aos fãs, Anitta disse que estava “com uma infecção bacteriana severa, bem complicada” e que vinha recebendo antibióticos na veia. “Está tudo sob controle, mas o tratamento é lento”, contou.
Primeira plástica aos 18 anos
Transformações no rosto e no corpo não foram impulsionadas só por vaidade. Bem diferente da Larissa de Macedo Machado, lá do subúrbio do Rio, que pouco ligava para estética, ela teve seu primeiro contato com o bisturi aos 18 anos, por um motivo físico real: o peso dos seios. “Eu queria fazer porque pesava demais. Era muito incômodo. Eu já fazia show com 18 e era muito incômodo”, contou.
Mas a diva do funk admitiu que a mamoplastia redutora foi precoce: “Eu não deveria ter feito tão nova”. E ainda aconselhou as jovens que desejam fazer o mesmo: “Aí eu deixo um recado para todas as meninas. Não façam isso. Quando vocês pensarem em corrigir algum ‘problema’, com calma, pesquisa, vê direito que isso é muito sério”.
A rinoplastia também veio cedo e teve que ser refeita: “Eu descobri que meu nariz estava obstruído por conta da cirurgia anterior que não deu certo. E eu falei ‘aproveita e deixa ele bonito, que eu acho ele horroroso’. E ele deixou”.
Depois vieram lipoaspiração, preenchimento labial, ninfoplastia, remodelagem do queixo e muitas outras. E agora, contrariando tendência no mundo da beleza de buscar um visual mais natural, ela parece ter passado por uma harmonização facial.
Cada um desses procedimentos possui suas especificidades, benefícios e riscos, que devem ser cuidadosamente considerados por qualquer pessoa interessada em realizá-lo Ao se tornar sócia de uma rede especializada em serviços estéticos, em 2024, ela declarou que já fez vários procedimentos, sempre com acompanhamento médico.
Foram muitos (procedimentos)! Já fiz vários retoques, principalmente no rosto. Sempre com profissionais ótimos e todo o acompanhamento necessário, tá? Sou muito responsável e cuidadosa em relação a isso”, destacou.