A partir de quinta-feira (23/04), só será permitido circular com máscaras de proteção caseiras pelas ruas do Rio de Janeiro e nos estabelecimentos abertos ao público. A novidade está prevista em decreto assinado pelo prefeito Marcelo Crivella, publicada neste sábado (18/04), em edição especial do Diário Oficial do Município, tornando obrigatório o uso de máscaras na cidade. O estabelecimento que descumprir a medida poderá sofrer sanções administrativas.
Crivella destaca que o mais importante não é punir, mas conscientizar a população sobre a importância do uso de máscaras neste momento em que a curva de contágio do novo coronavírus se acentua na cidade. “Continuamos insistindo que a população fique em casa. Se houver necessidade de sair para a rua, pedimos agora: utilize a máscara e evite aglomerações. É preciso a colaboração de todas as pessoas. Um deve alertar o outro que não estiver usando máscara a passar a usar, se proteger e proteger as demais pessoas”, disse o prefeito.
As máscaras de uso obrigatório são as comuns, feitas em casa. As profissionais, como consta em nota do Ministério da Saúde, serão reservadas aos médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde em campo. “Se todo mundo usar máscaras profissionais, elas vão faltar nos hospitais”, explicou Crivella. Segundo ele,  é importante que as pessoas estejam habituadas e sigam utilizando as máscaras quando as curvas de contágio do novo coronavírus começarem a cair e as medidas de afastamento acabarem.
 O decreto traz em anexo uma cartilha com orientações sobre como confeccionar as máscaras em casa, usá-las e higienizá-las. A CET-RIO, colocou nos 28 painéis eletrônicos fixos, nas principais vias da cidade, mensagem alertando motoristas e pedestres para a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.

Mais de 1,8 milhão de máscaras serão doadas

Uso de máscara de pano feita em casa passa a valer em toda a cidade do Rio (Foto: Divulgação/ Prefeitura Rio)

Haverá também distribuição de máscaras em estações de trem, metrô e BRT para as pessoas que precisam sair para trabalhar em serviços essenciais. Para evitar qualquer tipo de aglomeração, as máscaras serão confeccionadas nas residências dos trabalhadores e todo material utilizado seguirá o padrão orientado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 4 mil máscaras já foram confeccionadas e estão passando por um processo de esterilização e logo após a embalagem começarão a ser distribuídas.

Cerca de 500 costureiras de 25 comunidades do Rio e 100 artesãs da FeirArtes – Feira de Artes e Artesanato vão confeccionar 1,8 milhão de máscaras para distribuir aos profissionais dos serviços essenciais que ainda precisam ir às ruas neste momento de isolamento social. Ao todo, foram investidos R$ 4 milhões para compra de material e remuneração dos trabalhadores. A distribuição acontecerá ao longo dos meses de abril e maio pelas Secretarias Municipais de Cultura e de Assistência Social e Direitos Humanos.
Sabemos da dificuldade que todos estão encontrando para a aquisição desse material de proteção, inclusive os setores da administração pública de todo o país.  Embora a máscara de tecido não barre 100% a carga de vírus exalada ou inalada no ambiente, ela pode bloquear entre 60% e 70%. Assim, a carga de vírus depositada em superfícies diminui e, consequentemente, a transmissão do vírus também cai”, destacou a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Tia Ju.
A prefeitura também vai distribuir, a partir desta segunda-feira, dia 20, em estações do BRT, um milhão de um novo tipo de máscara, feita de celulose, biodegradável e com design mais eficiente para evitar a contaminação do lado interno. “É um material reciclado, que você usa um dia e depois joga fora. É simples, de fácil manuseio e permite que você coloque no rosto sem contato das mãos com a parede interna da máscara”, disse o secretário de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca.

Cabines de desinfecção em pontos sensíveis

Dentro das ações de enfrentamento ao novo coronavírus, a Prefeitura do Rio vai instalar cabines de desinfecção em pontos sensíveis para a circulação de pessoas, como a Central do Brasil e estações de Metrô, barcas e do BRT, começando pelo hospital de campanha do Riocentro.
A pessoa passa pela porta de entrada e quando sai do outro lado, ela está completamente desinfectada.
O prefeito foi o primeiro a testar  uma das duas cabines que funcionarão no hospital de campanha neste sábado (dia 18), no Riocentro. A instalação da primeira das outras cinco cabines que serão usadas em áreas públicas da cidade está prevista para começar semana que vem.  Dentro da cabine, são ativados dispositivos que pulverizam, quase como uma poeira, um produto chamado Atomic 70, desenvolvido por laboratório de São Paulo e certificado pela Anvisa. A substância combate alguns tipos de vírus, incluindo a Covid-19.
O produto é muito eficaz, usado inclusive para fazer desinfecção em centros cirúrgicos. O fabricante garante que esse produto fica de três a cinco horas na pessoa, na roupa. Por isso a eficácia é de suma importância neste novo dispositivo”, afirmou o secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca,  que é o gestor do Gabinete de Crise contra a Covid-19.
Semelhante a um túnel, a estrutura dispõe de um sensor de presença que aciona borrifadores em seu interior liberando o produto – inofensivo aos olhos, pele e cabelos – a quem entra na cabine. “Estamos em guerra contra o vírus e o prefeito Marcelo Crivella orientou que buscássemos iniciativas eficazes para o contra-ataque. É todo um esforço de guerra para enfrentar a doença”, disse Gutemberg.

Irregularidades em comércio e limpeza nas ruas

Uma nova operação da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses foi realizada neste fim de semana para conferir irregularidades relativas ao coronavírus em mercados, drogarias e demais estabelecimentos autorizados a funcionar. Durante a semana, foram feitas 270 vistorias, com 69 multas. Em quase um mês de operação, foram inspecionados 771 estabelecimentos,resultando em 161 infrações.
A Comlurb – empresa de limpeza pública do município do Rio – mobilizou, neste sábado (18/4), 112 garis para atuar nas operações de higienização e combater possíveis focos da pandemia do coronavírus em 31 comunidades. A medida garante continuidade à ação iniciada no dia 9, na Rocinha, e que já atendeu 156 comunidades da cidade.

Comboio com drone alerta sobre aglomerações

A  Prefeitura do Rio, por meio do Disk Aglomeração, percorreu nesta sexta-feira (17/04), bairros das zonas Sul e Norte, entre eles Copacabana, Penha, Jardim América, Rocha Miranda e Grajaú. Na Zona Sul, o comboio conta com o auxílio de um drone equipado com alto-falante para orientar a população sobre a importância de ficar em casa e, se precisar sair, manter distância de outras pessoas. No roteiro do sobrevoo, estão Leblon, Ipanema, Copacabana, Flamengo e Largo do Machado.
No calçadão do Leblon, Ipanema e Copacabana, pela manhã, o equipamento registrou pessoas que insistiam em caminhar juntas e que receberam orientação das equipes do solo. Em outro ponto de Copacabana, alguns surfistas que pegavam onda acabaram saindo do mar após o aparelho acionar os alto-falantes.
Resultado da integração entre IplanRio, Casa Civil e Centro de Operações Rio (COR) e Seop, o uso da tecnologia começou ontem (16/04) pelo calçadão de Campo Grande, o bairro mais demandado pelo serviço municipal de dispersão de grupos de pessoas.  Coordenado pela Seop, o Disk Aglomeração atendeu, até esta quinta-feira (16/04), 2.355 chamados. Os bairros mais demandados foram: Campo Grande, Realengo, Bangu, Centro, Santa Cruz, Tijuca, Copacabana, Taquara, Barra da Tijuca e Madureira.
O Disk Aglomeração funciona com base em chamados para a Central 1746 e, há uma semana, utiliza sinais de celulares para detectar pontos de aglomeração, por meio de parceria com a operadora de telefonia TIM e o COR. Para saber mais sobre o funcionamento, acesse: https://bit.ly/2JX4CUV.
Com Assessorias

 

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