Palco da maior festa popular do mundo, o Sambódromo começa a receber nesta segunda-feira (6) as primeiras 60 pessoas que vivem nas ruas do Rio de Janeiro. Ao todo, os espaços de acolhimento para a população em situação de rua preparados pela prefeitura têm capacidade para receber até 400 pessoas. Desde 27 de março, a prefeitura já acolheu cerca de 250 moradores em situação de rua em seus abrigos espalhados pela cidade.
Todos os acolhidos serão vacinados para o H1N1, e, enquanto durar o período de pandemia do Covid19, quem optar por sair do local de abrigamento não poderá voltar. O objetivo é que esta população também se mantenha em quarentena para que a saúde deles e das demais pessoas da sociedade seja preservada. A prefeitura transformou mais salas de aula em quartos, além de instalar novos chuveiros e pias e entregar para os abrigados kits de higiene, para que esta população consiga realizar a higienização pessoal.

Os quartos têm, em média, sete camas e ventiladores. Já nos banheiros foram instalados chuveiros. Os acolhidos vão receber um kit higiene — a prefeitura adquiriu 15 mil desses, porque muitos já estão recebendo na rua — , com sabonete, creme dental, escova de dentes, lenço e toalha, e terão direito a três refeições diárias e lanches também.

A Comlurb realizou o processo de higienização dos locais que servirão de acomodações para que pessoas em situação de rua sejam acolhidas e se protejam do novo coronavírus. Equipes da Rioluz e Rio-Águas também estiveram no local e realizaram as adaptações necessárias na parte hidráulica com instalações de chuveiros e pias e a CET-Rio dará suporte na sinalização e organização desses espaços.

A Secretaria de Habitação adaptou containers para que também sirvam de banheiros com chuveiros para higienização desta população. O processo de compra de mobiliário, como beliches e colchões. Os três espaços estão sendo adaptados para cerca de 400 pessoas. A primeira unidade será preparada para receber 128 homens adultos, a segunda unidade terá 144 vagas disponíveis para receber mães com crianças, gestantes e mulheres e a terceira unidade terá capacidade para até 120 idosos.

A prefeitura está fechando uma parceria com a organização Médicos Sem Fronteiras para prestar assistência durante a pandemia da Covid-19. A organização, que já presta serviços em outros países como Itália, Grécia, Irã e Espanha, dentre outros, vai ajudar a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos na triagem, avaliação, capacitação de pessoal e orientações em relação à pandemia, visitando abrigos e outros locais que prestam assistência aos grupos mais vulneráveis, como as instalações do Sambódromo.

A SMASDH já está elaborando um projeto para adquirir Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os funcionários que estão trabalhando diretamente com abordagem de pessoas em situação de rua e também dentro dos abrigos, além de kits de testagem rápida para ser realizado nas pessoas que são atendidas pela rede e também custeio de prestação de serviços necessários à prevenção, monitoramento, vigilância ou combate a esta pandemia.

Hotéis para idosos de comunidades

Segundo a prefeitura, até esta segunda-feira (6), apenas 23 idosos e quatro acompanhantes foram instalados em hotéis até o momento, dentro das mil vagas disponibilizadas para abrigar os maiores de 65 anos que tenham dificuldade para se isolar e morem em comunidades da Zona Sul, onde começou o surto de Covid-19 na cidade. O prefeito pediu que os idosos que já foram contactados aceitem o serviço.

São quartos excelentes, com televisão a cabo, com incontáveis canais, internet banda larga, a pessoa pode ficar em contato dia e noite com a família, banheiro no quarto, camas espetaculares, ar condicionado, café da manhã servido no quarto, almoço, lanche da tarde, jantar. Qualquer problema que tiver aperta o botão, tem o nosso grupo para atender, tem fisioterapeuta, enfermeiro”, disse Crivella.

Cestas básicas para idosos e taxistas

A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos e o Governo do Estado fecharam uma parceria para realizar a distribuição de 410 mil cestas básicas para a população atingida economicamente pela pandemia do novo coronavírus. Em reunião virtual, nesta segunda-feira (6), a secretária de Assistência Social, Tia Ju, e o vice-governador, Cláudio Castro, definiram estratégias para a realização do projeto. Na próxima quinta-feira (9), uma nova reunião técnica será realizada para acertar a logística dos pontos de distribuição. Uma das categorias que pode vir a ser contemplada com a parceria é a de motoristas de aplicativos.

Nesta segunda-feira (6), a prefeitura também iniciou a distribuição de cestas básicas para 5 mil idosos atendidos pelos Centros de Convivência e para os taxistas permissionários (auxiliares), aqueles que pagam diárias e que têm acima de 60 anos. A entrega é feita de segunda a quinta-feira, no Riocentro. Os restaurantes populares de Bangu, Bonsucesso e Campo Grande passaram a funcionar também para o jantar, ficando abertos de segunda a sexta-feira das 17h às 20h. O valor da refeição é o mesmo cobrado no almoço, R$ 2.

Da Prefeitura do Rio, com Redação (atualizado em 7/4/20)

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