A chegada de um novo ano traz consigo a esperança e a oportunidade do recomeço, a necessidade de mudanças e de novos desafios, deixando para trás aquela zona de conforto já tão cansativa e monótona. Para que os planos saiam do papel, para que as viagens sejam realizadas, para conquistar a casa própria e comprar aquele carro zero, ter um planejamento financeiro é essencial.
O primeiro passo que você deve dar para elaborar um bom planejamento financeiro e entrar o ano com consciência é acompanhar, de forma detalhada, todas as suas despesas e receitas. Se você não tem uma visão clara de quanto recebe e quanto gasta a cada mês, você não vai conseguir organizar as suas contas e fazer um planejamento financeiro verdadeiramente eficiente”, ensina Renatta Gomes, educadora financeira.
O ano mal acabou e já tem muita gente preocupada com as contas que vão surgir logo no começo de 2020. Despesas como IPVA, IPTU, matrícula escolar e dívidas contraídas por conta das festas de fim de ano são suficientes para devorar todo o orçamento, deixando para trás qualquer ideia de economia. Quem não quer começar o ano sem dívidas e com uma boa poupança guardada?
Apesar de essa ser a meta de muitas pessoas, a realidade é bem diferente: muita gente já começa o ano endividado, sem perspectiva de manter as contas em dia. Para Victor Loyola, cofundador e coCEO da fintech Consiga+, ainda dá tempo de se organizar para começar 2020 sem dívidas e, o melhor, economizando dinheiro. “É preciso entender as necessidades e priorizar as despesas. Se não estiver precisando, não compre!”, ele aconselha.
Entre suas principais dicas estão deixar de lado o cartão de crédito e usá-lo apenas para emergências ou para pagar parcelas altas; guardar o que sobrar na poupança (mesmo que o valor seja bem menor do que a meta estipulada); e em caso de necessidade, o ideal é sempre optar pelo crédito consignado ao invés do crédito pessoal.
O crédito consignado possui taxas bem menores do que as do cartão de crédito e a dívida é descontada direto da folha de pagamento. Assim, é possível saber exatamente quanto do orçamento será destinado a essa dívida, evitando surpresas no final do mês”, diz Loyola.
Mas mesmo com tantas contas inevitáveis pela frente ele mostra que é possível se organizar e colocar em prática o tão desejado sonho de começar o ano guardando dinheiro. A seguir, ele compartilha cinco dicas infalíveis para isso:
1) Priorize suas despesas
Se você já sabe que janeiro é um mês abarrotado de boletos, o ideal é se programar e deixar garantido o dinheiro necessário para pagar essas contas.
O fim do ano é sempre um momento de tentação para qualquer consumidor: são promoções, descontos e queima de estoque; festas de Natal e Ano Novo, além das viagens – todos gastos extras que podem comprometer o orçamento do começo de 2020. Para que isso não aconteça, estabeleça um limite do que você pode gastar no fim de ano e pesquise bem antes de fazer qualquer aquisição.
2) Cuidado com o cartão de crédito
Já parou para pensar que o cartão de crédito nada mais é do que uma falsa ilusão de que temos dinheiro?
O limite do cartão é sempre maior do que nosso salário, o que, num primeiro momento, causa até certo alívio. Mas aí a fatura vem e pega muita gente de surpresa. Isso acontece porque a maioria das pessoas utiliza o cartão de crédito para pagar despesas do dia a dia e contas muito pequenas, como um cafezinho, por exemplo.
O ideal é usar o cartão apenas para pagar valores altos que precisamos parcelar. Pense o seguinte: para que deixar para pagar o cafezinho só no mês que vem se você já o consumiu? Faz mais sentido pagar prestações de uma geladeira, por exemplo, um bem que vai durar por muito tempo, até mesmo depois de pagar todas as parcelas.
E no parcelado, todo cuidado é pouco. Quando se menos espera, você pode ter seu limite comprometido por muito tempo com os parcelados e isso vai gerar dificuldades para pagar a fatura integral. Jamais entre no rotativo do cartão!
O recomendado é trocar o cartão de crédito pelo débito ou até mesmo por dinheiro vivo. Você tem ideia do quanto gasta em uma semana? Se toda sua despesa fica em R$300, a melhor opção é sacar esse dinheiro. Assim você gasta apenas o necessário e consegue ter uma ideia mais real sobre seus gastos ao ver o dinheiro, literalmente, indo embora.
3) Entenda seus gastos
Ao deixar de usar o cartão de crédito para pagar qualquer coisa fica muito mais fácil entender para onde seu dinheiro está indo.
Se você não consegue anotar todos os gastos em uma planilha nem guardar o recibo das compras que faz no débito, pelo menos tente anotar suas principais despesas, aquelas que aparecem todo mês.
É necessário ter na ponta do lápis gastos com alimentação, combustível, contas de luz, aluguel (se for o caso) e outras parcelas fixas do mês. A soma desses gastos é o valor que será debitado da sua conta, ou seja, parte do seu orçamento já está comprometido e tem destino certo. O que sobrar desse valor é o que você pode gastar com lazer, sair com os amigos, comprar aquele produto que tanto queria ou investir.
Caso o orçamento esteja apertado, aprenda a dizer não! Talvez esse não seja o momento ideal para comprar mais um par de tênis ou sair para comer fora no fim de semana.
4) Guarde o que sobrar
Muitas pessoas têm aquela ambição de conseguir poupar bastante no final do mês, mas aí percebem que gastaram mais do que deveriam e acabam não guardando nada.
Mesmo que não tenha atingido a meta de guardar R$200, por exemplo, tente colocar na poupança ou em algum fundo de investimento pelo menos um pouco. Assim, além de aprimorar sua educação financeira, você cria uma reserva de emergência que defenda seu orçamento de imprevistos.
5) Se precisar de empréstimo, opte pelo crédito consignado
Economizando ou não, imprevistos podem acontecer. E se você precisar de dinheiro, nem pense em usar o cartão de crédito como muleta! O rotativo do cartão de crédito possui a maior taxa de juros do mercado e, ao invés de solucionar o problema, aumenta ainda mais a dívida.
A melhor opção para quem precisa de dinheiro é a modalidade de crédito consignado. Além de possuir taxas bem menores do que as do cartão de crédito, o consignado é descontado diretamente da folha de pagamento. Assim, o devedor sabe exatamente quanto de seu orçamento está comprometido, sem se deparar com surpresas no fim do mês.
Com Assessorias