Além do câncer de mama, objeto de uma campanha de prevenção bem trabalhada pelo movimento Outubro Rosa, inúmeras outras doenças atingem as mulheres e merecem atenção especial quando o assunto é o cuidado com a saúde. De modo geral, as doenças têm muito a ver com a forma como o paciente vive e é muito comum que as pessoas só se preocupem de fato quando estão sentindo algum desconforto.

Existem doenças que podem ser evitadas, se cuidadas e diagnosticadas previamente, e outras que muitas vezes não apresentam sinais prévios, como os acidentes vasculares, por exemplo, onde os fatores de risco como hipertensão ou obesidade são relevantes .

Segundo o infectologista e responsável médico da Hi Technologies Bernardo Almeida, as doenças cardiovasculares vêm ganhando cada dia mais espaço entre o público feminino, isso porque há cada vez menos diferenças nos estilos de vida. “Essas doenças eram mais predominantes entre os homens, mas hoje as diferenças no estilo de vida dos homens e mulheres vêm diminuindo progressivamente, apesar de ainda haver diferenças relacionadas ao gênero”, alerta.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares, representadas principalmente pela doença cardíaca isquêmica e acidente vascular cerebral, são a maior causa de morte no mundo. Desses, 90% dos casos poderiam ser evitados, se alguns fatores de risco fossem controlados, como tabagismo, pressão alta, alterações do colesterol, obesidade e estresse crônico, de acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cardiovasculares (SBDCV).

“Atitudes simples no dia a dia podem evitar vários tipos de doenças e melhorar a qualidade de vida, como parar de fumar, praticar atividades físicas, aderir uma alimentação saudável e manter o controle de doenças como hipertensão e diabetes”, ressalta Almeida.

Além do infarto do miocárdio e AVC, o especialista da Hi Technologies listou algumas das doenças que mais afetam as mulheres, com o intuito de alertá-las e esclarecer dúvidas importantes sobre a saúde feminina. Confira:

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Parto cesárea também ameaça saúde da mulher

Levantamento do IESS mostra que o Brasil era, em 2014, o segundo país com a maior taxa de partos cesáreos no mundo, com 55,6% contra 44,4% de partos normais. Especificamente na saúde suplementar, os partos cesáreos representaram 83,1% do total de partos em 2017. Em 2015, a ANS instituiu o programa “Parto Adequado”, que busca reduzir o percentual de cesarianas desnecessárias. Nessa época, a taxa de partos normais no conjunto dos hospitais participantes era de cerca de 20%.

Em 2017, quando foi implementada a segunda fase do programa, o número de partos normais cresceu 6,3%. Entre as mulheres nos 127 hospitais participantes do projeto, o percentual de partos vaginais chegou a 47%. Importante lembrar que cada caso tem suas especificidades e o que deve prevalecer é a decisão tomada entre a mãe e o médico. “O debate, contudo, é fundamental para que todos tenham condições de adotar as práticas mais seguras na redução de riscos tanto ao longo da gravidez, no parto ou logo após o nascimento da criança”, pondera Carneiro.

O levantamento do IESS ainda aponta que o número de internações para a realização da laqueadura tubária (procedimento de anticoncepção definitivo) e implante de dispositivo intrauterino (DIU) tem crescido. Na comparação entre 2011 e 2017 houve aumento de 58,4% no número de internações para laqueadura tubária, saltando de 10 mil para 16 mil. Já o aumento no número de procedimentos de implante do DIU quadruplicou no período, avançando de 34,7 mil, em 2011, para 143,5 mil em 2017.

Da Redação, com Assessorias

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