Com a chegada do inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias. Durante os meses mais frios do ano, é comum o aumento na circulação de vírus e bactérias, facilitando o contágio de doenças como gripes, resfriados, Covid-19, infecções por VSR (vírus sincicial respiratório), entre outras. Recentemente, o Ministério da Saúde também emitiu um alerta para o crescimento dos casos de meningite no país — foram quase 2 mil registros em 2025, com maior incidência nas regiões Sudeste e Sul.
Esse contexto reforça a importância de monitorar a imunidade, especialmente entre os grupos mais vulneráveis. A boa notícia é que a ciência oferece maneiras seguras de verificar como está a resposta imunológica do organismo, especialmente por meio de exames sorológicos. Entender como está a imunidade e o histórico de exposição a vírus como o da gripe, Covid-19 e outros agentes sazonais pode fazer toda a diferença na prevenção e no tratamento.
Os exames sorológicos ajudam a decifrar esse cenário silencioso no organismo.
Esses exames avaliam a presença de anticorpos específicos no sangue, indicando se a pessoa já teve contato prévio com determinado agente infeccioso ou se está protegida por vacinação. Eles também ajudam a entender se a imunidade está ativa ou se já passou o tempo ideal para reforço vacinal”, explica o especialista em bacteriologia e responsável técnico do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski.
Segundo ele, muitas pessoas acreditam que estar sem sintomas significa estar imune, mas nem sempre é assim. A imunidade pode diminuir com o tempo, especialmente no caso de vacinas cuja proteção vai se reduzindo, como acontece com o vírus da gripe. Por isso, a testagem pode ser um recurso importante para avaliar a necessidade de reforços vacinais ou de cuidados específicos.
Testes identificam infecções virais e avaliam resposta a vacinas
Os exames sorológicos servem para diversas finalidades importantes na prática clínica: eles ajudam a identificar se houve uma infecção recente ou passada, por meio da detecção dos anticorpos IgM e IgG; avaliar a resposta do organismo às vacinas, especialmente contra a Covid-19 e hepatites; apoiar o diagnóstico de infecções virais como dengue, zika, chikungunya, HIV e citomegalovírus; e ainda auxiliar em investigações de imunidade baixa, quando há ocorrência de infecções recorrentes ou persistentes.
Além de ajudar a entender se o organismo está reagindo corretamente a vacinas ou infecções, os exames sorológicos também orientam condutas médicas mais assertivas, principalmente em quadros de sintomas prolongados ou não específicos”, destaca o especialista.
Os exames são indicados em diversas situações, como após a exposição a doenças virais, antes do início de tratamentos que possam afetar o sistema imunológico, para avaliação da resposta vacinal — especialmente em pessoas imunocomprometidas — e também em casos de sintomas persistentes ou que reaparecem com frequência.
Com Assessorias