Depois de muitas horas sambando, os pés podem sofrer com fadiga muscular, sobrecarga articular, bolhas, calosidades e até lesões mais graves”, diz o ortopedista e sambista.
Recomendações do médico-sambista para manter o samba no pé sem sofrer
Ao Vida e Ação, neste Dia Nacional do Samba (2 de dezembro), o especialista traz ainda uma coletânea de dicas práticas para cuidados com os pés. Tudo para aliviar os efeitos do esforço e promover a recuperação após se acabar no samba!
1. Massagem nos pés para melhorar a circulação sanguínea, aliviar pontos de tensão e prevenir câimbras:
-Use um creme ou óleo hidratante.
-Faça movimentos circulares com os dedos em toda a planta dos pés, focando no arco e calcanhar.
-Role uma bolinha (ex.: de tênis ou específica para massagem) sob os pés para estimular as áreas mais doloridas.
2. Faça um bom alongamento relaxante:
-Sentado, estique as pernas e puxe os dedos dos pés para trás, segurando por 15 segundos.
-Faça movimentos circulares com os tornozelos, alternando os sentidos.
-Alongue a panturrilha, apoiando o pé contra a parede com o calcanhar no chão e inclinando o corpo para frente.
3. Faça elevação dos pés:
-Deite-se e eleve os pés acima do nível do coração, apoiando-os em uma almofada ou na parede, por 15 a 20 minutos.
4. Faça aplicação de gelo (Crioterapia):
-Aplique nas áreas mais doloridas (como calcanhares ou planta dos pés) por 10 a 15 minutos, evitando contato direto com a pele para prevenir queimaduras.
5. Use calçados confortáveis e com boa absorção de impacto:
-Prefira calçados que não apertem os dedos e ofereçam suporte ao arco plantar.
6. Hidrate-se:
– Beba bastante água antes, durante e depois da atividade.
– Consuma alimentos ricos em potássio (ex.: banana) para ajudar na prevenção de câimbras.
7. Descanse adequadamente:
-Evite atividades de impacto por 24 a 48 horas após longos períodos sambando.
Com esses cuidados, seus pés estarão prontos para outra rodada de samba, reduzindo desconfortos e prevenindo lesões futuras!”, garante o médico.
‘A arte é essencial para trabalhar os dois hemisférios do cérebro’
A Medicina entrou na minha vida quando passei no vestibular. Há 25 anos, trabalho como ortopedista e já fiz centenas de cirurgias. Estou muito realizado com as duas atividades que exerço”, orgulha-se.
História de amor ao samba começou ainda na infância
Era década de 1990. Eu estava com 17 anos. Meus colegas queriam que eu tocasse pagode para conquistar as meninas e animar as viagens que fazíamos na adolescência”, brinca o médico, hoje casado com Renata e pai de Paula e Pietra.
Armamos uma roda de samba no palco, durante quatro horas, onde passeamos pelo nosso repertório autoral e também tocamos pagode dos anos 1990, samba de raiz, MPB e samba rock”, conta o vocalista, cavaquinista e compositor da banda carioca, que tem quase 30 mil seguidores no Instagram.
Tem pra todo gosto: conheça tipos, estilos e gêneros do samba
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- Samba-enredo: Subgênero que surgiu da ligação do samba com o Carnaval e é usado para puxar os desfiles das escolas de samba
- Samba-canção: Teve seu auge na Era de Ouro da música brasileira, entre 1930 e 1950
- Samba-choro: Sambas cantados com andamentos do choro e feitio melódico
- Samba-de-breque: Caracteriza-se por paradas súbitas, chamadas “breques”, que permitem ao cantor fazer comentários falados sobre o tema
- Samba-joia: Também chamado de “sambão”, é um estilo que reúne elementos de samba, soul music, bolero e jovem guarda
- Samba de raiz: estilo que retoma aquele clima de batuque de quintal, com a tradicional roda de samba de boteco e, principalmente, que traduzem o cotidiano dos morros e periferias.
- Pagode: Variante do samba que surgiu no Rio de Janeiro na década de 70, com um ritmo repetitivo e instrumentos de percussão acompanhados de sons eletrônicos
- Samba de morro
- Samba carnavalesco
- Samba de partido alto
- Samba-exaltação
- Samba de gafieira
- Afro-samba
- Samba-jazz
- Samba-rock