O Instituto DataSenado, criado em 2005 com a missão acompanhar, por meio de pesquisas, enquetes e análises, a opinião pública brasileira, realizou uma pesquisa em maio do ano passado sobre planos de saúde. O levantamento apontou que 71% da população brasileira não têm plano de assistência médica. Desses, 64% afirmaram que nunca tiveram e outros 36% já foram usuários de algum convênio, mas precisaram cancelar. E aproximadamente 80% pararam de usar há mais de ano.

Maikol Parnow, CEO da Hygiabank, empresa brasileira que atua como fintech e healthtech com operações no Brasil, explica que esses dados são alarmantes e colaboram para um cenário ainda mais caótico. Segundo o empresário, cerca de 400 mil mortes no Brasil, no último ano, causadas por doenças cardiovasculares, poderiam ser evitadas. “Simplesmente estamos ignorando dados tão alarmantes quanto este, enquanto os planos de saúde não param de sofrer reajuste”, destaca.

Boa parte desconhece ou não sabe como fazer um tratamento preventivo, nem que é possível planejar a melhor forma de cuidar da saúde. “A quem interessa não educarmos e informarmos a população sobre como realmente devemos investir nosso dinheiro em saúde? O foco dos grandes planos ou seguros deveria ser no sentido de oferecer bem-estar e não somente tratamento, procedimentos ou internações”, avalia Maikol.

Mesmo quem possui algum tipo de assistência, Parnow lembra que esse usuário não é municiado de informações sobre como viver em pleno bem-estar. “Ainda é alta a taxa de pessoas que não sabem o significado da palavra check-up. Os planos deveriam entregar um planejamento quando o usuário adere. Além disso, tanto os consumidores quanto os médicos se queixam porque não há transparência, são dois lados que não estão satisfeitos”, destaca.

healthtech tem como foco principal disseminar a prevenção. Muitas pessoas ainda não sabem qual profissional procurar ou quais exames são importantes na rotina. “A ideia é indicar o caminho, por isso, o nosso público é composto de pessoas que buscam ter uma vida saudável e com mais qualidade, não importa o sexo, idade ou classe social. Tendo plano ou não, nosso objetivo é auxiliar na promoção de saúde”, ressalta o CEO.

A proposta é ajudar as pessoas a planejarem seus check-ups, agendarem suas consultas, fazerem seus exames, conhecerem seu corpo ou contratarem um seguro para doenças graves por meio do aplicativo e parceiros. “Pessoas estão morrendo todos os dias por doenças que poderiam ser prevenidas. O dinheiro acumulado só pode ser usado em cuidados com a saúde. Clínicas, laboratórios, academias, restaurantes saudáveis, profissionais da saúde, são algumas das opções. Há também diferentes tipos de seguros, com cobertura e apoio financeiro, incluindo internação hospitalar. Os seguros incluem diagnóstico de câncer, cirurgias, doenças graves, morte, invalidez, internação hospitalar, entre outros.

Estilo de vida se reflete na qualidade da saúde

“Se 2020 foi marcado pelo medo de ser atingido no maior bem do indivíduo, a saúde, 2021 deve ser o ano de se dedicar à prevenção, fazendo exames e cuidando do bem-estar”, afirma Sergio Brasil Tufik, diretor médico do Brasil Private Check-Up (BPC). Ele lembra que a medicina preventiva é um excelente caminho rumo a uma saúde melhor. Quando as doenças são diagnosticadas precocemente, os tratamentos tendem a ser mais eficazes.

De acordo com Sergio Brasil Tufik, o estilo de vida está diretamente relacionado à saúde. “Existe a necessidade de se buscar uma alimentação de qualidade, baseada em produtos leves e com menor quantidade de açúcares e gordura”, explica.  Outro fator que vale reforçar é a importância de exercícios físicos. O sedentarismo pode levar à obesidade, o que se torna a porta de entrada para inúmeras doenças.

Uma boa noite de sono  também pode ser aliada da saúde. “Rotinas exaustivas, o uso de telas e a ingestão de bebidas à base de cafeína ou cola podem prejudicar a qualidade do sono”, esclarece o médico. Segundo ele, a privação de sono pode diminuir a imunidade e aumentar a chance para a pessoa desenvolver doenças emocionais, o que vem se agravando em função da pandemia. “É preciso ter consciência que é mais fácil se precaver do que esperar que um problema de saúde se instale“, reitera o médico.

Tufik explica que os exames preventivos indicados variam, por exemplo, de acordo com idade e sexo, entre outros fatores. Confira!

IDADEHOMEMMULHER
Acima de 35 anosExames de colesterol (para diagnosticar alterações que podem levar a doenças cardiovasculares) 
Acima dos 40 anosExames de próstata (para identificar câncer) 
Acima dos 45 anos Exames de Colesterol (para diagnosticar alterações que podem levar a doenças cardiovasculares)
Acima dos 50 anosPesquisa de sangue oculto nas fezes ou colonoscopia (para identificar câncer de cólon)
 Mamografia (para identificar o câncer de mama) *
Acima de 55 anosRX ou TC de tórax, principalmente para fumantes e ex-fumantes (para identificar câncer de pulmão)
Acima dos 65 anosAudiometria (para identificar perda de audição)
Ultrassom do abdome, principalmente de fumantes (para identificar doenças da artéria aorta)
 Densitometria óssea (identifica a existência de osteoporose)
Qualquer IdadeGlicemia de Jejum ou Hemoglobina glicada (para identificar diabetes)ECG de esforço (para avaliar risco cardiovascular)
Sexualmente ativo(a)Exames para identificar Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)
 PapanicolauPesquisa de Clamídia
    

* Se a paciente tiver casos de câncer na família, fazer o exame a partir dos 40 anos.

Com Assessorias

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