Cinco mil profissionais de saúde foram escalados para “entrar em campo” durante o maior evento esportivo do mundo. São 1.200 médicos, mil enfermeiros, 400 fisioterapeutas e dentistas, além de 2.400 socorristas (a maioria técnicos de enfermagem e acadêmicos de medicina). Todos são voluntários que prestarão os primeiros socorros e cuidados avançados aos atletas, comissões técnicas e espectadores.
Esta “seleção” começou a ser treinada no início deste ano por 15 professores da Estácio, na unidade Adib Jatene, anexa ao campus João Uchoa, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A capacitação inclui simulações de reanimação cardiopulmonar, uso de desfibrilador externo automático, intubação orotraqueal, imobilização e transporte com prancha rígida, reconhecimento dos principais agravos críticos como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, feridas e hemorragias, crises convulsivas entre outros. Nos módulos mais avançados, os voluntários vivenciam cenários realísticos no simulador (robô) e pacientes simulados (atores).
“Os principais objetivos do treinamento são dar suporte à vida e garantir o correto atendimento para que riscos maiores sejam evitados. Desenvolvemos um conteúdo com alto grau de customização para o Comitê Rio 2016 e tivemos a preocupação de criar uma dinâmica motivadora para atrair e manter a atenção desse grupo de voluntários”, conta o Silvio Pessanha Neto, coordenador da Estácio para o treinamento de profissionais de saúde dos Jogos Rio 2016.
Segundo ele, o nível de complexidade desse treinamento é inédito em eventos de grande porte. “Pela primeira vez os voluntários da área de saúde estão tendo acesso a laboratórios com tecnologia de última geração em simulação médica, sendo submetidos a treinamentos com simuladores, que reproduzem com alta fidelidade as condições de pacientes reais”. Por meio da metodologia desenvolvida pela Estácio, os voluntários podem praticar repetidas vezes os mais recentes protocolos de urgência e emergência, para que possam atuar nos Jogos Olímpicos com mais segurança e qualificação técnica.
O conteúdo foi idealizado pela Estácio e está dividido em quatro módulos práticos, que variam de 4 a 16 horas de duração cada. Os voluntários serão divididos, de acordo com a sua formação e experiência, no field of play (área de jogo), nos postos médicos de espectadores, postos médicos de atletas, na Policlínica Olímpica, na Vila Olímpica, nas arquibancadas, prestando atendimento a atletas, delegações, família olímpica, espectadores e força de trabalho voluntária. O processo seletivo dos voluntários foi realizado pelo Comitê Rio 2016. Foram recebidas, aproximadamente, 13 mil inscrições. Todos os candidatos foram entrevistados.
A Estácio é responsável pelo treinamento da força de trabalho dos Jogos Rio 2016. No total, serão capacitados 140 mil pessoas, incluindo 50 mil voluntários, além de mais cinco mil profissionais de saúde. Pela primeira vez na história das Olimpíadas, o treinamento dos voluntários está sendo realizado por uma instituição de ensino (em Londres, a missão foi cumprida pelo Mc Donald’s). A Estácio tem expertise em grandes eventos, com atuação bem sucedida no Rock in Rio e Jornada Mundial da Juventude.
Fonte: Estácio