Neste Dia do Cardiologista (14 de agosto), é importante destacar o trabalho desses profissionais não apenas no tratamento de doenças cardiovasculares graves, como infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral), mas também os cuidados com a prevenção. O tema é mais do que necessário num país que registra uma morte a cada 90 segundos por doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Só em 2021, mais de 209 mil brasileiros já perderam a vida por problemas cardíacos. E há momentos mais preocupantes para isso, como vêm mostrando algumas evidências ao longo dos anos. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, analisou mais de 173 mil internações motivadas por distúrbios cardiovasculares e mostrou que a segunda-feira é o dia mais comum para a ocorrência de infartos, com 17% dos casos.
“Isso se deve principalmente aos abusos cometidos aos fins de semana, seja na alimentação, consumo de bebida alcoólica e qualidade do sono”, explica o cardiologista José Augusto Ribas Fortes, gerente médico do Hospital Universitário Cajuru. “Muitas pessoas ficam com a pressão mais alta no início da semana como resultado dos excessos cometidos durante a folga e isso representa uma ameaça ao coração. O controle da pressão arterial reduz em 42% o risco de derrame e 15% o risco de infarto, por isso o seu controle é tão importante”, complementa.
O cardiologista Romulo Torres, do Hospital Marcelino Champagnat, ressalta que um mal estar persistente sempre deve ser olhado com atenção. “A Covid-19 também contribuiu para que alguns pacientes que deveriam procurar atendimento médico relutassem a buscar um hospital para avaliação. Outros, não foram às consultas de rotina e interromperam as medicações e exames. Tudo isso acabou sendo mais um agravante para doenças do coração”, complementa..
Principais sintomas