Outubro é o mês da conscientização vegetariana. A celebração, que se inicia mundialmente no dia 1º de outubro, Dia Internacional do Vegetarianismo (World Vegetarian Day), foi idealizada pela Sociedade Vegetariana Norte-americana em 1977 e apoiada pela União Vegetariana Internacional.

A primeira semana do mês de outubro também tem grande significado por ser a Semana Internacional do Vegetarianismo, que conscientizar as pessoas sobre os benefícios de adotar uma alimentação sem proteína animal como carnes, peixes e frango. E ao fim desse ciclo, no dia 1º de novembro, se comemora o Dia Internacional Vegano (World Vegan Day).

Segundo estudo de 2018 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), 14% da população brasileira (cerca de 30 milhões de pessoas) se declaram adeptos ao vegetarianismo e a expectativa é que o número ultrapasse 40 milhões em 2023. Já dados da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) apontam que 46% dos brasileiros não consomem carne em pelo menos um dia da semana, o que demonstra o sucesso de ações como a Segunda-Feira Sem Carne, que propõe a abstinência semanal.

Com a constante tendência de alta, o mercado de produtos vegetarianos e veganos não para de crescer e o país está em busca de opções alternativas de proteínas para levar à mesa dos consumidores. De acordo com o último estudo divulgado pela consultoria PwC, a produção nacional é responsável por mais de 54 mil toneladas de proteínas alternativas – de origem vegetal – e até o final de 2023 deve alcançar o registro de 23 toneladas de produtos.

Mas o que significa ser vegetariano? Quais os tipos de vegetarianismo que existem? E como iniciar essa caminhada?

A Sociedade Vegetariana do Reino Unido define que vegetarianos não comem peixe, carne ou frango. O Better Health Channel explica as principais diferenças entre a dieta vegetariana e a vegana.

As pessoas se tornam vegetarianas por muitos motivos. De acordo com a Harvard Health, a publicação da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, algumas por preocupações com o bem-estar animal, com o uso de hormônios ou de antibióticos. Outros aliam a preocupação animal com a ambiental.

Há ainda aquelas pessoas que não se alimentam de animais por preocupações religiosas ou por simplesmente não terem condições de pagar por produtos de origem animal. De qualquer maneira, para muitos, ser vegetariano é um estilo de vida. Significa se preocupar com o planeta como um todo, incluindo os animais e os recursos ambientais.

A prática também pode ser adequada ao seu estilo de vida. Existem muitas pessoas que praticam parte do tempo como vegetarianos de um tipo específico ou aderem a uma dieta flexível. Na verdade, o começo da sua jornada pode incluir dias específicos de um tipo particular de vegetarianismo, sendo assim um flexitariano.

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Mas quais os tipos de vegetarianismo que existem?

Os nutricionistas classificam sete tipos de vegetarianismo, de acordo com os pesquisadores Yasi Ansari e Marissa Meshulam – veja mais aqui. Com certeza, um desses tipos pode auxiliar a sua jornada. Entenda:

Vegetariano – O primeiro é o vegetarianismo restrito. Esse grupo não consome nenhum alimento de origem animal. O vegetariano abole qualquer tipo de carne, seja de bovinos, de galináceos, de pescado ou de frutos do mar, mas come produtos lácteos, mel e ovos.

Flexitariano – Existe ainda o segundo tipo, o flexitariano. É uma nova forma de consumo alimentar. São aquelas pessoas que seguem uma dieta simples que não é totalmente vegetariana, nem vegana, nem carnívora…é uma dieta flex. Alguns escolhem comer carne uma vez por semana, uma vez por mês, três vezes por mês…depende do estilo de vida da pessoa e de suas escolhas individuais.

Vegano – Existe ainda um terceiro grupo, o de veganos. Essas pessoas escolheram eliminar todos os produtos de origem animal de sua vida, ou seja, não consomem produtos de origem animal nem em forma de couro, de gelatinas, nem em produtos cosméticos. Logicamente, não consomem ovos, mel, leite tampouco.

Crudívoro – O quarto grupo é o que pratica a dieta vegana crua. Os crudívoros fazem parte de um grupo mais restrito de veganos, que acreditam que a dieta vegana não pode passar por nenhum tipo de cozimento. Eles somente se alimentam de alimentos crus ou cozidos no máximo a 420C.

Ovovegetariano – O quinto grupo é o ovo vegetarianismo, que são pessoas que comem ovos e seus derivados, como a maionese, em sua dieta, além de vegetais. Na Índia, esse grupo é considerado vegetariano stricto senso, já que eles consideram os ovos e seus subprodutos como animais.

Lactovegetariano – Assim como o ovo vegetarianismo, o sexto grupo de lacto vegetariano também é muito particular e se abstém de ovos, carnes, galináceos, pescados e frutos do mar, mas comem produtos de origem láctea. Já o ovolactovegetarianismo não permite o consumo de carne animal, mas permite o uso de produtos de origem animal, como ovos, laticínios e derivados

Pescetariano – O último grupo é o de pescetarianismo, ou piscitarianismo, é um regime alimentar que inclui peixes e frutos do mar, ovos e produtos lácteos, mas exclui a carne de outros animais.

Uma última observação é a de que qualquer tipo de dieta dessas deve incluir anteriormente uma visita ao nutricionista ou ao nutrólogo ou ao especialista de sua preferência para que sejam adequados seus nutrientes diários e necessários de acordo com sua idade e exames.

Existem várias formas que podemos ajudar a tornar o mundo mais sustentável. Um menor consumo de carne será importante para diminuir o consumo de áreas e de água para a produção animal além de auxiliar no bem-estar deles, do seu e do planeta.

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