Última chamada para imunizar as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos no Rio de Janeiro contra a dengue, que teve número recorde de casos em 2024. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio) está convocando o público dessa faixa etária que ainda não tomou a segunda dose da vacina para se imunizar até o dia 31 de janeiro. Após essa data, segundo a secretaria, a vacina passará a ser disponibilizada para outra faixa etária.

No ano passado, foram aplicadas 155.756 doses da vacina na primeira etapa e 55.235 doses, na segunda etapa da campanha. Ao todo, 630 mil doses foram recebidas do Ministério da Saúde para atender os municípios determinados pelo própria pasta no Estado do Rio, incluindo a capital. O benefício da proteção é para os quatro tipos de dengue e o imunizante apresenta 84,1% de chance de prevenir o agravamento da doença.

A estratégia para a vacinação contra a doença foi divulgada pelo Ministério da Saúde no dia 24 de janeiro de 2024 e as primeiras doses começaram a ser aplicadas no dia 9 de fevereiro. O público-alvo são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos de idade, faixa etária escolhida por ser a que atingiu maior número de hospitalizações por dengue. Cada pessoa deve tomar duas doses da vacina, com intervalo de três meses entre elas.

Em 2024, a cidade do Rio de Janeiro registrou 111 mil casos de dengue, o maior número dos últimos 10 anos. A taxa de incidência foi de 1.756,21 casos a cada 100 mil habitantes. Além disso, o município teve 21 óbitos confirmados durante o ano. 

Em todo o Estado do Rio, até 30 de dezembro, foram registrados 302.316 casos prováveis, 9.703 internações e 232 óbitos por dengue. Até o momento, é o maior número de notificações no sistema da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ).

Em 2023, foram 50.185 casos e 38 mortes por dengue em todo o estado. Em 2022, contabilizou-se 11.400 casos e 17 óbitos. No ano de 2021, foram registrados 2.879 casos e 4 óbitos. Já em 2020, foram 4.461 casos prováveis e 1 óbito.  Os dados estão sujeitos a revisão e estão disponíveis no Painel Monitora, da SES-RJ, na aba Arboviroses, neste link.

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Levantamento de possíveis focos do mosquito

A Prefeitura do Rio também iniciou nesta segunda-feira (6) levantamento de possíveis focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue. Equipes da Vigilância Ambiental vistoriaram depósitos, coletaram larvas e enviaram amostras para análise em laboratório.

A SES-RJ também diz que o combate aos focos do Aedes aegypti é ação prioritária no estado. A pasta mantém a campanha permanente “10 minutos salvam vidas”, que orienta as pessoas a eliminarem os focos do mosquito nas residências, onde estão 80% dos seus criadouros.

É importante que se faça uma vistoria semanal para evitar água parada em latas, garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas e pratos sob vasos de plantas”, adverte a SES-RJ.

Plano de contingência para enfrentar dengue em 2025

Calor forte e chuvas. Essa combinação pode resultar no aumento de casos de dengue no período mais quente do ano. Por isso, a Secretaria de Estado de Saúde preparou um plano de contingência, que teve início no dia 14 de dezembro, Dia D de Mobilização Nacional contra a Dengue. O planejamento inclui uma série de medidas para minimizar os efeitos da doença.

Até o início de dezembro, a Secretaria capacitou mais de 2 mil profissionais de saúde para o diagnóstico e tratamento da dengue. Para 2025, a pasta preparou uma agenda de visitas técnicas nas nove regiões do estado, com o objetivo de atualizar os protocolos dos municípios em consonância com a nova realidade climática que propicia a propagação de arboviroses.

O planejamento inclui visitas às regiões Metropolitana 1 e Metropolitana 2 nos dias 8 e 9 de janeiro, Baía de Ilha Grande e a região do Médio Paraíba em 15 e 16 de janeiro. No dia 22 de janeiro, será a vez da Região Serrana.

Observatório da Dengue

Em 2024, a SES-RJ apoiou a implantação de 44 centros de hidratação. em parceria com os municípios, além de oferecer o serviço em 11 UPAs estaduais. O Governo do Rio destinou 160 leitos de nove unidades de referência da rede para o tratamento da doença e lançou uma ferramenta online para auxiliar médicos no diagnóstico e estabelecer condutas de tratamento.

Foi criado ainda o Observatório da Dengue, uma plataforma virtual que permite acompanhar dados e medidas de suporte aos municípios fluminenses, além da instalação do Centro de Operações de Emergência para a dengue, que acelerou e aprimorou as respostas à epidemia.

A Secretaria prepara e executa a capacitação e atualização dos agentes de combate às endemias e agentes comunitários de saúde dos municípios, para realizarem a eliminação de criadouros do Aedes aegypti em seus territórios de atuação. As ações fazem parte do Plano de Contingência da SES-RJ para ser colocado em prática no caso de novas epidemias”, informou a pasta.

Com informações da Agência Brasil e SES-RJ

 

 

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