Anualmente, são registrados cerca de 10 milhões de novos casos de tuberculose e mais de um milhão de mortes pela doença, uma das 10 principais causas de morte no planeta, superando a Aids. O combate à doença está entre as prioridades para saúde em 2019, propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Hoje, a tuberculose é um desafio para os países. Em 2017, estima-se que 10 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose e que a doença tenha causado 1,3 milhão de óbitos. Em 2018, foram registrados 72,8 mil casos novos no país, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde.

A incidência da doença foi 34,8 casos por 100 mil habitantes. Em 2017, dados apontam 4.534 óbitos por tuberculose, resultando em um coeficiente de mortalidade de 2,2 óbitos/100 mil habitantes.

O Brasil atingiu as Metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose, que previa reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado com os resultados de 1990. Apesar do avanço, o brasileiro deve ficar sempre alerta.

Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e ampliar o acesso à informação, a pasta lança neste domingo (24), uma campanha publicitária chamando a atenção para a importância de observar os sintomas da doença.

A campanha será voltada para homens entre 25 e 40 anos, os mais afetados pela tuberculose. Com um slogan “com o apoio de todos, vamos acabar com a tuberculose”, a campanha alerta para o diagnóstico precoce e o tratamento sem interrupção, essenciais para a cura da doença.

Para intensificar os esforços no combate à doença, o Ministério da Saúde lançou, em 2017, o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, que ratifica o compromisso com a OMS de acabar com a tuberculose como um problema de saúde pública. O plano apoia as três esferas de governo na identificação de estratégias para reduzir a incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e as mortes para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes até 2035.

Tratamento gratuito pelo SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para a tuberculose sensível e resistente, além do tratamento da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis, com uma variedade de medicamentos.  “Quase 100% dos pacientes dos novos casos têm cura total, mas é importante o tratamento mínimo de seis meses sem interrupção”, afirma.

Começar o quanto antes o tratamento, que é garantido gratuitamente nas unidades públicas de saúde, e mantê-lo até o final é essencial para atingir a cura da doença”, afirma Denise Arakaki, coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde.

Para as crianças, a principal maneira de prevenir as formas graves da tuberculose é com a vacina BCG  também ofertada no SUS. Outra forma é identificar a “infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis ” em pessoas que tiveram contato com alguém com tuberculose. Neste caso, é necessário procurar uma unidade de saúde, já que, pessoas que possuem o bacilo recebem medicamentos para prevenir o adoecimento.

 

O QUE É

tuberculose é uma doença causada por bactérias, que afetam principalmente os pulmões, e é transmissível por meio de tosse, espirros e conversas. A infecção ocorre por meio da inalação de gotículas contendo bacilos expelidos do portador da doença e seu principal sintoma é a tosse.  a enfermidade acomete pessoas com baixa imunidade, como pacientes HIV positivos, que tenham alguma doença pulmonar, câncer, anemia ou diabetes.

TRANSMISSÃO

Sérgio Pontes, médico pneumologista da Aliança Instituto de Oncologia explica que a tuberculose é transmitida através da saliva, quando a pessoa contagiada fala, espirra ou tosse. “Acredita-se que cada pessoa infectada com a bactéria mycobacterium tuberculosis, ou Bacilo de Koch (BK), se não tratada, pode contaminar em torno de 15 indivíduos no intervalo de um ano”, aponta.

Sintomas

O especialista esclarece que os principais indícios da doença são: tosse seca e produtiva com sangue ou não, por pelo menos três semanas; perda de peso de maneira significativa e febre, predominantemente no final da tarde, além de outros sintomas, como o mal estar. Mas, boa parte dos pacientes pode não apresentar os sintomas típicos ou mesmo ter o quadro confundido com um resfriado ou uma gripe comum.

Desse modo, o paciente pode ficar meses com sintomas até uma manifestação mais grave. No entanto, boa parte dos casos só é diagnosticado durante a internação, por alguma complicação ou até mesmo após o óbito”, ressalta Pontes.

DIAGNÓSTICO

A gravidade da doença varia de acordo com diversas condições, incluindo o clima até o diagnóstico da doença. Quanto mais cedo, maior a chance de tratamento e cura. A cura definitiva só é estabelecida depois da avaliação final médica.

De acordo com o Dr Sérgio, o diagnóstico é feito clinicamente, através de uma avaliação física e dos antecedentes observados pelo médico sobre o paciente e alguns exames, como o Raio-X de tórax e o exame do escarro, em que se pesquisa o bacilo de coc, que é o bacilo específico para a tuberculose.

Exames moleculares se mostram cada vez mais modernos e ágeis na detecção da doença: em poucas horas, indicam a presença da bactéria causadora da tuberculose e ainda identificam a presença dos principais genes que levam a resistência do organismo contra as principais drogas utilizadas no tratamento.

TRATAMENTO

A terapia envolve algumas medicações e antibióticos por pelo menos seis meses, a depender da situação do paciente. Claro que há efeitos colaterais, como enjoos e mal-estar, mas é muito importante não interromper o tratamento, e depois de 15 dias tomando a medicação regularmente, o paciente não transmite mais a doença, podendo conviver com outras pessoas sem o menor problema”, argumenta.

Dicas para evitar o contágio

– Mantenha a vacinação em dia. A BCG, que inclusive está no calendário de imunização, é uma forma de proteção;

– Evite contato com pessoas que foram diagnosticadas com tuberculose ativa e não estão em tratamento;

– E, por último, mantenha hábitos de vida saudáveis.

Da Redação, com Assessorias

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