Um esporte que sonha em se tornar modalidade olímpica e vem conquistando timidamente mais adeptos no Brasil promete inúmeros benefícios para a saúde física e mental e também para a integração social. É o Teqball, uma modalidade esportiva baseada no futebol, similar ao futmesa. Segundo seus adeptos, a atividade – que requer uma mesa especialmente curvada, chamada de Mesa Teq – abrange todas as faixas etárias, promove o bem-estar e melhora o condicionamento físico.

A prática tem uma chance de se tornar mais popular com um evento mundial que acontece neste feriadão no Rio de Janeiro. Entre os dias sete e 10 de setembro, acontece o primeiro torneio internacional de Teqball da América Latina, o Teqball Tour. Os três primeiros dias do torneio acontecerão na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. No último dia, as areias da Praia de Copacabana, em frente ao Copacabana Palace, serão palco da grande final. A entrada é franca.

A principal diferença entre o Teqball e o futmesa é a mesa em que o esporte é praticado: ela precisa ser curva e específica (Foto: Divulgação)

De acordo com Fábio Menusso, educador físico e diretor de Expansão do Teqball no Brasil, além de trabalhar bastante com o corpo, aprimorando o condicionamento do praticante e, consequentemente, potencializando o seu bem-estar, a atividade exercita a parte mental, pois suas regras exigem rápida tomada de decisão e constante concentração.

Para evitar lesões, segundo ele, é necessário fazer um bom aquecimento, que inclua alongamento, antes de iniciar o jogo. Além disso, o uso de tornozeleiras é recomendado para prevenir torções. “Contudo, é importante ressaltar que o esporte apresenta baixo índice de lesões devido ao fato de não haver contato físico entre os atletas e, também, por não haver toque junto à mesa”, destaca o especialista.

Vantagens do Teqball: perda de até 700 calorias em uma partida

Entre as muitas vantagens, segundo Menusso, a atividade promove uma intensa perda calórica. Ao praticá-la de maneira lúdica ou em treinos com uma hora de duração, é possível perder por volta de 500 calorias. Porém, durante um jogo profissional, a perda pode ser de até 700 calorias.

A modalidade é, ao mesmo tempo, aeróbica e anaeróbica, pois trabalha bastante o sistema cardiovascular do praticante. Mas, também, exige força, explosão muscular, flexibilidade e agilidade;

É benéfica para os grupos musculares das pernas e coxas, como panturrilha, quadríceps, isquiotibiais, dentre outros. A região do pescoço e da nuca, trapézio e Esternocleidomastóide (ECM), por exemplo, também são bastante trabalhadas devido aos inúmeros movimentos defensivos e de ataque com a cabeça;

É vantajoso para crianças, uma vez que potencializa a aptidão física, melhora a coordenação e o equilíbrio.

Ainda desenvolve habilidades sociais através da interação, além de ser uma maneira divertida de permanecer ativo.

Um dos diferenciais do Teqball é a capacidade de reunir uma grande gama de possíveis atletas que queiram praticá-lo de maneira lúdica ou em alta performance

Na questão de gênero, a competição abre espaço para todos, dado que possui categorias masculinas, femininas e, também, mistas

Em relação à faixa etária, não é diferente. Praticantes de diferentes idades são bem-vindos.

Confira ao vivo o torneio Tecball Tour Rio de Janeiro

Luta para se tornar esporte olímpico

Criado em 2014, na Hungria, pelos entusiastas Gábor Borsányi e Viktor Huszár, o Teqball é um dos esportes que mais crescem no mundo. Representado pela Federação Internacional de Teqball (Fiteq), atualmente possui mais de um milhão de jogadores e federações nacionais em mais de 150 países, incluindo o Brasil.

Por aqui, o esporte já tem praticantes famosos, alguns deles já foram campeões mundiais pela modalidade, e estarão presentes no evento no Rio de Janeiro, como Natalia Guitler, Raffaella Fontes, Ester Viana e Leonardo Lindoso. Fábio Menusso também fala sobre o processo de tornar a modalidade olímpica.

“Nós, da Fiteq, estamos aguardando o reconhecimento do COI, o Comitê Olímpico Internacional. Esse é o primeiro passo. Somos o desporto mais jovem a chegar aos Jogos Europeus, que são as Olimpíadas Europeias, bem como aos Jogos Africanos de Praia. Estamos no caminho. Nossa meta são os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles (EUA)”, ressaltou.

Ele reconhece que o processo não é simples, mas a modalidade está cumprindo cada etapa necessária de forma rígida. “Precisamos do reconhecimento dos comitês olímpicos continentais. Até o momento, o Teqball já é reconhecido pelos comitês asiáticos e africanos. Atualmente, o COI está aberto a novas modalidades, o que pode nos favorecer”, explica Fábio Menusso.

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