Três das doenças que mais matam a população carioca e fluminense vão ganhar atenção especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Um grupo de deputados estaduais instalou nesta terça-feira (15) a rente Parlamentar de Combate e Prevenção à Tubercule, HIV e Diabetes, que irá debater e propor a elaboração de políticas públicas de combate e prevenção às doenças.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Rio de Janeiro tem o maior índice de mortes relacionadas à tuberculose em todo o país, com um coeficiente de cinco óbitos por 100 mil habitantes. Em relação aos casos, o estado registrou uma taxa de incidência de 68,6 casos a cada 100 mil habitantes, a terceira maior do país. Atrás apenas do Amazonas e de Roraima, em 2022, o RJ registrou 17.373 casos totais de tuberculose, sendo 13.642 novos adoecimentos, com 807 óbitos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.

Já no caso da diabetes, o Estado do Rio é o segundo com o maior percentual de adultos que referiram diagnóstico médico da doença, chegando a 10,9%. Em relação à mortalidade, o RJ também é o segundo maior percentual da Região Sudeste, com 26,4 casos a cada 100 mil habitantes, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com os dados do MS, as taxas de incidência e mortalidade do HIV também são altas. Em 2021, quando analisadas a mortalidade por UFs, 13 apresentaram coeficiente padronizado superior ao nacional, que foi de 4,2 óbitos por 100 mil habitantes. O Rio de Janeiro (6,3) é uma delas, sendo o quarto estado com maiores taxas no Brasil. Nas taxas de incidência, o Rio ficou na sexta pior posição, com 24 casos de 100 mil habitantes.

Segundo o Portal ViDA & Ação apurou junto aos Indicadores de Aids por estado, do MS, desde 1980, quando foi registrado o primeiro caso de Aids no Brasil, até junho de 2022, um total de 141.368 pessoas no Estado do Rio já foram contaminadas pelo HIV, sendo 14.614 mulheres grávidas, que podem transmitir o vírus para seus filhos. Até o final de 2021, foram registradas 43.937 mortes pela doença, sendo 1.361 no último ano.

Em todo o país, até junho de 2022, foram detectados 1.088.536 casos de aids. Somente em 2021, mais de 11 mil óbitos foram registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) em decorrência do agravo, com uma taxa de mortalidade padronizada de 4,2 óbitos por 100 mil habitantes, índice que sofreu decréscimo de 26,4% entre 2014 e 2021.

Doenças atingem populações mais vulneráveis do estado

Os deputados Luiz Paulo (PSD), Martha Rocha (PDT) e Tande Vieira (PP) compõem frente da Alerj para combate à tuberculose, HIV e diabetes (Foto: Thiago Lontra)

A reunião de instalação da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção à Tubercule, HIV e Diabetes aconteceu na sede do Parlamento, onde os integrantes do colegiado elegeram a deputada Martha Rocha (PDT) como coordenadora do grupo e os deputados Tande Vieira (PP) como vice-coordenador e Luiz Paulo (PSD) para secretário-geral.

Na reunião, os parlamentares destacaram que a Frente foi concebida de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, e que as três doenças atingem, na maioria das vezes, a população mais vulnerável do estado. Por isso, as ações serão multidisciplinares e não envolverão apenas a Secretaria Estadual de Saúde, mas também as Secretarias de Assistência Social, Direitos Humanos, Habitação, entre outras.

“Nós iniciamos essa Frente fazendo um grande diagnóstico do tema, queremos ouvir os órgãos competentes referentes às doenças e vamos verificar onde a Assembleia Legislativa pode contribuir para a erradicação da Tuberculose, HIV e diabetes no estado,” pontuou a coordenadora do colegiado, Martha Rocha.

Com informações da Alerj

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