O Estado do Rio de Janeiro começou a distribuir doses da vacina de reforço bivalente contra a covid-19. Nessa primeira leva, cuja distribuição começou dia 23, são 243.360 doses do imunizante, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Inicialmente, o público-alvo dessa vacina são pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 70 anos e pessoas com deficiência. A previsão é de que a vacinação comece na segunda-feira (27), de acordo com calendário do Ministério da Saúde.
“A Secretaria de Estado está enviando para todos os municípios as doses dessa vacina atualizada, que já vai pegar as novas variantes, como a Ômicron”, explicou o secretário Doutor Luizinho. “Vamos vacinar todos contra a covid-19 a partir de segunda-feira, paulatinamente, a partir dos maiores de 70 e assim vai sucessivamente, com gestantes, depois com pessoas com mais de 60 anos, indígenas, trabalhadores de saúde. Vamos informando à nossa população a data e disponibilidade de vacinas.”
De acordo com o governo estadual, o reforço com a vacina bivalente pode ser tomado quatro meses depois da última dose de reforço ou da segunda dose do esquema com vacinas monovalentes.
Dados da Secretaria mostram que, entre os idosos com 70 anos ou mais, 81% receberam a primeira dose de reforço, mas apenas 55% voltaram para a segunda dose de reforço. Do total da população do estado, 13,12 milhões tomaram as duas primeiras doses da vacina, mas dentre esses, 5,64 milhões não voltaram aos postos para tomar as doses de reforço.
Cidade do Rio divulga calendário de vacinação da bivalente
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) inicia nesta segunda-feira, dia 27, a aplicação da vacina bivalente em grupos prioritários. Seguindo a orientação do Ministério da Saúde, a vacinação será feita de forma escalonada e por etapas. A primeira fase contemplará pessoas com 70 anos ou mais e pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos, que serão vacinadas de acordo com a faixa etária:
Dia 27/02 – Idosos com 85 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 60 ou mais
Dia 28/02 – Idosos com 80 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 50 ou mais
Dia 01/03 – Idosos com 75 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 40 ou mais
Dia 02/03 – Idosos com 72 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 30 ou mais
Dia 03/03 – Idosos com 70 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 20 ou mais
Dia 04/03 – Idosos com 70 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 12 ou mais
A primeira fase contemplará ainda usuários e funcionários de instituições de longa permanência para idosos (ILPI), e pessoas com deficiência, indígenas e quilombolas com 12 anos ou mais.
Importante destacar que a vacina é recomendada como dose de reforço para esses indivíduos, devidamente vacinados com pelo menos duas doses de vacina monovalente (esquema primário completo) e que tenham tomado a última dose há pelo menos quatro meses.
Para o grupo de idosos, basta apresentar documento de identificação e o comprovante de vacinação (se disponível). Já os imunocomprometidos (transplantados; pessoas com HIV; pacientes com doença renal crônica em hemodiálise; pacientes oncológicos; entre outros) deverão apresentar o comprovante da sua condição, que pode ser o cadastro da sua unidade de referência ou documento assinado e carimbado, como laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, além de CPF ou CNS do usuário.
A vacina estará disponível nas 237 unidades de atenção primária (clínicas da família e centros municipais de saúde), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h.
Confira a lista de imunocomprometidos:
Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
Pessoas vivendo com HIV (PVHIV);
Pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de corticoides em doses 120 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por 14 dias;
Crianças: doses de prednisona, ou equivalente, 2 mg/Kg/dia por mais de 14 dias até l0 Kg;
Pessoas em uso de imunossupressores e/ou imunobiológicos que levam à imunossupressão. Pessoas com erros inatos de imunidade (imunodeficiências primárias);
Pessoas com doença renal crônica em hemodiálise;
Pacientes oncológicos que realizam tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses;
Pessoas com neoplasias hematológicas.
Anvisa analisa uso emergencial de vacina mais eficiente contra Ômicron
Um pedido de Autorização de Uso Emergencial para a versão da vacina bivalente contra a covid-19, desenvolvida pelo laboratório farmacêutico Moderna e comercializada pela Adium, foi apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na sexta-feira (17).
Segundo a Anvisa, a vacina bivalente contém uma mistura de cepas do vírus SARS-Cov-2 e promete conferir maior proteção à variante Ômicron, quando comparada com vacinas monovalentes. Por sua transmissibilidade, observa a agência, a variante Ômicron causa preocupação às autoridades sanitárias do país.
A Adium havia apresentado o pedido de registro da vacina, em janeiro. “Este pedido se encontra em análise pela equipe técnica da Anvisa. Porém, a empresa decidiu protocolar a Autorização de Uso Emergencial, paralelamente ao pedido do registro, de acordo com a manifestação favorável do Ministério da Saúde, conforme previsto no parágrafo único do Art. 1º da Resolução (RDC) 688, de 13 de maio de 2022″, explicou a agência, em nota.
Uma vez recebido o pedido de Autorização de Uso Emergencial, a Anvisa tem 30 dias para concluir sua avaliação. Esse prazo é interrompido sempre que for necessário solicitar à empresa a complementação de informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, de eficácia e de segurança apresentados.
Da Agência Brasil