Mais de 56 toneladas de itens de cesta básica prioritários, como arroz, feijão, fubá, açúcar, óleo de cozinha, leite em pó e sabonetes, já foram arrecadados desde que começou a campanha Rio Contra a Fome, realizada nos postos de vacinação contra a Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro.
Mesmo com a queda nas arrecadações da Rio Contra a Fome no segundo mês de campanha, a população da Zona Sul e Tijuca foi responsável por 37% das 10 toneladas de alimentos doadas em maio. O bairro de Botafogo foi o campeão de doações da Rio Contra a Fome em maio, com 810 kg, seguido por Gávea (651 kg) e Centro (648 kg) no pódio da solidariedade.
A Zona Oeste surpreendeu também marcando presença na lista dos campeões de doações, com Campo Grande em 5º lugar e Realengo e Guaratiba, figurando na 9ª e 10ª colocações, respectivamente. Tomás Coelho foi destaque na menor quantidade de doações: apenas 3kg em todo o bairro. Seguido de perto por Vila Aliança e Mangueira, que juntos não somam nem 10kg de alimentos.
A menor arrecadação nesses bairros se explica pela baixa renda per capita, é mais difícil ter para doar em locais de maior vulnerabilidade. Um dos principais desafios logísticos que a Rio Contra a Fome dá conta é fazer com que os alimentos cheguem a todos os lugares, já que as áreas de maior poder socioeconômico da cidade e as que recebem mais doações geralmente são distantes de onde habita a população que necessita.
A Secretaria Especial da Juventude Carioca (JUVRio) está à frente da campanha, em parceria com as secretarias de Saúde (SMS), Ação Comunitária (SEAC), Esportes (SMEL) e Assistência Social (SMAS). Saiba mais aqui. Salvino Oliveira, secretário da JUVRio, convoca a população a continuar contribuindo para a Rio Contra a Fome, levando suas doações na hora da vacinação.
Todos os pontos municipais de vacinação continuam recebendo as doações para a campanha em junho. A população carioca mostrou que a corrente de solidariedade pode ajudar muita gente, contamos com as doações para continuar colocando comida na mesa de quem mais precisa no momento”, disse ele.
Campanha solidária contra a fome troca alimentos por livros
“Quem tem fome, tem pressa”, já dizia Betinho. Em tempos de pandemia, carências se evidenciam ainda mais. Pensando nisto, o Instituto Incluir associou inclusão e cultura à solidariedade e criou – em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, a Escola de Cultura e o RioSolidário – a Campanha Literatura Acessível Contra a Fome, lançada no Palácio Guanabara nesta quinta-feira, 24.
A iniciativa prevê a troca de dois quilos de alimentos não perecíveis por um dos livros da série Literatura Acessível. Nas obras, escritas pela psicóloga e empreendedora Carina Alves, presidente do Instituto Incluir, os protagonistas, fictícios, têm algum tipo de deficiência e ensinam, de forma lúdica, a importância da inclusão. O lema da campanha é “uma criança com um livro na mão, e uma família com alimento no prato”: “É preciso que a sociedade civil e o terceiro setor deem as mãos ao poder público para ajudar em um momento tão difícil como o que vivemos”, diz Carina.
O objetivo da campanha é arrecadar uma tonelada de alimentos a serem trocados por 500 exemplares do Literatura Acessível. Os donativos devem ser levados à sede da ONG RIoSolidário, no endereço Travessa Eurícles de Mattos, 17, Laranjeiras; ao Liceu de Artes e Ofícios, na Rua Frederico Silva, 86, Praça XI, Centro; e à Biblioteca Parque do Estado, na Avenida Presidente Vargas, 1.261, Centro.
Os livros doados pelo Literatura Acessível serão convertidos em alimentos na sede da Escola de Cultura, que cuidará da criação das cestas básicas e das entregas dos donativos a pessoas em situação de vulnerabilidade. O projeto é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, produzido pela Burburinho Cultural e tem patrocínio da NTS e do Ministério do Turismo.
Com Assessorias