Ao lado do icônico personagem Zé Gotinha, símbolo da vacinação no país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu o pontapé inicial nesta segunda-feira (27) em uma ampla campanha para intensificar a vacinação contra a Covid-19, responsável pela morte de 698.056 pessoas no Brasil e quase 7 milhões de mortes no mundo.
Ao contrário de seu antecessor, Jair Bolsonaro, que negava os benefícios das vacinas e se recusava a ser imunizado contra a Covid-19 em plena pandemia, chegando até a decretar segredo em torno da sua caderneta de vacinação, Lula recebeu publicamente uma dose do imunizante, aplicada pelo seu vice, Geraldo Alckmin, que também é médico.
A nova estratégia utiliza as chamadas vacinas bivalentes, uma evolução dos imunizantes com maior capacidade de combater a efetividade do Sars-Cov2 e as novas subvariantes da ômicron. A ação faz parte do Movimento Nacional pela Vacinação, com o objetivo de retomar as altas coberturas vacinais do Brasil.
Com a mensagem “Vacina é vida. Vacina é para todos”, a mobilização inclui outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação em várias etapas. Essa ação é uma das prioridades do governo federal para reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país.
Lula parabenizou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, por sua trajetória como presidente da Fiocruz, e lembrou que o Brasil já foi o país campeão mundial de vacinação. Ele pediu para a sociedade brasileira não acreditar no negacionismo.
“Agora nós temos uma ministra da Saúde preocupada com a saúde nesse país. A nossa ministra Nísia Trindade, que era presidenta da Fiocruz, foi convidada por mim para ser ministra porque o histórico dela fazia com que acreditássemos no compromisso, no caráter e no conhecimento dela para cuidar da saúde do povo mais pobre desse país. O Brasil era o país mais respeitado no mundo pela sua capacidade e qualidade das nossas enfermeiras e enfermeiros”.
O presidente também destacou a importância da vacinação contra a paralisia infantil, caxumba, sarampo e lembrou a imunização contra a Gripe H1N1, em 2010, nos governos do PT, quando em três meses o país vacinou 80 milhões de pessoas: “Muito mais do que o que foi vacinado nos dois anos de pandemia da Covid-19”.
“Hoje, não é um gesto apenas para dizer que vamos ter vacina para todas as pessoas. Vamos ter vacinas em nossos postos espalhados pelo país inteiro. Não acreditem no negacionismo. É importante garantirmos a vacinação para evitarmos desgraças maiores na vida da gente. Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um gesto de responsabilidade e garantias para a sua família. A vacina é garantia de vida, é ser solidário, é gostar e preservar a vida”.
Saiba quem são os primeiros a receber vacina bivalente
Durante a solenidade, pessoas idosas também receberam a vacina de reforço bivalente contra a Covid-19. Na primeira etapa, a vacinação será com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. De acordo com o cronograma do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, a vacinação com as doses bivalentes começa por grupos prioritários.
Os primeiros a ser imunizados são idosos acima de 70 anos; pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos, funcionários e pessoas a partir de 12 anos que vivem em instituições de longa permanência (ILP); indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Cerca de 18 milhões de brasileiros fazem parte desse grupo e o Ministério da Saúde já distribuiu cerca de 19 milhões de doses de vacinas Covid-19 para todos os estados e Distrito Federal.
Em seguida, conforme o avanço da campanha e o cronograma de entrega de doses, outros grupos serão vacinados, como as pessoas entre 60 e 69 anos, as pessoas com deficiência permanente, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas e a população privada de liberdade. Esses grupos precisam ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.
Intervalo de quatro meses desde a última dose
Para quem faz parte do público-alvo, é necessário ter completado o ciclo vacinal para receber a dose de reforço bivalente contra a Covid-19, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose recebida. Já quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso, pode procurar uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo que não esteja no grupo prioritário.
A pasta segue em tratativas para garantir as entregas de vacinas dos laboratórios fabricantes, diante do desabastecimento deixado pela gestão passada. Novos envios de doses ocorrerão gradualmente, conforme o avanço da vacinação no público-alvo planejado. Os estados e municípios que completaram a imunização de determinado público prioritário e tiverem disponibilidade de doses, poderão avançar na vacinação para os próximos grupos.
Na segunda etapa, prevista a partir de março, o reforço da vacinação contra Covid-19 será focado em toda população acima de 12 anos e para as crianças e adolescentes. Já em abril, começa a quarta etapa com campanha da Influenza e a partir de maio, a quinta etapa terá chamamento para atualização de caderneta de vacinação com as vacinas de todo o Calendário Nacional de Vacinação, com ações nas escolas de todo país.
Asbai apoia campanha nacional de vacinação
Em nota, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) – uma das principais referências no tema imunização no país – comunicou seu apoio à nova campanha destacando a importância da vacinação iniciada no Brasil em janeiro de 2021 como “forma inegável a diminuição de internações e óbitos pela doença”.
“A Asbai ressalta a importância da vacinação básica contra a Covid-19, assim como os reforços indicados para cada faixa etária e comorbidade, para que não haja o risco do aumento do número de casos e internações pela infecção em nosso país”.
A entidade também defendeu o emprego das vacinas bivalentes, lembrando que as vacinas monovalentes utilizadas desde 2020 tinham maior efetividade no início da campanha vacinal contra Covid-19.
“As mutações ocorridas no vírus original, para o qual as vacinas foram inicialmente desenhadas, levaram ao surgimento das variantes do vírus e consequente diminuição da efetividade vacinal contra a infecção e hospitalização associada à doença”, diz a nota.
De acordo com a Asbai, “estudos de imunogenicidade e de efetividade demonstram que o uso de doses de reforço com vacinas Covid-19 bivalentes proporciona significante aumento nos títulos de anticorpos neutralizantes e proteção adicional contra infecção sintomática pelo SARS-CoV-2 em um cenário epidemiológico de predominância da variante Ômicron”.
A Asbai lembra que o uso das vacinas bivalentes, no momento, está indicado para as pessoas que já têm o esquema vacinal primário completo com no mínimo duas doses de vacinas monovalentes. O intervalo para doses de reforço com vacinas bivalentes será a partir de 4 meses da última dose de reforço ou da última dose do esquema primário (básico) com vacinas monovalentes. A Asbai também esclareceu sobre contraindicações.
“Não há contraindicação à vacinação Covid-19 dos pacientes portadores de doenças alérgicas, lembrando que as vacinas Covid-19 não contêm proteínas do ovo ou do leite. A contraindicação à vacinação é somente para os pacientes com história de reação de hipersensibilidade ao princípio ativo ou aos excipientes da vacina e história de anafilaxia confirmada à uma dose anterior de determinada vacina”, diz a nota (veja abaixo na íntegra).
Melhor resposta imunológica para a ômicron
Aprovadas no dia 22 de novembro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial, as vacinas bivalentes estão indicadas para dose de reforço na população de 12 anos de idade ou mais. Nos estudos clínicos, as vacinas bivalentes demonstraram resposta imunológica robusta para as variantes Ômicron em circulação (BA.1 e BA.4/BA.5), e para outras variantes de preocupação, incluindo o vírus original, e as novas sublinhagens atualmente em circulação.
Assim como a vacina original, elas mantêm um bom perfil de segurança e tolerabilidade. As vacinas bivalentes contra a Covid-19 virão com uma tampa com coloração diferente – cor cinza, para ajudar na diferenciação frente às outras apresentações do produto. Outra novidade é que essas versões do imunizante não precisam de diluição para aplicação.
“Estamos em um novo momento da pandemia, que segue em curso em todo o mundo, com mutações constantes do vírus e aumento de casos pelas novas variantes de preocupação. Diante disso, enfatizamos a importância de manter o esquema vacinal atualizado, incluindo as doses de reforço”, diz Adriana Polycarpo Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil.
Vale ressaltar que a vacina monovalente original segue disponível para uso imediato nos postos de saúde e continua sendo importante instrumento no combate à Covid-19, seja como esquema primário, assim como dose de reforço. Até dezembro, a Pfizer distribuiu mais de 3,9 bilhões de doses da vacina ComiRNAty para cerca de 181 países e mais de 261 milhões de doses ao Brasil.
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Vacinação no Rio começa com pessoas de 85 anos ou mais
Seguindo a orientação do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) inicia nesta segunda-feira, dia 27, a aplicação da vacina bivalente em grupos prioritários. A vacinação será feita de forma escalonada e por etapas nas 237 unidades de atenção primária (clínicas da família e centros municipais de saúde), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h.
A primeira fase contemplará pessoas com 70 anos ou mais e pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos, que serão vacinadas de forma escalonada por faixa etária decrescente. Nesta segunda-feira, será a vez dos idosos com 85 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 60 ou mais receberem o imunizante.
Também serão contemplados, nesta primeira etapa, residentes e funcionários de instituições de longa permanência para idosos, pessoas com deficiência institucionalizadas, e indígenas e quilombolas com 12 anos ou mais. A vacina bivalente será usada como dose de reforço para quem já completou o esquema primário e tomou a última dose há pelo menos quatro meses.
Dia 27/02 – Idosos com 85 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 60 ou mais
Dia 28/02 – Idosos com 80 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 50 ou mais
Dia 01/03 – Idosos com 75 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 40 ou mais
Dia 02/03 – Idosos com 72 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 30 ou mais
Dia 03/03 – Idosos com 70 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 20 ou mais
Dia 04/03 – Idosos com 70 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 12 ou mais
A primeira fase contemplará ainda usuários e funcionários de instituições de longa permanência para idosos (ILPI), e pessoas com deficiência, indígenas e quilombolas com 12 anos ou mais.
Importante destacar que a vacina é recomendada como dose de reforço para esses indivíduos, devidamente vacinados com pelo menos duas doses de vacina monovalente (esquema primário completo) e que tenham tomado a última dose há pelo menos quatro meses.
Para o grupo de idosos, basta apresentar documento de identificação e o comprovante de vacinação (se disponível). Já os imunocomprometidos (transplantados; pessoas com HIV; pacientes com doença renal crônica em hemodiálise; pacientes oncológicos; entre outros) deverão apresentar o comprovante da sua condição, que pode ser o cadastro da sua unidade de referência ou documento assinado e carimbado, como laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, além de CPF ou CNS do usuário.
Lista de imunocomprometidos:
Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
Pessoas vivendo com HIV (PVHIV);
Pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de corticoides em doses 120 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por 14 dias;
Crianças: doses de prednisona, ou equivalente, 2 mg/Kg/dia por mais de 14 dias até l0 Kg;
Pessoas em uso de imunossupressores e/ou imunobiológicos que levam à imunossupressão. Pessoas com erros inatos de imunidade (imunodeficiências primárias);
Pessoas com doença renal crônica em hemodiálise;
Pacientes oncológicos que realizam tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses;
Pessoas com neoplasias hematológicas.
Estado do Rio recebeu 243 mil doses da vacina bivalente
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) iniciou na última quinta-feira (23/02), a distribuição das doses da vacina de reforço bivalente da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 para os municípios. Serão distribuídas 243.360 doses, referentes à primeira remessa do Ministério da Saúde. para distribuir para 92 municípios
“Entramos agora numa nova fase da campanha de vacinação. As vacinas bivalentes são atualizadas e protegem contra o vírus original e suas variantes, incluindo a ômicron. Por isso, é muito importante que todos recebam uma nova dose desta vacina este ano”, ressalta o secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Doutor Luizinho.
Neste primeiro momento, as doses serão destinadas a pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 70 anos e pessoas com deficiência. Os imunizantes serão retirados pelos 92 municípios, conforme agendamento, na Central Estadual de Armazenagem (CGA) da SES-RJ, em Niterói.
De acordo com dados registrados no Painel Covid, da SES-RJ, 849.229 pessoas que receberam a primeira dose da vacinação contra Covid-19 não retornaram para tomar a segunda dose. Entre as que completaram o esquema vacinal primário com as duas doses, 5.643.921 não retornaram para tomar a dose de reforço. Os dados apontam ainda que, entre os idosos com 70 anos ou mais, 81% receberam a primeira dose de reforço, mas apenas 55% voltaram para a segunda dose de reforço.
Vacina é vida. Vacina é para todos’
Para atingir a meta de 90% de cobertura vacinal em todos os grupos, o Ministério da Saúde está reconstruindo a relação plena com as sociedades científicas e o diálogo com estados e municípios em uma lógica interfederativa na tomada de decisões. Os índices vacinais sofreram quedas drásticas nos últimos anos, agravadas com a falta de incentivo e campanhas do governo passado.
O Brasil, considerado um país pioneiro e referência internacional em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo e praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta, o que aumenta o risco de reintrodução de doenças que já foram eliminadas, como a poliomielite.
“É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, o comprometimento e união da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. O objetivo é esclarecer a população sobre a importância, eficácia e segurança das vacinas e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas, além da reintrodução de vírus já erradicados no Brasil”, destaca o Ministério da Saúde, em nota.
Confira a nota da Asbai na íntegra:
Estratégia de vacinação contra a Covid-19 com a vacina Pfizer-BioNTech bivalente
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) vem a público dar apoio à nova estratégia de intensificação da vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde que inicia hoje, 27/02/2023, conforme publicado no Informe Técnico Operacional de Vacinação
A pandemia de Covid-19, segundo dados da Organização Mundial de Saúde é responsável pela morte de 698.056 pessoas no Brasil e quase 7 milhões de mortes no mundo. Com a vacinação iniciada no Brasil em janeiro de 2021 observamos de forma inegável a diminuição de internações e óbitos pela doença.
As vacinas monovalentes utilizadas desde 2020 tinham maior efetividade no início da campanha vacinal contra Covid-19. As mutações ocorridas no vírus original, para o qual as vacinas foram inicialmente desenhadas, levaram ao surgimento das variantes do vírus e consequente diminuição da efetividade vacinal contra a infecção e hospitalização associada à doença.
Estudos de imunogenicidade e de efetividade demonstram que o uso de doses de reforço com vacinas Covid-19 bivalentes proporciona significante aumento nos títulos de anticorpos neutralizantes e proteção adicional contra infecção sintomática pelo SARS-CoV-2 em um cenário epidemiológico de predominância da variante Ômicron.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 22 de novembro de 2022, autorizou de forma temporária e emergencial as formulações bivalentes da vacina BNT162b2 (PfizerBioNTech) Covid-19. As vacinas bivalentes incluem RNAm que codifica a proteína spike da cepa original (ancestral) de SARS-CoV-2 e da B.1.1.529 (Ômicron) e variantes BA.4 e BA.5, sendo autorizadas no Brasil para uso como dose de reforço em pessoas com 12 anos ou mais de idade.
A vacinação dos grupos prioritários tem a recomendação de uso por fases pela disponibilidade das vacinas, seguindo o cronograma:
Fase 1: pessoas ≥ 70 anos; pessoas a partir de 12 anos imunocomprometidos; comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas e vivendo em instituições de longa permanência (ILP);
Fase 2: pessoas de 60 a 69 anos de idade;
Fase 3: Gestantes e puérperas;
Fase 4: Trabalhadores da saúde;
Fase 5: Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos); população privada de liberdade (a partir de 18 anos); adolescentes cumprindo medidas socioeducativas (menores de 18 anos) e funcionários do sistema de privação de liberdade.1
São considerados imunocomprometidos elegíveis para a dose de reforço com a vacina bivalente:
1. Pessoas transplantadas de células tronco hematopoiéticas ou de órgão sólido;
2. Pessoas com erros inatos da imunidade;
3. Pessoas em uso de imunossupressores e/ou de imunobiológicos que levam à imunossupressão;
4. Pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas e em uso de corticoterapia em dose imunossupressora;
5. Pessoas com neoplasias hematológicas e pacientes oncológicos que realizaram quimio ou radioterapia nos últimos 6 meses;
6. Pessoas vivendo com HIV (PVHIV) e
7. Pessoas com doença renal crônica em hemodiálise.
É importante lembrar que o uso das vacinas bivalentes, no momento, está indicado para as pessoas que já têm o esquema vacinal primário completo com no mínimo duas doses de vacinas monovalentes.
O intervalo para doses de reforço com vacinas bivalentes será a partir de 4 meses da última dose de reforço ou da última dose do esquema primário com vacinas monovalentes.
Não há contraindicação à vacinação Covid-19 dos pacientes portadores de doenças alérgicas, lembrando que as vacinas Covid-19 não contêm proteínas do ovo ou do leite.
A contraindicação à vacinação é somente para os pacientes com história de reação de hipersensibilidade ao princípio ativo ou aos excipientes da vacina e história de anafilaxia confirmada à uma dose anterior de determinada vacina.Concluindo, a ASBAI ressalta a importância da vacinação básica contra a Covid-19, assim como os reforços indicados para cada faixa etária e comorbidade, para que não haja o risco do aumento do número de casos e internações pela infecção em nosso país.
Departamento Científico de Imunizações ASBAI
Referências
1- Informe Técnico Operacional de Vacinação contra a covid-19 – MS/SVS/DIMU — 15/02/2023. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-
2- https://covid19.who.int . Acesso em 26 de fevereiro de 2023.
3- Rosenblum HG, Wallace M, Godfrey M, et al. Interim Recommendations from the Advisory Committee on Immunization Practices for the Use of Bivalent Booster Doses of COVID-19 Vaccines — United States, October 2022. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2022; 71:1436–1441. DOI: http://dx.doi.org/10.15585/
4- Link-Gelles R, Ciesla AA, Fleming-Dutra KE, et al. Effectiveness of Bivalent mRNA Vaccines in Preventing Symptomatic SARS-CoV-2 Infection — Increasing Community Access to Testing Program, United States, September–November 2022. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2022; 71:1526–1530. DOI: http://dx.doi.org/10.15585/
5- Winokur P, Gayed J, Fitz‑Patrick D, Thomas SJ, Diya O, Lockhart S, et al. Bivalent Omicron BA.1–Adapted BNT162b2 Booster in Adults Older than 55 Years. N Engl J Med 2023; 388:214-27. DOI: 10.1056/NEJMoa2213082
- Com Assessorias