O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade. Essa classificação fica constatada pelos dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) que demonstram que 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Mas o que acontece no organismo com o passar dos anos que torna a idade um fator de risco?

Segundo o urologista Sandro Nassar, do Hospital Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, a alta taxa de incidência está relacionada ao envelhecimento do tecido e ao processo de reparo dele. Na prática, com o avançar da idade, o reparo celular começa a ser feito de uma maneira não tão eficiente quanto na juventude e eleva as chances de surgirem células que não possuem controle da sua multiplicação. Chamadas de células tumorais, são elas as responsáveis pelo desenvolvimento do câncer de próstata.

Nassar, no entanto, lembra que a idade não é uma sentença e que existem outros fatores de risco que podem predispor ao tumor.

“Sabemos que o envelhecimento é um deles, mas não o único. Ainda existe a genética e a predisposição da população negra. Além disso, é importante salientar que a idade não define a gravidade do câncer. É possível que homens mais velhos convivam com a doença e não morram por conta dela. Mas para ter ciência do grau do desenvolvimento, é necessário e indispensável acompanhamento profissional”, lembra o especialista.

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O alerta dado pelo médico refere-se à diferença de tratamento, conforme o tipo de tumor. Para os casos mais complexos, é necessária intervenção rápida; já para os chamados casos indolentes, por vezes, apenas o acompanhamento é necessário. “O câncer de próstata tende a ter um crescimento lento e que dificilmente será a causa da morte do paciente. Por isso, nem sempre cirurgia ou mesmo outros métodos como quimioterapia são indicados. Mas o cenário muda quando o câncer é agressivo, aí é preciso buscar o melhor procedimento”, elenca.

A descoberta da doença é feita pelo Antígeno Prostático Específico, o PSA, que é colhido em um exame de sangue simples, e pelo exame de toque em alguns casos. Nassar reforça a importância da realização dos exames a partir dos 50 anos a homens que não possuem histórico de câncer na família por ser o método mais eficaz de diagnóstico precoce. “O câncer de próstata é assintomático em seu início e por isso é preciso manter essa rotina de exames e acompanhamento médico para evitar a detecção avançada”, finaliza.

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