O número crescente de novos infectados pelo vírus HIV chama atenção das entidades de saúde. A boa notícia é que desde 2013, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV), independentemente da carga viral, tornando o país uma referência mundial no assunto.

“Os antirretrovirais interrompem o ciclo de replicação do HIV em pacientes aderentes. Com a disponibilização de medicações cada vez mais eficazes e toleráveis, a doença deixou de ser terminal e tornou-se crônica”, explica a médica infectologista Karla Katrinne, do Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (Cejam).

De acordo com ela, uma pessoa com a carga viral controlada pode ter uma vida saudável e com qualidade. No SUS, o tratamento é realizado pelo Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids. São disponibilizadas consultas médicas, de enfermagem e psicológicas, além de serviço social, coleta de exames, medicamentos antirretrovirais (TARV), preservativos e testagem para HIV e outras DST’s.

Segundo ela, a transmissão do HIV ocorre por meio de relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas, materiais perfuro cortantes contaminados e não esterilizados, assim como através da transmissão vertical durante a gravidez, parto e/ou amamentação, quando não tomadas às devidas medidas de prevenção.

A especialista destaca a importância das ações de prevenção devido ao número de novos casos em homens jovens e populações chaves, isto é, gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans, pessoas que fazem uso de álcool e outras drogas, pessoas privadas de liberdade e trabalhadores(as) sexuais.

“Esses números nos mostram que ainda se faz necessário trabalhar fortemente a conscientização da população através de campanhas como o Dezembro Vermelho, frisando a importância do uso de preservativo nas relações sexuais”, ressalta Karla.

Vale destacar que os sintomas causados pelo HIV são semelhantes a qualquer outra infecção viral. A médica explica que não há um sintoma definidor, por isso é recomendado que todas as pessoas que passaram por uma situação de risco (exposição sexual sem preservativo, compartilhamento de agulhas, etc.), realizem teste de triagem para HIV e demais IST’s, visando ao diagnóstico precoce e, consequentemente, a diminuição na transmissão.

Medidas básicas de prevenção a pessoas com HIV

Instituída pela Assembleia Mundial de Saúde em 1987, a data de 1º de dezembro é marcada como Dia Mundial de Combate à Aids e sensibiliza a população para o tema, reforçando a solidariedade, tolerância, compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas.

A especialista do CEJAM recomenda algumas medidas básicas de prevenção, que devem ser seguidas pelos portadores da doença:

• Realização do tratamento regular com antirretrovirais;

• Uso de preservativos durante as relações sexuais;

• Não compartilhar seringas, agulhas, alicates ou qualquer objeto perfuro cortantes;

• Utilização dos antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e não amamentar.

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