Com a chegada do verão algumas sentem a necessidade de se livrar dos quilinhos extras e às vezes adotam práticas alimentares radicais, como excluir totalmente determinados alimentos, exagerar nos exercícios físicos ou até usar medicamentos sem prescrição médica. Dietas milagrosas e fórmulas mágicas costumam ser as primeiras opções para quem deseja ter resultados rápidos e que de fato funcionam mas, não por muito tempo.

Medidas como essas, além de não serem eficazes a longo prazo, podem gerar sérios problemas de saúde. Segundo a nutricionista do 5S, Ivana Cobe, dietas radicais costumam restringir muitos alimentos para garantir a perda de peso rápida, causando um déficit de nutrientes essenciais para o funcionamento do nosso organismo. Além disso, se esforçar para emagrecer apenas para um período específico causa o famoso “efeito sanfona”.

Isso porque a pessoa estará focada em emagrecer para uma determinada época, fazendo todo tipo de esforço até atingir o resultado desejado. Depois que o alcança, volta aos velhos costumes e, consequentemente, ao antigo peso também”,  afirma a especialista em emagrecimento Edivana Poltronieri, do 5S Estilo de Vida Saudável.

A nutricionista Mayra Fiuza Silva (CRN3 32339), profissional cadastrada na plataforma Doutor123, separou dicas sobre as dietas que estão em alta, confira!

Dieta Low Carb

Como o próprio nome já diz, low (de baixo) e carb (de carboidrato), a dieta propõe reduzir a quantidade diária de carboidratos ingeridos e prioriza a alimentação baseada em vegetais e legumes, frutas com baixo teor de açúcar, oleaginosas e alimentos ricos em proteínas como carnes magras, leites desnatados e queijos brancos.

A proposta é reduzir o nível de insulina na corrente sanguínea, uma vez que as células se obrigam a liberar a gordura estocada para suprir a necessidade de energia, o que resulta na perda de peso logo nos primeiros dias. Com resultados rápidos, os adeptos tendem a ficar empolgados e optam por abolir definitivamente o carboidrato, o que não é recomendado. O ideal é adequar o consumo desse grupo alimentício e escolher boas fontes do nutriente. A low carb proporciona uma maior saciedade e os picos de fome são reduzidos.

Dieta Glúten Free

O Glúten é uma proteína presente naturalmente em diversos cereais, como cevada, trigo e centeio. Atualmente, cerca de 1% da população mundial possui a doença celíaca, ou seja, quando o glúten não é bem aceito pelo intestino e gera diversas reações como diarreia, gases e inchaço. Com a popularidade do assunto, muitas pessoas que não têm restrição à proteína decidiram bani-la com o intuito de emagrecer.

É preciso ter atenção e cautela, pois quando retiramos indiscriminadamente algo da nossa alimentação sem que tenhamos algum problema de saúde que justifique isso, podemos induzir nosso organismo a desenvolver patologias associadas à essa remoção. O próprio Conselho Regional de Nutricionistas (CRN3) emitiu o parecer técnico 10/2015 discorrendo sobre essa restrição do consumo de glúten como medida terapêutica.

Jejum intermitente

Como o próprio nome já diz, é um tipo de jejum que inicia e recomeça por intervalos, que são definidos de acordo com a necessidade e disponibilidade de cada pessoa. Os protocolos mais comuns da prática são: jejum de 12 horas, de 16 horas e de 18 horas. O objetivo é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura e resulte em perda de massa gorda. Apesar de simples, a estratégia exige cuidado, pois para iniciá-la, o indivíduo já deve fazer refeições saudáveis e balanceadas ou o processo ficará muito mais complicado e de fácil desistência.

Como qualquer outra mudança brusca na alimentação, o jejum intermitente também exige acompanhamento médico e não pode ser feito por qualquer pessoa. A dieta não é aconselhada para crianças, gestantes e idosos.

Lembre-se de sempre procurar um especialista antes de iniciar qualquer tipo de dieta, por mais simples que pareça. Cada indivíduo é único assim como seu organismo, então, nem sempre o que está na moda funciona para você.

Mudança de hábitos para toda a vida

A melhor maneira de conquistar o corpo ideal para a estação é focar na mudança de hábitos. “Assim, a pessoa aprenderá a viver um estilo de vida saudável e conquistará o resultado com saúde e de forma definitiva”, afirma Edivana.  Mas então, como conseguir chegar ao peso ideal e manter a saúde em dia? Confira outras dicas para estender o shape do Verão para toda a vida:

Escolha uma estratégia de emagrecimento

Não emagreça por conta própria com base no que lê na internet ou inspirado no processo de emagrecimento de outras pessoas. “Consulte um profissional da área antes de fazer dietas mirabolantes, exercícios físicos intensos e até utilizar medicamentos. Somente o profissional indicará a melhor estratégia para cada caso”, explica Edivana.

Mude sua relação com a comida!

Que a alimentação saudável e balanceada é essencial para a perda de peso, todo mundo sabe. Mas mais importante que isso é ressignificar a relação com a comida, prestando atenção no que está comendo e se perguntando o porquê ingerir cada alimento escolhido. “Desta forma, o paciente acaba criando uma consciência alimentar e aprende a fazer escolhas saudáveis independente da ocasião, pois sentirá prazer em comer bem”, ressalta a nutricionista Ivana.

Aposte no exercício físico

Não é segredo para ninguém que a combinação de uma boa alimentação com exercícios físicos garante não só o emagrecimento, como também uma vida saudável e mais leve. A prática de exercícios físicos gera propriedades no corpo que proporcionam hormônios relacionados ao bem-estar e felicidade, além de ajudar na queima de gordura, facilitando a perda de peso. “Opções de exercícios que façam suar como danças, corridas e exercícios aeróbicos são excelentes para quem quer perder quilos e ter mais qualidade de vida”, indica a especialista em emagrecimento.

Não desista!

Todo começo é difícil. Acostumar a mente com as novas escolhas alimentarem pode parecer impossível, mas é importante não desistir. Um estudo de Jane Wardle, do University College de Londres, publicado no European Journal of Social Psychology, afirma que são necessários 66 dias para transformar uma atividade em algo automático. “Continue firme! Quanto mais vezes um comportamento positivo é repetido, mais o cérebro entende a nova ‘programação’ e passa a substituir antigos hábitos nocivos”, finaliza Edivana.
Com Assessorias
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