O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, oficializou, nesta quinta-feira (18), o Novo Hospital Universitário dos Servidores do Estado, localizado no Rio de Janeiro (RJ). Para isso, assinou a fusão do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).  A iniciativa também prevê a descentralização da gestão e dos serviços de saúde para a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Juntos, eles poderão oferecer mais atendimentos especializados, ampliar o número de leitos, promover melhorias na estrutura física, com equipamentos mais modernos, além de garantir uma assistência mais ágil e qualificada à população. Com localização estratégica, o HFSE e o HUGG desempenham papel relevante no atendimento à saúde da população da cidade do Rio de Janeiro e de outras regiões próximas, oferecendo serviços especializados e formação acadêmica para profissionais de saúde. 

O HFSE é referência no atendimento de média e alta complexidade, com a oferta de cirurgias de grande porte e de mais de 45 serviços especializados, como maternidade de alto risco, oncopediatria, neurocirurgia e atendimento a doenças infectocontagiosas. Atualmente, conta com 269 leitos ativos e mais de 2,4 mil servidores, entre efetivos e temporários. 

A unificação dos serviços também propiciará um ambiente mais dinâmico para os estudantes e residentes, permitindo um intercâmbio de experiências e práticas clínicas de alta qualidade. A unidade possui um dos primeiros Programas de Residência Médica do país, com 37 programas credenciados pelo Ministério da Educação. A instituição nasce com 573 vagas credenciadas de residência médica e multiprofissional, com potencial de crescimento, consolidando-se como um dos maiores hospitais universitários do país. 

Adaptação da unidade para receber pacientes não afetará atendimento

A fusão prevê a concessão, de forma gratuita, do patrimônio do HFSE e a ocupação do prédio do hospital pela Ebserh. A unidade passará por adequações para receber todos os serviços de saúde dos dois hospitais, sem interrupção da assistência aos pacientes. 

Parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais e Institutos Federais, a fusão ocorre no âmbito do programa Agora Tem Especialistas, que visa ampliar o acesso a consultas, exames e cirurgias, reduzindo o tempo de espera no Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento previsto é de aproximadamente R$ 280 milhões.

Ainda como parte do Plano, o Hospital Federal da Lagoa está em processo de integração com o Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). A reestruturação também garante todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a expectativa é que essas unidades voltem a ser uma grande referência nacional no cuidado, com ampliação de leitos, novos turnos para a realização de cirurgias.

Realizado pelo governo federal em parceria com a gestão municipal do Rio de Janeiro, o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais visa promover melhorias na infraestrutura, recompor a força de trabalho e ampliar o atendimento nas unidades após anos de precarização. Para isso, o Ministério da Saúde reavaliou os modelos de gestão, estabelecendo parcerias com instituições e órgãos públicos gestores do SUS.

O processo foi construído com base em estudo técnico de viabilidade e na realização de audiências públicas, garantindo diálogo com profissionais de saúde, gestores e a sociedade civil.  A estratégia já resultou na reabertura de leitos e emergências, contratação de profissionais, reforma de espaços e aquisição de equipamentos para os hospitais de Bonsucesso, do Andaraí e Cardoso Fontes. Os investimentos já superam R$ 1 bilhão.

Nenhum estado do Brasil sem hospital universitário

Hoje estamos encerrando um ciclo de muito esforço e sincronia entre as instituições e o Ministério da Saúde para a plena reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro”, disse o ministro Padilha, durante a solenidade de assinatura do contrato de gestão, realizada no Ministério da Educação.

Segundo ele, a fusão fortalece a formação dos profissionais de saúde, aumentando a produção no Hospital Universitário, com um campo de prática mais estruturado e tecnológico para os residentes de graduação, e representem um grande ganho para o programa Agora Tem Especialistas”.

Para o ministro da Educação, Camilo Santana, “o objetivo desse processo foi garantir que o hospital preste um bom serviço à população do Rio de Janeiro e continue sendo um hospital 100% SUS, passando a ser de pesquisa, de ensino e de formação na área da saúde”. Segundo ele, a perspectiva é que, no menor prazo possível, o novo hospital se torne uma referência para o país e para o estado.

Existe o desejo do presidente Lula de que, até o ano que vem, nenhum estado do Brasil fique sem um hospital universitário. Roraima e Rondônia ainda não têm, mas já há trabalho em andamento”, finalizou. 

Para o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, o hospital terá papel relevante no programa Agora Tem Especialistas, uma prioridade do presidente Lula e do Ministério da Saúde para ampliar a oferta de serviços em áreas como pediatria, maternidade, oncologia, oftalmologia, transplantes e terapia renal substitutiva.

Além disso, fortalecerá o ensino, ao incorporar-se como cenário de prática para os estudantes de graduação da Unirio, não apenas da área da saúde, mas de diversos cursos, considerando o hospital como uma organização complexa”, declarou.

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Retomada das cirurgias em hospital da Baixada

O Ministério da Saúde  já havia anunciado, no último dia 12, a ampliação do limite financeiro da Média e Alta Complexidade (Teto MAC) para os municípios de Nilópolis e São João de Meriti, na Baixada Fluminense (RJ). A medida integra o programa Agora Tem Especialistas e garante R$ 85 milhões anuais adicionais para fortalecer o acesso da população a consultas especializadas, exames, cirurgias e internações no SUS.

Com a nova portaria, assinada pelo ministro Alexandre Padilha, Nilópolis passa a receber R$ 25 milhões por ano incorporados ao Teto MAC, enquanto São João de Meriti contará com um reforço anual de R$ 60 milhões, com transferência regular e automática aos respectivos Fundos Municipais de Saúde.

Os dois municípios integram a Regional Metropolitana I do estado do Rio de Janeiro e possuem redes assistenciais estratégicas para a Baixada Fluminense.  Nilópolis conta atualmente com quatro hospitais SUS, uma UPA em funcionamento, serviços de saúde mental, além de produção crescente de cirurgias eletivas em 2025, com destaque para procedimentos ortopédicos realizados no âmbito do Agora Tem Especialistas. Já São João de Meriti possui uma rede ainda mais robusta, com seis hospitais SUS, UPA em funcionamento, leitos de psiquiatria em hospital geral, CAPS habilitados e elevada produção ambulatorial e hospitalar.

Esses recursos vão permitir a realização de mais cirurgias no Hospital de Nilópolis e da retomada dos procedimentos no Hospital de São João do Meriti, já no mês de janeiro. Ou seja, vamos reduzir o tempo dessa espera das pessoas que estão nas filas do município, além de aumentar a quantidade das cirurgias e o dos exames pelo SUS”, declarou.

A ampliação anunciada consolida um crescimento expressivo do financiamento federal da atenção especializada nos dois municípios. Em Nilópolis, os repasses anuais do Teto MAC passaram de cerca de R$ 19,4 milhões em 2025 para aproximadamente R$ 44,4 milhões com a incorporação da nova portaria, o que representa um aumento de 128,8%. Já em São João de Meriti, o volume anual de recursos saiu de R$ 68,5 milhões em 2025 para cerca de R$ 128 milhões, considerando os repasses atuais e o novo reforço, resultando no crescimento de 86% no período.

A ampliação do Teto MAC, por meio, do Agora Tem Especialistas, fortalece a atenção especializada no SUS. Nilópolis e São João de Meriti aderiram ao programa, com planos aprovados na Regional Metropolitana I, o que permite ampliar de forma estruturada a oferta de consultas, exames e cirurgias especializadas, reduzindo o tempo de espera e fortalecendo a rede de saúde da Baixada Fluminense.

Fonte: Ministério da Saúde

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