Muito além dos tremores: conheça 5 sintomas do Parkinson

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Doença de Parkinson (DP) como uma “condição cerebral que provoca distúrbios de movimento, mentais e sono, além de dor e outros problemas de saúde”.  Descoberta há mais de 200 anos e também conhecida como Mal de Parkinson, é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, ficando atrás da Doença de Alzheimer.

Dados da OMS mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 55 anos tem a doença – cerca de 4 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se mais de 200 mil pessoas. Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, estima-se que os casos possam dobrar até 2040. Embora seja mais comum entre idosos, cerca de 10% a 20% dos diagnósticos ocorrem em adultos jovens, por volta dos 50 anos de idade.

Essa doença neurodegenerativa crônica afeta principalmente os movimentos automáticos, como: andar, falar, escrever.  Alguns dos sintomas motores mais comuns incluem: lentidão de movimento (bradicinesia), rigidez muscular, tremor, problemas de postura e equilíbrio. Atualmente, não há cura, mas existem tratamentos que podem ajudar a gerenciar os sintomas.

Você sabia que a Doença de Parkinson não é só detectada pelos tremores? Para este Dia Nacional da Pessoa com Parkinson (4 de abril), a Associação Brasil Parkinson preparou respostas para as cinco 5 principais perguntas sobre a doença. Confira!

1.O que é causa a Doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson é devida à degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem uma substância chamada dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente, causando os sintomas.

2.Quais são os sintomas da Doença de Parkinson?

Os sintomas motores mais comuns incluem: lentidão de movimento (bradicinesia), rigidez muscular, aumento gradual de tremores, problemas de postura e equilíbrio, caminhar arrastando os pés e postura inclinada para a frente. O tremor típico afeta os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Atualmente, não há cura, mas existem tratamentos que podem ajudar a gerenciar os sintomas.

3.Quem está propenso a ter DP?

A doença pode afetar qualquer pessoa e tende a atingir pessoas mais idosas. A grande maioria das pessoas tem os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos de idade, contudo, pode também acontecer nas idades mais jovens, embora os casos sejam mais raros.

4.Existe algum exame que detecta a Doença de Parkinson?

O diagnóstico da doença é feito por exclusão. Médicos recomendam exames como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética para terem a certeza de que o paciente não possui nenhuma outra doença no cérebro. O diagnóstico da doença faz-se baseada na história clínica do paciente e no exame neurológico.

5.Já que não há cura, quais são os tratamentos para quem é acometido pela DP?

A Doença de Parkinson pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso.  A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os tratamentos medicamentosos, e a reabilitação multidisciplinar, em alguns casos, há indicação de estimulação profunda do cérebro (marcapasso cerebral).

A Associação Brasil Parkinsonoferece serviços para atender pacientes com a DP: fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição, coral, oficina de artes, educação física e terapia ocupacional.

A Associação Brasil Parkinson (ABP) realizará uma live especial no dia 16 de abril, às 19h, em seu instagram, para discutir o HIFU (Ultrassom Focado de Alta Intensidade), uma tecnologia inovadora recém-chegada ao Brasil para o tratamento do tremor essencial e do tremor na Doença de Parkinson. A live é aberta ao público e uma excelente oportunidade para pacientes, familiares e profissionais de saúde conhecerem mais sobre essa nova tecnologia.

O evento contará com a presença de Érica Tardelli, presidente da ABP, e Rubens Cury, Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e neurologista no Hospital Israelita Albert Einstein. Eles irão esclarecer dúvidas sobre o funcionamento do HIFU, seus benefícios e como essa nova abordagem pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Para mais informações, acompanhe as redes sociais da Associação Brasil Parkinson.

O manejo do Parkinson também é tema de uma mesa-redonda na 24ª edição do Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, que ocorre entre os dias 3 e 5 de abril, em Belo Horizonte (MG), principal evento da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Com o título “Doença de Parkinson: Múltiplos Olhares, Grandes Avanços!”, a mesa-redonda aborda tópicos como ajustes farmacológicos da doença em fase avançada; fisioterapia coordenada ao manejo medicamentoso e contribuições tecnológicas da terapia ocupacional.

Uma nova rota para o Parkinson – 11 e 12 de abril, a partir de 8h30 – Evento gratuito, que conta com o apoio da Boston Scientific, direcionado a pacientes e familiares com participação de médicos especialistas que discutirão as últimas novidades em pesquisa e tratamentos. No dia 11/4, o Congresso acontecerá na Rodovia Engenheiro Ermênio de Oliveira Penteado. Km 56,5 – Itaici – Indaiatuba (SP). No dia 12/4 será na Hospital São Luiz Itaim – Avenida Santo Amaro, 722 – São Paulo (SP).
Link para inscrições dia 11/04 clicando aqui