Apoio, carinho, inclusão. Mais um dia na ala pediátrica e adulta do Hospital A.C.Camargo, em São Paulo, dessa vez foi diferente. Os pacientes receberam a ilustre visita de Jacaré, Romeu, Lex, Murakami e Patrick; todos pets sem raça definida (SRDs), resgatados pela equipe do Instituto Caramelo e se tornaram terapeutas no apoio de diversos pacientes em tratamento de câncer.
A ação realizada no último dia 12 de dezembro é pioneira do projeto “Love que Cuida”, idealizado pela Petlove, que estende a iniciativa para uma campanha de adoção destes animais nas redes sociais. Para este movimento acontecer, os pets passaram por sessões de treinamento e sensibilização específicos.
De acordo com Bruna Garcia, médica veterinária da Petlove, para o pet se tornar um terapeuta é preciso se atentar a critérios ligados ao temperamento do animal, já que uma iniciativa do gênero impõe desafios como a interação com um alto nível de pessoas e estímulos. Ainda, ela revela que o animal precisa saber comandos básicos e específicos para que consiga estar neste tipo de espaço e possa conviver com o público.
Qualquer pet pode se tornar terapeuta, é muito mais sobre temperamento do que qualquer característica de raça. Tem que ser um que goste de carinho, que aceite bem o toque humano, principalmente nessas terapias com crianças que gostam de abraçar. Obviamente, os animais precisam ter a saúde em dia, estarem saudáveis, vacinados e sem parasitas”, revela.
Para a paciente Camila Sarah Mofsovich, a ação oportunizou um momento de conscientização. Ela afirmou que os pets não precisam ter raça definida para serem fofos, calmos e amorosos.
Foi muito bom receber essa visita. Desde o momento em que bateram na minha porta e avisaram que de uma visita pet, eu já achei que era um ‘pet scan’ (exame), e pensei que não estava programado. Aí ela me disse que eram cachorros e eu fiquei super feliz porque a gente fica longe dos nossos bichinhos. Eu não tenho cachorro, mas tenho gato e a gente fica muito carente, foi muito gostoso recebê-los. Acho que todo mundo fica muito animado, faz festinha no corredor, é um momento de socialização e despressurização”, relatou.
Para Antonio Antonietto, diretor de Governança e Jornada do Paciente do A.C.Camargo Cancer Center, práticas integrativas como essa, ampliam a forma como é oferecido cuidado às crianças ho hospital.
A presença dos cães terapeutas cria um ambiente mais leve, descontraído e positivo, é como uma injeção de energia que faz toda a diferença no dia a dia de quem está em acompanhamento oncológico, especialmente na pediatria. É uma oportunidade de ressignificar jornadas desafiadoras, tanto para pacientes, quanto para os pets”, ressalta o médico, também se tornou “pai de pet” recentemente, após adotar dois cachorrinhos.
Escolher quem quase nunca é escolhido
Para a diretora executiva do Instituto Caramelo, Yohanna Perlman, a ação é a expressão mais pura do cuidado mútuo: crianças em tratamento oncológico recebem o aconchego proporcionado pelos animais, enquanto os pets encontram novas oportunidades de vínculo, convivência e afeto em um ambiente seguro. Ela destacou que a ação encheu a equipe de alegria e reforçou o propósito do instituto ao escolher justamente os cães com menores chances de adoção.
Fizemos um filtro para trazer esses animais que, em muitos casos, passariam a vida inteira em um canil, sem a oportunidade de conviver fora do abrigo. Poder sair, socializar e ter esse contato humano faz uma diferença enorme para eles. E posso dizer que, para os pacientes, também foi transformador: todos ficaram muito felizes. Esperamos que seja apenas a primeira de muitas ações como essa. Quem sabe nossos cãezinhos não encontrem oportunidades que jamais teriam sem esse projeto?”, afirma Yohanna.
Bruno Junqueira, vice-presidente de pessoas, ESG e Comunicação Institucional da Petlove, ressaltou a capacidade dos pets de mudar o ambiente e transformá-lo em um lugar leve e de acolhimento.
Queremos inverter o ciclo que começou com dor e sofrimento para cuidado e afeto. Transformar cães abandonados em pets terapeutas devolve a ternura que lhes foi negada. Quando um cão marcado pelo desamparo aprende a cuidar, o mundo entende que o maior remédio é o amor”, afirma.
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Nesta semana o Hospital e Maternidade São Luiz Osasco promoveu uma ação especial de humanização com a presença dos cães terapeutas, que encantaram pacientes, acompanhantes e colaboradores da unidade. Em clima de Natal, com direito a tiaras de renas, os “AUmigos, da raça golden retriever, circularam por diferentes ambientes do hospital, levando carinho, leveza e momentos de alegria em uma data marcada por simbolismo e emoção.
A iniciativa integra o programa de humanização da unidade, que busca tornar a experiência hospitalar mais acolhedora e positiva. A presença dos cães terapeutas é reconhecida por contribuir para a redução do estresse, da ansiedade e da sensação de isolamento, além de estimular emoções positivas e fortalecer o bem-estar emocional dos pacientes.
Segundo a diretora do Hospital e Maternidade São Luiz Osasco, Roneide Cursino, ações como essa fazem parte do compromisso da instituição com um cuidado que vai além da assistência clínica. “A pet terapia tem um impacto emocional muito significativo. Ver o sorriso no rosto dos pacientes, acompanhantes e até dos nossos colaboradores reforça a importância de olhar para o ser humano de forma integral, especialmente em um período tão sensível como o Natal”, afirma.
Além de beneficiar os pacientes, a ação também promove momentos de leveza para os profissionais de saúde, contribuindo para um ambiente mais empático e acolhedor. “Nosso objetivo é criar experiências que tornem a permanência no hospital mais humana e afetuosa, respeitando as necessidades emocionais de todos que passam por aqui”, completa Roneide.
Saiba mais sobre o projeto “Love que Cuida”
Pets que aguardam um novo lar
A adoção é um gesto que transforma vidas dos dois lados: oferece ao pet a chance de viver em família e, ao tutor, a alegria de compartilhar a rotina com um companheiro carinhoso, já acostumado ao convívio humano e treinado para interações positivas.
Entre os participantes da ação está Amendoim, estrela do filme Caramelo e líder dos cães terapeutas nesta edição. O vira-lata, reconhecido como parte do grupo de animais frequentemente invisibilizados, reafirma o objetivo do projeto ao representar histórias que ganham novos rumos por meio do acolhimento e da adoção responsável.
Vira-latas, cães idosos e PCDs têm uma capacidade única de criar vínculos e oferecer apoio e conforto emocional que fazem a diferença especialmente em momentos delicados. Essa ação reforça o compromisso do Instituto Caramelo com a saúde mental de quem dedica sua vida aos pets. Adotar um animal invisibilizado é fortalecer essa rede de afeto que transforma vidas dos dois lados”, destaca Yohanna Perlman, diretora-executiva do Instituto Caramelo.
Entre os cães para a adoção estão: Romeu, que têm 10 anos, representa o time dos mais experientes, assim como Jacaré, com 12, que demonstra gostar da companhia humana e de outros animais. Já Murakami, também com 11 anos, compartilha desse perfil afetuoso, sendo motivado por brinquedos, comida e atenção, e convivendo melhor com cães mais calmos.
Integram a lista dos mais novos, Lex e Patrick. Este último se destaca por ser muito sociável com outros cachorros, além de ser muito amoroso. A campanha de adoção destes pets invisibilizados e agora também agentes de apoio emocional seguirá na Petlove. Ao longo do mês de dezembro, os pets serão evidenciados em ações e posts nas redes sociais, ampliando ainda mais as suas possibilidades de adoção.
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Bruno Junqueira, vice-presidente de pessoas, ESG e Comunicação Institucional da Petlove, reforça a oportunidade de adoção nos canais da Petlove e Instituto Caramelo, reforçando a mensagem de que podem levar amor a uma nova família.
Essa ação tem o objetivo de inverter o ciclo que começou com o abandono, e agora se torna acolhedor, a dor se transformou em cuidado. Então, ao tornarmos pets invisibilizados, que foram abandonados, em cães terapeutas, damos uma chance para que a vida deles aconteça de uma forma diferente. Foi muito bonito ver aqui no hospital os próprios pacientes dizendo que o acolhimento que eles receberam pelos pets é quase inexplicável”, pontuou.
Com Assessorias









