O diagnóstico precoce foi fundamental para que Elisângela recebesse o tratamento adequado e pudesse participar nesta quinta-feira (23) do desfile de moda da festa que já faz parte do calendário oficial do Inca no Outubro Rosa, mês de conscientização do câncer de mama.
Decidi participar porque é um evento muito bonito, que eleva a nossa autoestima. As equipes nos ajudam e dão conselhos. Eu disse: vou entrar nessa onda também do desfile”, contou a paciente.
© Tomaz Silva/Agência Brasil
‘O câncer de mama não é uma sentença de morte’
Organizada há mais de 15 anos pelo Serviço Social do Instituto com a colaboração do INCAvoluntário, a festa não se restringiu às áreas de convivência do hospital. As pacientes internadas, ou em quimioterapia, receberam a visita das equipes, e também tiveram direito a sessões de massagem e de serviços de beleza.
De acordo com Vânia Braz, assistente social e organizadora do evento, a festa começou porque as pacientes tinham o desejo de que, na casa em que elas fazem o tratamento, também tivesse esse movimento.
As pacientes começaram a se agregar. Buscamos levar entretenimento para elevar a autoestima dessas mulheres. Um serviço de saúde não se faz apenas com as tecnologias duras, mas com as tecnologias leves também. É um momento de alegria para que elas possam se sentir protagonistas, o que tem ajudado a diminuir o estigma em torno da doença”, disse Vânia.
Para o mastologista Marcelo Bello, diretor do Inca III, a celebração já tradicional é uma forma de valorização da vida. O câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil. O Inca estimou que o país terá 73.610 novos casos da doença neste ano. Apesar das estatísticas, é preciso ter esperança na cura.
O câncer de mama não é uma sentença de morte. Quando diagnosticado precocemente, há grandes chances de cura. Por isso, é fundamental que a mulher procure um médico logo que perceba alguma mudança em sua mama”, afirmou o mastologista.
Fonte: Agência Brasil