Não é frescura. Diferentemente do que se pensa, a dor psicológica, causada por desequilíbrios emocionais, pode ser sentida também no corpo, se convertendo em uma dor física. A dor é uma sensação tão presente na vida de quem a sente que recebe uma data exclusiva para ser ela. Lembrado em 17 de outubro, o Dia Mundial de Combate à Dor é um dia importante para a conscientização e conhecimento deste problema que, quando constante, pode virar a própria doença.
De acordo com o cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula, Otavio Gebara, a dor varia em sua definição e reconhecimento de uma pessoa para outra. Ela também pode ser classificada em diferentes tipos de acordo com a intensidade e o tempo de duração. São elas:
Dor aguda: é a que ocorre em forte intensidade e, geralmente, em um período de tempo que pode variar de minutos a semanas. Costuma desaparecer quando a causa é devidamente diagnosticada e tratada, como cólica, dor de dente, contusões, entre outros.
Dor crônica: com duração de meses a anos, normalmente está associada a uma doença crônica ou a lesões tratadas previamente. São exemplos as dores causadas por câncer, por atrite, por esforço repetitivo, etc.
Dor recorrente: por mais que tenha curtos períodos de duração, costuma se repetir com frequência, podendo acompanhar o indivíduo ao longo de toda sua vida. A forma mais conhecida de dor recorrente é a enxaqueca.
Dor fantasma: é a dor que se sente em uma parte do corpo que foi removida. É comum que o paciente tenha esta dor logo após a cirurgia de amputação e o desconforto pode persistir por dias ou semanas.
Dor psicológica: além das dores físicas, é possível sentir dores psicológicas causadas por desequilíbrios emocionais. É o caso da tristeza, da ansiedade e do estresse, por exemplo. Em algumas situações, a dor psicológica pode ser sentida também no corpo, se convertendo em uma dor física.
4 dicas para enfrentar os momentos de dor
1 – Observe-se: pesquise sobre seu problema e saiba o que pode aliviar ou agravar a sua dor. Não deixe a dor ficar insuportável para tratar. Sempre procure um médico.
2 – Não pratique a automedicação: ao invés de acabar com o problema, há o risco de mascarar um diagnóstico de um problema grave. Além disso, tomar remédio sem orientação e em quantidades inadequadas aumenta a probabilidade de efeitos colaterais.
3 – Inspire e expire profundamente por alguns segundos: a técnica da respiração profunda ajuda a manter a dor sob controle. Exercícios de meditação também podem ajudar porque permitem controlar o aumento da frequência cardíaca e as reações do corpo, que entra em alerta com estresse. Feche os olhos e relaxe todos os músculos.
4 – Se você sofre de dor crônica, o fisiatra é um profissional com experiência em dor e reabilitação. Ele pode fazer um diagnóstico mais preciso, considerando o que podem provocar ou agravar o quadro de dor e definir o melhor tratamento.
Fonte: Hospital Santa Paula, com redação