O número de idosos no país está aumentando cada vez mais (segundo o IBGE, até 2030, o Brasil passará a ter mais adultos maduros, próximos da terceira idade, do que jovens) e isso provoca uma mudança tanto econômica quanto nos costumes. É cada vez mais comum avós morarem sozinhos e precisarem de ajuda para realizar algumas tarefas, mas não terem sempre um membro da família disponível para ficar com eles.
Um estudo feito no ano passado nos Estados Unidos comprovou que a solidão entre idosos possui uma ligação com um número maior de doenças crônicas. Conforme a pesquisa, o isolamento é capaz de elevar as chances de morte em até 14%. Isso ocorre porque, o estresse causado pela solidão pode levar a inflamações celulares que interferem no sistema imunológico, deixando o corpo mais suscetível a doenças. Diante disso, a solidão na terceira idade chega a ser tão prejudicial quanto o tabagismo ou o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Estima-se que esse sentimento aumenta em quase 30% os riscos de doenças coronarianas e acidentes vasculares.
No dia 26 de julho em que se comemora o Dia dos Avós. De acordo o psicólogo Luciano Alves, , com especialização em Neuropsicologia, afirma que, seguindo a ideia do pensamento sistêmico os efeitos provocados na saúde, em virtude desse isolamento, são devastadores. “O isolamento social pode ter um impacto muito grande nos idosos, tanto psicológica, quanto fisicamente. A sensação de solidão afeta a saúde de diversas formas, podendo, por exemplo, aumentar o estresse, reduzir a autoestima ou contribuir para a depressão. E todos esses fatores influenciam na saúde física”, afirma.
Ele também lembra que é importante compreender os aspectos hereditários, emocionais e transgeracionais das doenças para que se abra uma nova possibilidade de cura. “Existem diversas razões dentro do campo do pensamento sistêmico para explicar o motivo de muitas pessoas, apesar do grande avanço da medicina, não mostrarem reações positivas aos tratamentos convencionais. Através do estudo do sistema é possível perceber que existe uma ligação entre a doença, o comportamento do paciente e as dinâmicas familiares ocultas que podem impedir o caminho para a cura e a saúde”.
De acordo com o pensamento sistêmico, as doenças também podem ser vistas como processos que produzem cura, sobretudo para a nossa alma, além disso, alguns sintomas estão nitidamente relacionados a diversos acontecimentos e condições que provocaram nas pessoas a perda da vinculação com a família ou a insegurança percebida quanto a essa vinculação, ou ainda as dinâmicas de culpa ou de destinos trágicos na família que criam experiências de medo, insegurança e dor.
“Um novo olhar para nossa saúde e o que significam realmente as doenças que nos assolam é mais do que necessário. A doença nunca age apenas sobre o doente, ela age sobre o doente e seu sistema familiar. Isso porque, todos nós estamos conectados aos nossos sistemas de referência, sejam eles nossas famílias, grupos, comunidades ou instituições às quais pertencemos. Muitas vezes, estes nossos vínculos ocorrem de forma disfuncional e somos influenciados no presente, com limitações, dificuldades, conflitos e até adoecimentos que chegam por ressonância pelas histórias de todos aqueles que nos antecederam em nossos sistemas familiares”, conclui.
Apesar de já sermos um país de idosos, a sociedade desrespeita os direitos dessa população, além das injustiças cometidas pelo Estado com essa população. Uma grande parte das pessoas se esquece do desprezo e descaso cometido contra indivíduos nessa idade dentro da própria família. Encontrar o cuidador ideal, profissionais essenciais para a qualidade de vida, independência e segurança dos idosos, não é tarefa fácil. O Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos), por exemplo, oferece cursos profissionalizantes para formar cuidadores,
Pele envelhecida também precisa de cuidados
O envelhecimento é um processo natural que ocorre com o tempo e a pele é um dos órgãos que mais se modificam com o passar dos anos. Na pele, o envelhecimento se traduz por perda da hidratação, da oleosidade e da elasticidade e aumento de sua fragilidade, tanto física quando de defesa imunológica. Pensando nessas repercussões, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aproveita o Dia dos Avós, celebrado em 26 de julho, para homenageá-los e orientá-los sobre como envelhecer com qualidade de vida e com boa saúde da pele
A pele é o órgão que reveste todo o corpo e atua como uma barreira de proteção contra agressões externas. Com o passar do tempo, a pele passa por mudanças devido à diminuição de alguns dos seus componentes, como o colágeno e a elastina, ao declínio de hormônios e desgastes físicos. Se torna mais fina e frágil, prejudicando sua função principal, que é de proteção. Alguns fatores como radiação ultravioleta, poluição, tabagismo, alimentação inadequada, álcool, doenças dermatológicas e estilo de vida, também contribuem para esse envelhecimento.
Já a pele do idoso apresenta uma menor atividade das glândulas produtoras de sebo e de suor, sendo mais ressecada e desidratada. Além disso, a diminuição da atividade imunológica a torna mais suscetível a infecções como micoses e viroses. Outro problema que pode surgir, em decorrência da exposição solar ao longo da vida e da diminuição da imunidade, é o câncer da pele. Qualquer lesão persistente na pele que não esteja cicatrizando, ou pinta e mancha que se modificam, devem ser examinadas por médico dermatologista para descartar ou confirmar o diagnóstico.
Algumas dicas para envelhecer com uma pele bonita e com saúde:
– Manter a pele limpa, seca e hidratada;
– Evitar banhos quentes e muito demorados; evitar se ensaboar demais e usar buchas, que também contribuem para alterar a composição do manto hidrolipídico (hidratante natural produzido pelo organismo) que protege a pele;
– Usar creme hidratante em toda superfície corporal logo após sair do banho, o que ajuda na sua absorção;
– Secar bem as áreas de dobras, como virilhas, axilas e espaços entre os dedos das mãos e pés;
– Usar protetor solar nos momentos de exposição ao sol;
– Os lábios também costumam ressecar. É importante usar hidratantes específicos para essa região para evitar rachaduras.
É importante lembrar que essas dicas não excluem uma ida ao médico dermatologista. A pele do idoso necessita ser examinada ativamente, pelo menos uma vez por ano, com o objetivo de diagnosticar e tratar precocemente as doenças da pele, evitando assim, procedimentos maiores e mais traumáticos. Busque um médico associado à Sociedade Brasileira de Dermatologia: http://www.sbd.org.br/associados/.
Da Redação, com Assessorias