No Rio de janeiro, o Grupo Pardini/Centro de Medicina Pardini registrou taxa de positividade de 42,3% na última semana (30 de outubro a 5 de novembro – semana epidemiológica 44), aumento de 26,6 % no número de testes positivos, em relação à semana anterior. A demanda pelo exame RT-PCR também cresceu 30% na semana anterior.
O aumento de casos pode estar relacionado com o surgimento da subvariante Ômicron BQ.1, já que a sublinhagem está associada ao aumento recente de casos de Covid–19 na Europa.
De acordo com a Infectologista da rede de laboratórios, Melissa Valentini, a variante Ômicron e suas subvariantes são as mais frequentes dentre os vírus da Covid–19. Elas são mais transmissíveis e podem sofrer mutações resistentes contra as vacinas e imunidade por infecções anteriores, por isso, podemos ter picos com aumento no número de casos.
“O número de internações e óbitos continuam baixos. Aparentemente, como previsto, a Covid–19 chega segue sua evolução natural de se tornar um vírus permanente, mais transmissível, entretanto, menos grave, menos letal.”, disse a médica.
Para as pessoas com sintomas respiratórios, as recomendações continuam as mesmas. “É preciso que se testem para que possam fazer o diagnóstico diferencial de outras doenças respiratórias e usem máscara de acordo com a recomendação. Hoje a maioria dos protocolos não exige o isolamento e se pode trabalhar depois de 4 dias de infecção, usando máscara”, destaca.
A infectologista Melissa Valentini lembra também que, temos neste momento, a circulação de vários vírus respiratórios, por isso a importância da testagem para um diagnóstico preciso e notificação das autoridades para monitoramento e vigilância.