O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 600 mil novos casos de câncer para o ano de 2018 no Brasil, sendo que os tipos menos incidentes corresponderão, juntos, a cerca de 41 mil casos. Abordado recentemente na novela da Globo, o câncer de rim é responsável por cerca de 3% dentre todos os tipos de câncer no mundo e, apesar de sua alta mortalidade, a baixa incidência contribui para que seja um dos menos discutidos na área oncológica.
O dia 21 de junho é o Dia Mundial do Câncer Renal, data criada para aumentar a conscientização sobre esse tipo de câncer que tem sinais silenciosos e afeta mais homens do que mulheres. Por conta disso, a maior parte dos diagnósticos é feita quando a doença já está em estágio avançado – 90% dos casos de câncer renal evoluem para metástase, as chances de cura são menores.
Fernando Maluf, oncologista clínico e um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer, alerta sobre a importância em alertar a população sobre os sinais e o diagnóstico precoce da doença.
O principal desafio é o fato de o câncer de rim ser uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sintomas em suas fases iniciais, fazendo com que muitos pacientes descubram o tumor por acaso em exames de check-up”, afirma.
Visibilidade com novela da Globo
A doença ganhou visibilidade na novela ‘O Outro Lado do Paraíso’, quando a advogada Adriana foi diagnosticada, por acaso, após uma internação por conde de um acidente de trânsito. Ao contrário da maioria dos pacientes, a história terminou com final feliz.
Raro no mundo, câncer no rim é abordado em novela
Fatores como idade avançada, tabagismo, obesidade, histórico de doença renal (como cálculo ou cisto) são considerados de risco. A doença também afeta duas vezes mais os homens do que mulheres.
Os principais sintomas, como perda de peso repentina, febre intermitente, fadiga constante, dor abdominal ou lombar e presença de sangue na urina, aparecem quando a doença já está em estágio avançado.
A cirurgia, indicada para casos onde o tumor é diagnosticado precocemente, não é recomendada para os casos avançados e que apresentem metástase em outros órgãos, quando tratamento costuma ser mais difícil. Os tumores de rim não costumam responder bem aos tratamentos oncológicos convencionais, como quimioterapia e radioterapia.
“O mais importante é amenizar os sintomas e retardar as complicações. Para isso, uma boa opção é optar por uma medicação oral que seja eficaz, mas que também tenha boa tolerabilidade, prezando pela qualidade de vida do paciente”, ressalta Dr Fernando Maluf.
Como eles venceram o câncer de rim