Agosto Dourado é o mês dedicado mundialmente ao incentivo e à promoção do aleitamento materno, tão importante para o desenvolvimento saudável dos bebês e fortalecimento do vínculo entre mãe e filho (a).  A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a amamentação exclusiva ocorra até os seis meses de idade. Após esse período, até os dois anos, a amamentação pode complementar a introdução dos primeiros alimentos. Mas isso pode variar conforme o desejo da mãe e a necessidade da criança e da mãe. O ideal é continuar a tentar amamentar por mais tempo.

No entanto, algumas mães podem sofrer algumas alterações e dificuldades com o aleitamento. Muitas enfrentam desafios comuns no processo de amamentação, como dor, rachaduras, mamilos planos e até mesmo dificuldades em relação à produção de leite.  Eles também podem sofrer com mastite, um processo inflamatório que atinge, mais frequentemente, pessoas em fase de amamentação. A doença gera dor, inchaço e vermelhidão na mama.

Outro problema enfrentado pelas mães que amamentam é o ingurgitamento mamário, também conhecido como “leite empedrado”, uma condição comum na amamentação que ocorre quando a mama produz mais leite do que o bebé consegue mamar.

O ingurgitamento pode causar uma retenção de leite, distensão dos alvéolos, compressão dos ductos ou obstrução do fluxo de leite. Isto pode fazer com que as mamas fiquem doloridas e densas, o que dificulta a amamentação.

Para aliviar esse leite empedrado a orientação é fazer compressas mornas, massagear suavemente o seio, amamentar e tirar um pouco do leite com a bombinha. Isso vai ajudar a desinchar e a diminuir esse leite empedrado”, aconselha a ginecologista e obstetra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Luana Ariadne Ferreira.

Assim que o desconforto passar, é importante focar na melhora da produção do leite, o que inclui contar com o descanso, o apoio emocional, manter baixos níveis de estresse, manter uma boa hidratação e alimentação equilibrada e manter uma amamentação frequente, de oito a 12 vezes ao dia.

Como diminuir as rachaduras no bico do peito

No entanto, caso o problema persista, o ideal é procurar um profissional de saúde especializado para ajudar a superar as dificuldades em relação ao aleitamento. Hoje é muito comum encontrar consultoras de amamentação, que podem orientar em relação às técnicas para melhorar a pega, o que vai diminuir as rachaduras, a dor e melhorar a produção do leite. “Há ainda cremes específicos que podem ajudar no alívio de sintomas de rachadura”, destaca a médica.

De acordo com a Juliana Nardelli, médica pediatra e especialista Huggies, manter uma alimentação equilibrada e boa hidratação é essencial, assim como encontrar posições confortáveis para amamentar. “Descansar sempre que possível e utilizar técnicas de relaxamento, como respiração e meditação, podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar a experiência de amamentação”, recomenda.

Para enfrentar as possíveis dificuldades da amamentação, as mães podem buscar acompanhamento especializado e suporte profissional de consultores de lactação e pediatras. Especialmente no caso de mães de primeira viagem, é muito importante criar uma rede de apoio com outras mães, buscar mais informações sobre a amamentação, além de buscar ajuda profissional quando necessário.

Amamentação exige paciência e perseverança, uma vez que os benefícios para a saúde do bebê e para o vínculo mãe-bebê são significativos. As soluções incluem verificar o posicionamento do bebê, amamentar com frequência e buscar apoio profissional e grupos de apoio à amamentação”, diz Juliana Nardelli.

Agosto Dourado: a importância da informação correta

O mês de agosto é marcado pela campanha Agosto Dourado, um movimento dedicado à conscientização da importância do aleitamento materno. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância do aleitamento materno, em uma campanha da OMS. No Brasil, a mobilização é determinada por meio da Lei n.º 13.345/2017. O aumento das metas de amamentação também faz parte da Agenda 2030 da ONU.

Esse período busca destacar os inúmeros benefícios que a amamentação traz para a saúde do bebê e da mãe. Essa data foi instituída com o objetivo de chamar a atenção para a importância do aleitamento materno e promover ações que incentivem e apoiem as mães.

Para Dra Juliana, a conscientização é essencial para esclarecer dúvidas e trazer informações verdadeiras sobre a amamentação. As desinformações dificultam a experiência de muitas mães e podem trazer inseguranças no processo.

Um mito comum é que ‘amamentar é sempre fácil e natural’. Na realidade, pode ser desafiador e exigir apoio e prática. Outro mito é que ‘Se você não tem um seio volumoso, não pode amamentar com sucesso’. A verdade é que a produção de leite é mais sobre a demanda do bebê do que o tamanho do peito”, completa a médica.

Benefícios associados à amamentação

O aleitamento materno é essencial para fortalecer o sistema imunológico, proteger contra doenças e ajudar no desenvolvimento do sistema neurológico

amamentação é uma prática fundamental para a saúde e o desenvolvimento dos bebês, oferecendo benefícios que vão além da nutrição básica. O leite materno é uma fonte completa de nutrientes e imunidade que desempenha um papel vital nos primeiros meses de vida.

O leite materno é um líquido ‘vivo’, completo do ponto de vista nutricional e imunológico, capaz de fornecer todos os nutrientes essenciais que um bebê precisa para crescer e se desenvolver. Além de oferecer proteção contra infecções e ajudar a estabelecer uma flora intestinal saudável, o leite materno reduz o risco de alergias, asma e obesidade futura. Ele faz isso por meio do estabelecimento de uma flora intestinal saudável, que pode desempenhar um papel na prevenção dessas doenças alérgicas e crônicas”, explica Dra Juliana.

O leite materno é considerado o alimento mais completo para o bebê, fornecendo todos os nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento. Ele possui propriedades importantes como a presença de anticorpos e o fortalecimento do sistema imunológico, combatendo vírus e bactérias e ajudando a proteger o bebê contra infecções e doenças, além de contribuir para o desenvolvimento neurológico.

Além de proteger o bebê de diversas doenças, promove um vínculo emocional forte entre mãe e filho. Por isso, é primordial reforçar a importância do aleitamento durante toda a gestação e logo após o nascimento do bebê. “Então é importante conscientizarmos a população no modo geral sobre a importância da amamentação e incentivar essas mulheres dando conforto e apoio durante todo esse processo do aleitamento materno”, afirma Dra Luana.

‘Doação de leite materno é um ato de amor’

A ginecologista e obstetra do Hospital Edmundo Vasconcelos destaca qual é a importância de uma amamentação adequada e sobre a importância dessa campanha. Dra Luana explica que muitos bebês, especialmente os prematuros, não conseguem ser amamentados por suas mães por conta de várias razões médicas.

Para esses casos, o leite materno pode ser doado e é vital para prevenir infecções, melhora o sistema e desenvolvimento neurológico e reduz a incidência de doenças graves.

Poderá doar estão inclusas qualquer mãe que esteja amamentando e produza mais leite do que o seu bebê necessita. As doadoras precisam passar por uma triagem de saúde para garantir que o leite é seguro para os bebês receptores. Mesmo uma pequena quantidade de leite doado já é importante”, avalia.

De acordo com a médica, a doação do leite materno é um ato de amor, solidariedade e generosidade que pode fazer uma grande diferença na vida de muitos bebês, especialmente naqueles que nasceram prematuros ou em condições médicas que dificultam a amamentação.

Ao doar, as mães não só ajudam outros bebês a prosperar, mas criam uma comunidade mais forte e solidária. Se você está em condições considere entrar em contato com um banco de leite mais próximo e faça a diferença na vida dessa pessoa”, finaliza.

Com Assessorias

 

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