O tratamento de câncer de próstata depende do tipo de tumor, do estágio do câncer no momento da detecção e da idade e condição de saúde do paciente. Em muitos casos, especialmente em homens mais idosos, os medicamentos não chegam a ser necessários e o médico adota a chamada “vigilância ativa”, apenas monitorando a progressão da doença. Com o diagnóstico de câncer de próstata confirmado e a indicação de cirurgia, os tratamentos incluem a quimioterapia e a radioterapia, a terapia hormonal e a cirurgia, que pode ser a aberta clássica, por videolaparoscopia ou robótica.

Nos casos em que o tumor já está instalado e nos quais a cirurgia para retirada da próstata já possui indicação, a prostatectomia robótica é uma das grandes aliadas na remoção do câncer. Nesses casos, a preocupação dos homens é potencializada em relação aos riscos de impotência sexual e da incontinência urinária após o procedimento. No entanto, estes riscos são minimizados com a realização da cirurgia robótica, garantem especialistas. As técnicas de tratamento, em especial de cirurgia, têm avançado muito, tornando os efeitos colaterais mais raros, como a impotência e a incontinência urinária, e reduzindo também o tempo de recuperação do paciente.

Por ser um procedimento minimamente invasivo, contribui com a rápida recuperação do paciente, o que interfere diretamente na manutenção da capacidade erétil e no controle urinário. De acordo com a literatura, 60% dos pacientes operados por robótica retomam uma vida sexual normal, e nos casos convencionais este índice fica de 10% a 30%”, esclarece o urologista Rodrigo Frota, coordenador do Programa de Urologia Robótica da Rede D’Or São Luiz.

Atualmente, cerca de 85% das cirurgias para câncer de próstata são realizadas utilizando a plataforma robótica nos Estados Unidos. Este procedimento também vem aumentando progressivamente no Brasil, seguindo uma tendência mundial. “Entre os benefícios, pode-se citar a visualização 3D do tumor, que permite ao cirurgião maior precisão

da dissecção, minimizando hemorragias. Manipulada por cirurgiões altamente qualificados, por console comandado por joystick, a plataforma promove melhor visão, amplitude e qualidade de movimentos, além de menor trauma aos tecidos, o que repercute em menor dor, melhor estética e recuperação precoce com retorno às atividades cotidianas”, detalha Rodrigo Frota.

Pesquisas recentes comprovam benefícios

Dados mais recentes, presentes em dois estudos a respeito do assunto publicados em 2010 pelo Dr. Michael Zelefsky, do Memorial Sloan Cancer Center de Nova York e pelo Dr. Matthew Cooperberg, da Universidade da Califórnia, demonstraram que o risco de morte por câncer foi de 2,2 a 3 vezes menor em pacientes tratados com cirurgia.

A prostatectomia robótica, que utiliza a precisão e a característica minimamente invasiva dos procedimentos executados com o auxílio do robô, é uma das grandes ferramentas disponíveis hoje para a remoção dos tumores. De acordo com o Hospital Moriah (SP), que também conta com o robô Da Vinci Xi, o mais moderno da América Latina, por meio da prostatectomia o paciente enfrenta menor desconforto pós-operatório e conta com uma recuperação mais rápida.

A utilização da técnica robótica proporciona ao cirurgião melhor visão dos órgãos abdominais e movimentação mais suave dos instrumentos cirúrgicos, o que possibilita uma retirada mais segura do tumor com um risco bastante reduzido de lesão dos nervos e músculos adjacentes à glândula.

As cirurgias robóticas urológicas compreendem o tratamento do câncer de próstata, rim, testículo e bexiga, e no tratamento da estenose de junção do ureter com a pelve renal. A Rede D’Or São Luiz, dispondo do robô Da Vinci – o modelo mais moderno no país – já realizou mais de 1.500 procedimentos em urologia, uma das especialidades que mais opera com esta tecnologia. Além disso, esses resultados tornam o Hospital Quinta D’Or um dos centros com o maior volume de procedimentos robóticos do Rio de Janeiro.

Fonte: Rede D’Or São Luiz e Hospital Moriah

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