Dedicar-se ao máximo pode até parecer uma virtude, mas em alguns casos uma sobrecarga tem potencial de ser o estopim para uma série de sentimentos desconfortáveis. Depois de trabalhar 13 anos como bancária, nove deles como gestora, Daniele Costa desenvolveu a chamada Síndrome de Burnout, um distúrbio emocional reconhecido por sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento mental, provocados por situações de trabalho desgastantes ou competitivas.

No limite e à procura de respostas, Dani resolveu virar a chave: escolheu dar uma pausa na rotina automática de executiva, mergulhando em uma jornada de autoconhecimento e aceitação de si mesma. Após cinco anos do diagnóstico, lançou em novembro de 2021 o livro “Você é o caminho”, em que conta como superou como viveu e superou essa situação.

“O principal objetivo da obra foi compartilhar as experiências e resultados que eu pude vivenciar, gradativamente, até conseguir a cura”, conta Dani, especialista em desenvolvimento humano.

Dicas para promover um verdadeiro detox mental

O Janeiro Branco é uma campanha que tem por objetivo chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional dos indivíduos e das instituições humanas. Neste mês, profissionais da área da saúde estão imbuídos em ações para promover saúde mental das pessoas.

Dani Costa indica algumas frentes em que a própria pessoa pode agir e que podem resultar em um verdadeiro “detox mental”:

Meditação – há diversos aplicativos hoje em dia que ensinam a prática. Minutos da prática já trazem resultados no dia a dia: mais foco, concentração e redução da ansiedade com o aumento do estado de presença.

Evitar pessoas, pensamentos, sentimentos e emoções negativos. E sempre se perguntar se algum desconforto emocional realmente tem só a ver com você ou foi algo que captou de uma reunião, conversa ou situação do trabalho. Somos verdadeiras esponjas, estamos muito presentes e conscientes aos pensamentos, sentimentos e emoções de outras pessoas.

Sempre que possível, realizar um detox de redes sociais e celular.

Buscar conectar-se com a natureza, seja por meio de uma planta em casa, animais ou a luz solar durante o dia.

Ler livros e ouvir músicas que remetam coisas boas e tragam sensação de alegria e prazer.

Incluir atividades físicas na rotina, elas promovem um detox no corpo e mente, além de trazer maior motivação para o dia a dia.

Prestar atenção no que come, a comida também traz toxidades, influenciando na química do corpo e por conseguinte no nosso equilíbrio como um todo.

E por último, bebe bastante água, pois ela limpa, purifica e leva embora as toxinas acumuladas durante o dia.

Dani ainda recomenda iniciar o dia com um mantra: “Eu me honro, escolho o que me honra e escolho o que me honra”, ele funciona como um algoritmo na nossa programação mental, liberando situações de abuso, assédio ou sobre carga de atividades.

Quando você toma consciência de que tudo que você escolhe no seu dia pode vir de um lugar que honra você, de mais auto amor e empatia, você começa a eliminar tudo aquilo que não está congruente com isso da sua rotina, desde a forma com que se relaciona com você mesmo, bem como com o outro.

Ela ainda ressalta ser importante também iniciar o dia com um planejamento, uma organização diária e sempre se perguntar : “O que posso acrescentar à minha rotina hoje que vai me trazer mais plenitude e realização?”

A pergunta abre espaço para possibilidades, pois tira você de respostas pré-definidas. Para finalizar, Dani afirma que a nossa mente funciona como um HD e quanto mais arquivos leves e produtivos enviamos a ela, mais refletimos isso na nossa realidade, e tudo funciona com maior fluidez.

Porém, se ao longo do dia, levamos apenas arquivos pesados, o que se refletirá é uma vida pesada e lenta, podendo ser interpretada como procrastinadora. “Que tal fazer uma limpeza nesse HD mental, cuidar mais dele e trazer arquivos bons? Assim a vida poderá ser mais leve e divertida”, sugere.

a síndrome do super-homem ou da mulher maravilha

Efeitos do burnout em profissionais e como se reconectar com a vida profissional de maneira saudável

Por Daniele Costa*

A síndrome do Super-homem ou da Mulher Maravilha. É assim que enxergo o Burnout. Trata-se de um transtorno que acomete a maioria das pessoas que tem um nível de exigência e perfeição acima da média. As características mais comuns encontradas em quem sofre essa síndrome são:

  • ter de provar o seu valor o tempo todo, dificuldade em se desligar do trabalho,
  • dificuldades em relaxar e ter momentos de prazer e lazer,
  • dificuldades em socializar,
  • constante insatisfação consigo e com os outros (nunca está bom o bastante),
  • fuga de problemas pessoais e situações mal resolvidas na vida,
  • dificuldades em alinhar vida profissional e pessoal,
  • mudanças repentinas de comportamento,
  • humor inconstante,
  • dificuldades em dizer não e
  • assumir responsabilidades além do que cabe à pessoa, entrando muitas vezes em situações abusivas.

E assim, vivenciando esse ciclo, a pessoa chega em uma estafa física e mental, levando muitas vezes a realizar as coisas de forma automática, perdendo o prazer e conexão com a própria vida.

Se identificou? Muitas pessoas têm vivido algumas dessas situações, principalmente por conta da pandemia, uma vez que o olhar para a vida profissional exigiu ainda mais responsabilidade e organização com a migração para o home office, onde a vida pessoal está ali comandando também. Para as mulheres, então, em que, neste período, dar conta de tudo é quase adjetivo, a síndrome fica ali à borda.

Para evitar o desgaste extremo, é muito importante ter momentos de conexão consigo mesmo, tirar alguns minutos para olhar para si, seja por meio de uma atividade física, meditação, yoga, alimentação saudável, terapias ou conexão espiritual. O simplesmente parar e relaxar, ainda que seja difícil, já leva a outro espaço de conexão, reorganização mental, priorização de valores que fazem sentido.

Esse comprometimento com o corpo, mente e espírito deve ser diário e leva à desconexão dessa matrix de trabalho e corporativa, que muitas vezes cria dissociação da realidade e da vida. É muito importante também que práticas de bem-estar sejam adotadas pelo próprio ambiente corporativo a fim de evitar que a síndrome de burnout  acometa os colaboradores.

Por mais que exista a autorresponsabilidade, acredito ser importante a cooperação da empresa a fim de evitar o aumento de absenteísmo e alta rotatividade, mantendo assim os níveis de produtividade e satisfação.

Para quem sofre da síndrome, o mais importante é mudar as lentes, começar a se colocar em primeiro lugar, percebendo e acolhendo as imperfeições. Além disso, criar um novo mindset de que está tudo bem não dar conta de tudo e não ser o melhor em tudo, revisitando as definições de sucesso que tem para si.

A proposta é destruir modelos e padrões que levam a pilotos automáticos exaustivos e irreais, abrindo espaços para novas possibilidades de vida que nem haviam sido cogitadas por conta da procrastinação da própria vida, em se deixar para depois.

Identificando as crenças e o que vem causando as emoções negativas e estresse, de forma a trabalhar e mudar o que não está contribuindo para uma vida mais plena e realizada.

Nem sempre será possível realizar essas mudanças sozinho, então recomendo a ajuda profissional de psicólogos, terapeutas, psiquiatras, coaching ou mentoring a fim de criar esse novo mindset e estilo de vida mais saudável.

Sobre o livro ‘você é o caminho’

O principal objetivo da obra é compartilhar as experiências e resultados que a autora vivenciou, gradativamente, até conseguir lidar com a Síndrome de Burnout. À procura de respostas, ela escolheu dar uma pausa no turbilhão da rotina automática de executiva e diminuiu o ritmo e mergulhou corajosamente em si mesma.

O conteúdo de “Você é o Caminho” trabalha com uma linguagem simples, sendo amigável a praticamente qualquer leitor. Dani Costa quer iniciar uma jornada de incentivo em busca de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, fazendo com que as pessoas realizem escolhas de forma clara e segura. “Se entendêssemos que nossa vida flui como a natureza, viveríamos com mais sabedoria, aceitação, leveza e plenitude”, revela a mentora.

O livro conta com cinco capítulos, detalhando desde as primeiras descobertas até as conclusões e resultados que Dani Costa vivenciou. Ao longo da leitura a palestrante pontua alguns exercícios práticos, que contribuem para uma jornada de aceitação e autoconhecimento.

O principal objetivo da obra é compartilhar as experiências e resultados que a autora vivenciou, gradativamente, até conseguir a cura. À procura de respostas, ela escolheu dar uma pausa no turbilhão da rotina automática de executiva e diminuiu o ritmo e mergulhou corajosamente em si mesma. A consultora revela os principais caminhos que a fizeram superar esse momento.

“Acolher minhas imperfeições e fraquezas foi o primeiro passo para a mudança. Em uma jornada de autoconhecimento, me permiti trilhar caminhos diversos, até desenvolver meu próprio método para edificar um plano de vida mais consciente”, destaca.

Neste livro, Daniele mostra com transparência e uma linguagem acessível o conjunto de ferramentas e práticas que ela criou e utilizou, conseguindo assim mudar de vida. Tudo isso visando que outras pessoas também iniciem essa caminhada de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, que traz autoconfiança, plenitude e fluidez.

Por essa jornada de descobertas, a especialista percebeu que deveria usar esse conhecimento para ajudar outras pessoas que passaram pela mesma situação. “A partir daí veio o desejo de ajudar especialmente mulheres, que assim como eu, não sabiam se priorizar e se autoabusavam em uma rotina doentia”, ressalta Daniele.

Foi após esse estalo que Dani Costa tornou-se mentora. Fundou o coletivo Brazilinas, que em um ano de existência desenvolveu, entre outras ações, a capacitação profissional de diversas mulheres em situação de vulnerabilidade social, trabalhando também a autoestima e incentivando a independência dessas guerreiras.

A especialista e facilitadora também criou o portal “Plataforma da Vida”, pensando em contribuir para a evolução de todos que seguem o seu trabalho. “O intuito é disponibilizar conteúdos e serviços que trabalhem e desenvolvam de forma integral, dando foco a áreas que requerem maior atenção. Além desse material, há disponível serviços de atendimento individuais de mentoria e treinamentos corporativos que auxiliam na criação de um mindset mais próspero e livre”, conclui.

Sobre a autora

Formada em letras pela Universidade de Brasília, durante os anos atuando como executiva em um banco público, Dani Costa coordenou trabalhos que exigiam empatia e a presença do outro, o que a fez expandir características como a facilidade com a escrita e o interesse em relacionamento humano.

Ainda em seus anos corporativos, se aprofundou na área de gestão de pessoas com cursos dentro e fora do País, conhecendo diversas técnicas e ferramentas voltadas para o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.

Há 10 anos ela trabalha com desenvolvimento humano, é mentora, palestrante e escritora. É idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional.

Além do portal, criou o coletivo Brazilinas, que em um ano de existência desenvolveu, entre outras ações, a capacitação profissional de diversas mulheres em situação de vulnerabilidade social, trabalhando também a autoestima e incentivando a independência dessas mulheres.

Para saber mais, acesse: Instagram: @plataformadavidaoficial e @dani.costa.oficial

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