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O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 12.600 casos novos de câncer em crianças e adolescentes de até 19 anos, sendo 1.333 no Estado do Rio de Janeiro – o equivalente a 10% do total em 2017. Muitos destes valentes pacientes mirins terão um da mais feliz nesta terça-feira, 3 de outubro, das 12h às 16h. Crianças e adolescentes internados e em tratamento ambulatorial vão receber a tradicional festa do Dia da Criança promovida pelo INCAvoluntário.

O tema do ano é super-heróis e será uma festa à fantasia. O INCAvoluntário recolheu doações de fantasias e camisetas durante todo o mês de setembro para distribuir para as crianças. A festa conta com várias atrações musicais: Ferrugem, Dream Team do Passinho, Thiper & Banda, Mini Seres do Mar e o grupo Imagina Samba. Alguns artistas já confirmaram presença, como Cláudia Jimenez, Malu Mader, Mylena Ciribelli, Susana Amorim, Nando Cunha, Marcelo Antony e Juliano Cazarré. A madrinha do INCAvoluntário, Daniella Sarahyba, e a comediante Thati Lopes, do Porta dos Fundos, também estarão presentes.

Os pequenos pacientes vão poder confraternizar também com atletas dos maiores clubes de futebol do Rio de Janeiro. Estarão aqui: a delegação completa do Vasco da Gama; o jogador Sornoza, do Fluminense; o jogador Rodrigo Pimpão e o técnico Jair Ventura, do Botafogo; e os jogadores Diego, Felipe Vizeu e Juan e o presidente Eduardo Bandeira de Mello, do Flamengo. A festa será realizada na sede do Instituto, na Praça da Cruz Vermelha, Centro do Rio.

Tipos de câncer mais comuns na infância

De acordo com o oncologista Marcelo Bragança, Centro de Oncologia Ortopédica do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), os tumores malignos mais frequentes na infância e adolescência são os linfomas (sistema linfático), os do sistema nervoso central e as leucemias (que afeta os glóbulos brancos).

“Já os que apresentam menor incidência encontra-se o osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores em partes moles), tumor germinativo (das células que irão originar os ovários ou os testículos), retinoblastoma (localiza-se na retina, fundo do olho), tumor de Wilms (tumor renal) e neuroblastoma (tumor de células no sistema nervosos periférico, frequentemente de localização abdominal)”, afirma o especialista.

Coordenador de onco-ortopedia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ, ele diz que diferente de casos em adultos, o câncer infantil não tem causas bem estabelecidas. Segundo pesquisas, em alguns casos, o desenvolvimento está ligado a alterações em células embrionárias, ou seja, que ainda estão em fase de crescimento, fazendo com que a evolução da doença seja mais acelerada em crianças do que adultos.

“O surgimento de tumor na fase adulta pode estar associado ao estilo de vida, diferente do que acontece nos casos pediátricos onde existe um componente genético nas células que predispõe ao aparecimento da doença”, afirma Bragança.

Tumores ósseos atacam na adolescência

Os tumores ósseos infantis são exemplo disso. Ocorrendo principalmente na adolescência, fase da vida onde o osso tem um crescimento mais rápido, ele atinge principalmente os ossos longos, como por exemplo, fêmur e tíbia, especialmente na região do joelho.

“O primeiro sintoma dos tumores malignos é a dor, seguido pelo inchaço no local acometido pelo tumor, podendo apresentar uma piora nos períodos noturnos”, afirma Marcelo Bragança. No exame físico, o médico pode perceber o aumento do volume local, calor local, dor e limitação na movimentação da articulação comprometida.

“Algumas vezes essa dor pode ser atribuída com a do crescimento dificultando, assim, o diagnóstico precoce e quando o tumor é descoberto já se encontra em fase avançada, levando esta criança a ter dificuldade para andar. Quando descoberto em uma fase mais tardia o tumor passa a ser visível como um inchaço na região do osso comprometido”, diz.

É fundamental que os pais fiquem atentos e procurem um especialista ao menor sinal do aparecimento da doença. “Nos últimos anos houve um progresso considerável no tratamento câncer infanto-juvenil. Porém, o grande impacto nas taxas de cura deve-se ao diagnóstico precoce da doença em seus estágios iniciais com maiores possibilidades de cura,”, finaliza o médico.

Fonte: Inca e OncoOrtopedia

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