No mês de janeiro ainda trazemos frescas as lembranças das nossas resoluções do Ano Novo. Cuidar melhor de nós mesmos – incluindo aí a busca pelo equilíbrio, pela harmonia e pelo bem-estar físico e mental – é uma das metas mais escolhidas na virada.

Foi justamente para aproveitar essa “disposição para mudar de vida” provocada pela chegada do novo ano que, em 2014, um grupo de profissionais da saúde de Minas Gerais criou uma campanha para incentivar as pessoas a buscarem o que as faz felizes. Algo que passa, necessariamente, pela valorização da saúde mental. Nascia, então, o JANEIRO BRANCO, mês voltado a conscientizar a sociedade sobre a questão do adoecimento emocional e como preveni-lo.

A campanha tornou-se mais oportuna ainda neste 2021, quando estamos chegando à marca de 11 meses convivendo com as inseguranças e as restrições causadas pela pandemia de coronavírus. Medo, isolamento social, rotinas quebradas, perdas de entes queridos, redução de ganhos, desemprego são razões mais do que suficientes para nos fazerem pensar com mais atenção na nossa saúde mental.

Em seu consultório localizado em Perdizes, bairro de São Paulo,  Lelah Monteiro, sexóloga, psicanalista e fisioterapeuta, sentiu no início da pandemia, uma redução no número de consultas. O receio dos encontros presenciais e uma desconfiança de alguns pacientes com a terapia online foram dois fatores que influenciaram bastante esse quadro. Mas, logo o cenário mudou. 

As pessoas se aperceberam que a situação trazida pelo coronavírus não ia terminar tão cedo. E que a terapia poderia ajudá-las a enfrentar com mais equilíbrio e serenidade essa fase tão difícil. Pacientes antigos voltaram às sessões presenciais (resguardadas todas as normas de segurança) ou se permitiram experimentar as sessões online. E gostaram. Pacientes novos chegaram”, destaca.

Segundo ela, cada pessoa reage diferentemente às situações. Tem limites diferentes. Mas é importante que ela reconheça isso e peça ajuda quando necessário. Sem apelar para justificativas e adiamentos. Sem envergonhar-se. Sem achar que doença emocional é “frescura”, afirma a especialista.

Para ela, a sociedade tem um papel importantíssimo nisso, quando para de subestimar as dores de origem emocional, quando não estigmatiza quem procura tratamento para elas, quando não perpetua estereótipos que atribuem fraqueza a quem sofre com doenças mentais. “Não, isso não é mi-mi-mi”, ressalta.

Mas também não é necessário estar “no limite” para usufruir dos benefícios da terapia. Entregar-se à ela em situações de “calmaria” é um caminho para o autoconhecimento. Nos ajuda a encarar nossas inseguranças e lidar com nossas emoções. Nos faz mais fortes para atravessar as eventuais tempestades que surjam no horizonte.

Diz-se por aí que a depressão é “o mal do século XXI”. E os números corroboram essa fama. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão, e o país tem o maior número de pessoas ansiosas no mundo – 9,3% da população, o que equivale a cerca de 19 milhões de pessoas. Se repetirmos esses estudos hoje, os resultados com certeza seriam ainda menos animadores. Agir com respeito a isso é urgente. E esse JANEIRO BRANCO é um bom momento para começar“, afirma

Foto anexa: Lelah Monteiro (créditos: Carolina Morales).

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