Ana Leda, de 57 anos, moradora do bairro do Caju, no Rio de Janeiro, foi promotora de vendas de cosméticos por duas décadas, até que resolveu se tornar cuidadora de idosos. A mudança foi motivada pelo despreparo que sentiu ao cuidar de sua mãe idosa — que adoeceu, junto com o irmão. Quando ela soube por intermédio de uma prima de um curso para cuidadores de idosos não teve dúvidas e se inscreveu. Depois de formada, se sentiu segura para seguir o novo caminho profissional. No momento, ela está cuidando de duas pessoas idosas, uma cadeirante e a outra com sobrepeso.
O caso de Ana Leda se soma aos milhares no país. Segundo dados do Ministério do Trabalho, o número de profissionais da área saltou de 5.263, em 2017, para 34.051, nesse ano. Trata-se de um mercado em franca expansão. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que os idosos representam atualmente 10% da população brasileira. Em dez anos, estaremos próximos dos 40 milhões de idosos, ultrapassando o contingente de jovens e, em 2050, a população acima dos 60 anos será o dobro do número de crianças e adolescentes com menos de 14 anos.
Ao mesmo tempo que isso requer um olhar atento sobre o futuro, significa também mais oportunidades na área de saúde, fazendo emergir profissões como a de cuidador de idosos. Atenta a esse cenário e tendo a promoção da saúde na terceira idade como um dos principais pilares de seu negócio, a Central Nacional Unimed oferece, desde 2014, cursos gratuitos para a formação de cuidadores em diversas cidades.
Nesse ano, a cooperativa se aliou ao Senac para ampliar a estrutura física do curso e levá-lo para mais cidades, como o Rio de Janeiro, que agora recebe agora a segunda turma do programa. As inscrições já estão abertas e vão até 18 de outubro. As aulas da nova turma no Rio de Janeiro terão início no dia 26 de outubro, com um cronograma de oito semanas que será dividido em aulas presenciais e ensino a distância, incluindo videoaula.
Conteúdos – Segundo Ana Leda, o curso lhe permitiu ter contato tanto com informações mais básicas e rotineiras — como cuidados com a higiene e dieta do paciente –, quanto com as doenças mais comuns que acometem os idosos. Ela conta que o curso ajudou a lidar com situações difíceis de forma prática. As vídeos-aulas e as aulas presenciais foram fundamentais para o preparo necessário na profissão e segurança.
Além disso, a receptividade e o desenvolvimento que a instrutora proporcionou a fez acreditar ainda mais na vocação e na qualidade do ensino e da qualificação que a prima dela tinha afirmado. Os conteúdos são técnicos, com o endosso do Senac. O curso oferece a vivência com a interação de idosos e seus familiares. A carga horária é 80 horas-aula, dividida em 20 horas de aula presencial (três aulas) e 60 horas em EAD. A duração do curso é de oito semanas ao todo.
As primeiras turmas começaram em março e, até julho, 334 profissionais já concluíram o curso. Além de Rio de Janeiro, os cursos são realizados em Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba, Cascavel, Ijuí, Goiânia, Curvelo, Salvador, Itabuna, Ilhéus, Feira de Santana, São Luís, Vitória e São Paulo. Os interessados devem ser inscrever pelo link: https://www.centralnacionalunimed.com.br/unimedativa
Cuidando de Quem Cuida
Cuidadores são submetidos a um alto nível de sobrecarga e estresse, especialmente quando exercem a função informalmente, ou seja, sem remuneração. Segundo pesquisas de Matthew A. Anderson, professor de sociologia da Universidade Baylor (EUA), cerca de 40% dos cuidadores informais estudados destinavam 10 horas de seu dia para cuidar de idosos.
Além disso, mais de metade relatou que essa responsabilidade impactava de forma moderada ou grave sua rotina, muitos têm que pedir licenças no trabalho para poder se dedicar integralmente ao papel de cuidador, por exemplo. “O cuidado com o idoso vai muito além do atendimento médico propriamente dito. Temos que levar em consideração uma série de fatores. A dinâmica familiar e o bem-estar do cuidador são alguns deles”, afirma Abrão Nohra, diretor de Atenção à Saúde da Central Nacional Unimed
Mutirão de vacinação contra o sarampo no Rio
A atividade vai até o fim de novembro, que é quando se encerra a vacinação para os grupos mais acometidos pela doença no país: crianças com idade entre 6 meses a 4 anos e 11 meses, e jovens na faixa etária entre 20 e 29 anos. A universidade e os estudantes integram a campanha nacional de intensificação contra o sarampo, que visa interromper a circulação do vírus no país.
O professor de Enfermagem da UVA, Paulo Machado, explica que a atividade proposta para os alunos, além de ser um ato de cidadania, também é contabilizada como parte do estágio prático. Além do curso de graduação em Enfermagem, a Veiga oferece cursos de MBAs de Enfermagem de Alta Complexidade, Neonatal e Pediátrica.
Pacientes com epidermólise bolhosa terão protocolo de cuidados
Pela primeira vez, o Ministério da Saúde lançou consulta pública para a consolidação do Protocolo de Cuidados da Pessoa com Epidermólise Bolhosa (EB). No período de 12 a 31 de outubro, toda a sociedade poderá contribuir com sugestões em relação ao texto do documento, que traz critérios para o diagnóstico, tratamento, acompanhamento e organiza a linha de cuidado dessa doença nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
A medida vem ao encontro do pleito de pacientes e familiares, que enfrentam dificuldades para ter o diagnóstico da doença, resultando na demora do início do tratamento, e maior sofrimento. A EB é uma doença de pele, não contagiosa e ainda sem cura. A pele extremamente frágil causa feridas que são muito doloridas e que podem ser comparadas com queimaduras de segundo grau. Leia o conteúdo na íntegra em saude.gov.br.
Big Data na Saúde
Especialistas do mundo todo estarão reunidos entre 17 e 18 de outubro próximo, em São Paulo, em palestras, mesas-redondas e sessões técnicas sobre os principais aspectos em modelagem, simulação, visualização e análise de dados e aprendizado de máquina na área médica durante o Workshop on Scientific Computing, Data Visualization & Analytics in Medicine in the Big Data.