Fazer pequenos ajustes na alimentação diária ‒ como ingerir mais frutas cítricas, legumes e carnes magras ‒ pode ser suficiente quando se trata da saúde de seus pulmões e de todo o corpo. A recomendação de Patricia Ruffo, nutricionista e gerente científico do negócio Nutricional da Abbott no Brasil, é indicada também para o tratamento e controle da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Segundo ela, alimentação adequada e intervenções nutricionais terapêuticas podem auxiliar pessoas com determinadas doenças e condições respiratórias, como a DPOC, a respirar mais facilmente. “Uma alimentação adequada pode ajudar a fortalecer os músculos, reduzir inflamações, diminuir o acúmulo de dióxido de carbono e melhorar a respiração”, afirma
Por meio de estudos e pesquisas globais, especialistas descobriram uma forte ligação entre alimentação e saúde pulmonar. Uma pesquisa patrocinada pela Abbott revelou que pacientes hospitalizados com DPOC que tomavam suplementos alimentares precisaram passar menos dias no hospital, ficando menos propensos a serem internados novamente após a alta do que aqueles que não tomavam suplementos.
Segundo Patrícia, pessoas com problemas respiratórios devem conversar com algum médico especialista sobre a inclusão de nutrientes na dieta, entre eles:
Antioxidantes: nutrientes que combatem os radicais livres ‒ como a vitamina C, encontrados em alimentos como frutas cítricas e verduras verde-escuras ‒ estão ligados a uma menor prevalência de asma e são benéficos para a saúde pulmonar. Isso ocorre porque os antioxidantes ajudam a proteger o organismo do estresse oxidativo, um desequilíbrio químico no organismo que pode levar ao dano tecidual.
Proteína: encontrada em alimentos como peixe, aves, leite, ovos, queijos, castanhas, leguminosas secas e vagem, a proteína ajuda o corpo a manter os músculos respiratórios fortes.
Vitamina D: encontrada no leite fortificado, em peixes de água mais fria e gemas de ovo, tem sido relacionada a um risco reduzido de exacerbações, ou crises de DPOC moderada ou grave, que tornam a respiração mais difícil.
Fatos relevantes sobre a DPOC
A DPOC, cujo dia mundial é lembrado nesta quarta-feira (16 de novembro), é uma doença pulmonar progressiva que torna a respiração difícil devido à obstrução parcial do fluxo de ar que entra e sai dos pulmões. Isso exige um esforço do organismo, podendo enfraquecer os músculos e aumentar o risco de inflamação pulmonar. Saiba mais:
1 – A DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) atinge hoje cerca de sete milhões de pessoas no Brasil e mais de 210 milhões de indivíduos no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta deverá ser a terceiro principal causa de morte no mundo até 2030.
2 – Causada principalmente pelo tabagismo, mais de 85% dos pacientes são fumantes ou ex-fumantes. A exposição a fumaças tóxicas de caldeiras ou de grandes indústrias de plástico, borracha e carvão também desencadeiam a doença.
3 – Os principais sintomas da doença são: tosse constante, grande produção de catarro e falta de ar1,6. Esses sinais começam a aparecer aos 40 anos de idade, período em que o indivíduo já ficou bastante tempo exposto ao cigarro ou vapores tóxicos.
4 – O diagnóstico da DPOC é simples e deve ser feito por um médico, que solicitará um exame de função pulmonar (espirometria) para confirmar o diagnóstico. Contudo, as projeções mostram que apenas 12% dos pacientes recebem o diagnóstico correto no Brasil, e, desses, somente 18% recebem o tratamento correto.
5 – Conhecida também como bronquite crônica e enfisema pulmonar, a DPOC não possui cura, mas pode ser tratada com medicamentos inalatórios, como broncodilatadores, que melhoram os sintomas da doença.
Fonte: Oliver Nascimento, médico assistente da disciplina de pneumologia da Unifesp e Internal Expert da GSK, ex-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
Confira um infográfico sobre a doença
Eu sofro com ploplema no pulmão