febre-amarela-vacina
Pelo menos uma entre cada três pessoas que contraem febre amarela do tipo silvestre no Estado do Rio de Janeiro acabam morrendo em questão de dias. Enquanto em todo o ano de 2017 foram registrados 27 casos, com 9 mortes, este ano já são 34 casos, com 13 óbitos. Os dados comprovam a alta letalidade da doença: em mais de 30% dos casos, os pacientes evoluem para óbito.
O 34º caso, sendo a 13ª morte, ocorreu em Rio das Flores, uma pequena cidade da Região Sul Fluminense, onde outra pessoa já havia falecido com a doença em janeiro. A informação consta do boletim epidemiológico divulgado pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES) na noite desta quinta-feira (1º de fevereiro).
A SES procura não fazer alarde e não comenta detalhes nos boletins, que são divulgados diariamente, sempre no início da noite. Os nomes das vítimas são preservados. Em apenas um dia, o número saltou de 27 para 32 casos – entre segunda e terça-feira, dias 29 e 30 de janeiro. Desse total, 11 pessoas morreram.  Já na quarta-feira (31), mais uma morte foi confirmada na cidade de Sumidouro, elevando para 33  casos e 12 óbitos.
A maior parte das vítimas este ano é nas regiões Serrana, Centro-Sul e Sul Fluminense, sendo 14 deles em Valença, com quatro mortes. O boletim leva em consideração o Local de Provável Infecção (LPI). (veja abaixo onde os casos ocorreram).
Epidemia entre macacos em Niterói

O novo boletim da SES mantém a informação de que há morte de macacos por febre amarela em Niterói, mas não divulga quantos, possivelmente para não alarmar a população. No boletim aponta uma epizootia (epidemia de doença contagiosa em animais) na cidade da Região Metropolitana. Porém, o número de animais encontrados mortos por contrair a doença ainda não foi divulgado.

A SES ressalta ainda que os macacos não são responsáveis pela transmissão da doença aos humanos, mas sim a picada de mosquitos que habitam regiões de mata (o haemagogus e o sabethes). “Ao encontrar macacos mortos ou doentes (animal que apresenta comportamento anormal, que está afastado do grupo, com movimentos lentos etc.), o cidadão deve informar o mais rápido possível às secretarias de Saúde do município ou do estado do RJ”, diz a nota.  Casos de macacos mortos servem como alerta à população de que o vírus da febre amarela está circulando na região.

No dia 17 de janeiro, a SES confirmou que o primata encontrado morto dez dias antes no bairro Fonseca, em Niterói, estava com febre amarela. O animal passou por análises na Fiocruz, onde um laudo apontou como causa a epizootia, que significa uma enfermidade contagiosa encontrada em animais.  Este é o primeiro animal morto por causa da doença no estado em 2018.  Outro macaco foi encontrado morto no bairro Viçoso Jardim, mas ainda não há informações sobre a causa de sua morte.

A Prefeitura de Niterói não confirmou as informações, mas por precaução, intensificou a vacinação contra a febre amarela no bairro Fonseca e distribuiu repelentes para gestantes e idosos. No ano passado, 193 mil se protegeram da doença no município. De acordo com a SES, a cidade “possui 60% de cobertura vacinal – uma das maiores coberturas da Região Metropolitana – e 50 mil doses da vacina contra a febre amarela em estoque”. A Secretaria disponibilizou outras 160 mil doses para a prefeitura.

Ano passado, uma outra morte de primata por febre amarela foi confirmada na Reserva de Tinguá, em Nova Iguaçu. Quatro macacos foram encontrados mortos em janeiro na entrada da Floresta da Tijuca, no Rio. Também há relatos de macaco encontrado morto em Itaipava, na Região Serrana. Os animais foram levados para análises, mas ainda não há informações sobre a presença do vírus da febre amarela nos corpos. Só em janeiro foram 90 primatas mortos no Estado do Rio, boa parte por envenenamento e agressões. Em 2017, foram mais de 600 animais mortos, de acordo com a Subsecretaria de Vigilância Sanitária do Rio.

Vacinação no Shopping Pátio Alcântara

VACINAÇÃO FEBRE AMARELA_ Pátio Alcântara

Para quem ainda não se vacinou contra a febre amarela, o Shopping Pátio Alcântara vai oferecer vacinação gratuita dos dias 5 a 9 de fevereiro (segunda a sexta). A iniciativa, em parceria com a Secretaria de Saúde de São Gonçalo, pretende reforçar ainda mais o serviço de vacinação, não só para os clientes, como para a população em geral. O serviço estará disponível na Sala Vip Spot, 1º piso, das 11h às 16h. O número de atendimento será de acordo com o total de vacinas recebidas por dia.

Para ser vacinado é necessário apresentar a carteirinha de vacinação, no caso de crianças menores de 10 anos. Já maiores de 10 anos, devem apresentar documento de identificação. Vale ressaltar que a vacina é contraindicada para gestantes, idosos e bebês com menos de nove meses, pessoas alérgicas a algum componente da vacina (ovos e derivados), pacientes com imunodeficiências seja por doença ou tratamento.

Para a coordenadora de Marketing do Pátio Alcântara, Michelle Coutinho, a febre amarela tem preocupado toda a população e, é preciso cuidados. “Ficamos felizes em firmar esta parceria com a Secretaria de Saúde de São Gonçalo, trazendo aos nossos clientes mais comodidade com o novo ponto de vacinação. Esperamos que nosso público possa aproveitar a oportunidade para se prevenir”, conta.

Número de casos de febre amarela silvestre em humanos no Estado do Rio de Janeiro em 2018
– 14 casos – Valença, sendo quatro óbitos
– 4 casos – Teresópolis, sendo dois óbitos
– 4 casos – Sumidouro, sendo um óbito
– 2 casos – Rio das Flores, sendo dois óbitos
– 2 casos – Cantagalo, sendo um óbito
– 1 caso – Paraíba do Sul, sendo um óbito
– 1 caso – Nova Friburgo, sendo um óbito
– 1 caso – Miguel Pereira, sendo um óbito
– 2 casos – Duas Barras
– 1 caso – Petrópolis
– 1 caso – Vassouras
– 1 caso – Carmo
Dados divulgados pela SES em 1º de fevereiro de 2018, às 20h

 Leia ainda: 

Shares:

Related Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *